GUEBUZA, o lado humano
Nas vésperas do fim de tudo, da guerra e do mandato de Armando Guebuza, já sinto saudades dele. Estou a falar a sério. Em Janeiro de 2014 publiquei um texto no jornal notícias onde tentei esboçar o processo de transição e salientei aquilo que julguei que foram os principais feitos deste homem. Até hoje, mesmo com as duras criticas que me foram dirigidas, ainda permaneço imbatível em relação aos argumentos.
Hoje sinto saudades porque considero-me realizado no capítulo da liberdade de expressão como individuo. De novo, volto a frisar: não existe nenhum momento da história de Moçambique em que se exerceu uma liberdade de expressão como durante a governação de Guebuza. Atenção, não estou a dizer que durante o seu tempo tudo o que se dizia contra ele, ele aceitava. Mas só o facto de alguém ter pensado em criar um G40 e por outro lado ter-se erguido um exército anti-G40 é sinal de que as coisas mudaram. Noutras alturas seriam só estes os donos da verdade. É um exemplo. Mas também não estou a dizer que quem fala a vontade neste país não sofre consequências. Sofre sim, e das mais refinadas. É uma questão de ser ou não ser concreto nos seus objectivos e persistir neles. Estou feliz.
Antes gostaria de partilhar aqui o legado deste grande homem que vai a reforma:
• Dirigente associativo desde aos 17 anos
• Ingressa ao movimento de libertação nacional aos 20 anos
• Aos 31 anos é nomeado Ministro do Interior; o primeiro negro a ocupar este cargo à luz do Governo de Transição
• Dirigente político nacional há mais 40 anos
• Um dos dirigentes africanos que a história ficará a conhecê-lo como o mais astuto e inteligente
• Homem que testa os limites da sua inteligência; arrojado
• Poeta de mãos cheias
• Pai realizado; homem de uma família só que a preserva e protege ao longo de todos tempos; bons e maus. PS: olhe ao seu redor e veja um pai que casou todos seus filhos e descubra mais razões para ele ser odiado e mesmo enfeitiçado
• Uma esposa exemplar, trabalhadora e mulher de armas. Não será fácil substituir a Primeira-dama. Há que trabalhar muito. E a melhor forma é tê-la como conselheira; inspiradora
Não é fácil, não será fácil substituir Guebuza. Este casal é de trabalhadores. E como os Makondes dizem, só se descansa de um trabalho fazendo o outro; conceito que bebi do meu grande irmão; um Ki-mwani de Cabo-Delgado, Chafim Mussa.
Uma virtude
• Homem de palavra. Quando muitos acreditavam que ele ia procurar o terceiro mandato eis que provou-nos o contrário. Quando todos pensavam que ele queria inviabilizar as eleicoes, eis que elas irão acontecer. Quando todos pensavam que ele seria intolerante à critica aberta eis que ninguém foi detido ou morto em nome da liberdade de expressão e ou opinião.
Um defeito
• Muito teimoso. Não se sabe como se convence o velhote. Ele é simplesmente muito teimoso. Ou porque não é franco e aberto ou porque os seus servidores não ariscam. Mas inteligente que é também gosta de jogar batota.
Um azar
• Ter que lidar com pessoas de fraco espírito
Uma sorte
• Ter podido restabelecer a Paz quando tudo indicava o contrário
Nyusi vai precisar dele para dar os primeiros passos da sua governação. De certeza.
PS: Enquato historiadores cobardes vão aguardar que ele morra para tecer largos elogios fúnebres, eu faço-o agora um elogio enquanto vivo, reconhecendo todos desafios por ele enfrentados, os sucessos e fracassos da sua governação.
Como diz o mais velho Amosse Macamo, a vida é uma questão de perspectiva. Se quer encará-la como um autêntico falhanço, uma alucinação, você pode encarar. Se pelo contrário quer encará-la como uma bênção, um sucesso, depende de si. Mas entre o pessimismo e o optimismo, existe um meio-termo: a sensatez de saber avaliar para seguir. Um bom crítico sabe ver as oportunidades para optimiza-las. Se alguém acha que Guebuza foi o principal obstáculo para o seu sucesso, de certeza que o próximo também será obstáculo. O bloqueio está na sua mente (kikiki).
Nas vésperas do fim de tudo, da guerra e do mandato de Armando Guebuza, já sinto saudades dele. Estou a falar a sério. Em Janeiro de 2014 publiquei um texto no jornal notícias onde tentei esboçar o processo de transição e salientei aquilo que julguei que foram os principais feitos deste homem. Até hoje, mesmo com as duras criticas que me foram dirigidas, ainda permaneço imbatível em relação aos argumentos.
Hoje sinto saudades porque considero-me realizado no capítulo da liberdade de expressão como individuo. De novo, volto a frisar: não existe nenhum momento da história de Moçambique em que se exerceu uma liberdade de expressão como durante a governação de Guebuza. Atenção, não estou a dizer que durante o seu tempo tudo o que se dizia contra ele, ele aceitava. Mas só o facto de alguém ter pensado em criar um G40 e por outro lado ter-se erguido um exército anti-G40 é sinal de que as coisas mudaram. Noutras alturas seriam só estes os donos da verdade. É um exemplo. Mas também não estou a dizer que quem fala a vontade neste país não sofre consequências. Sofre sim, e das mais refinadas. É uma questão de ser ou não ser concreto nos seus objectivos e persistir neles. Estou feliz.
Antes gostaria de partilhar aqui o legado deste grande homem que vai a reforma:
• Dirigente associativo desde aos 17 anos
• Ingressa ao movimento de libertação nacional aos 20 anos
• Aos 31 anos é nomeado Ministro do Interior; o primeiro negro a ocupar este cargo à luz do Governo de Transição
• Dirigente político nacional há mais 40 anos
• Um dos dirigentes africanos que a história ficará a conhecê-lo como o mais astuto e inteligente
• Homem que testa os limites da sua inteligência; arrojado
• Poeta de mãos cheias
• Pai realizado; homem de uma família só que a preserva e protege ao longo de todos tempos; bons e maus. PS: olhe ao seu redor e veja um pai que casou todos seus filhos e descubra mais razões para ele ser odiado e mesmo enfeitiçado
• Uma esposa exemplar, trabalhadora e mulher de armas. Não será fácil substituir a Primeira-dama. Há que trabalhar muito. E a melhor forma é tê-la como conselheira; inspiradora
Não é fácil, não será fácil substituir Guebuza. Este casal é de trabalhadores. E como os Makondes dizem, só se descansa de um trabalho fazendo o outro; conceito que bebi do meu grande irmão; um Ki-mwani de Cabo-Delgado, Chafim Mussa.
Uma virtude
• Homem de palavra. Quando muitos acreditavam que ele ia procurar o terceiro mandato eis que provou-nos o contrário. Quando todos pensavam que ele queria inviabilizar as eleicoes, eis que elas irão acontecer. Quando todos pensavam que ele seria intolerante à critica aberta eis que ninguém foi detido ou morto em nome da liberdade de expressão e ou opinião.
Um defeito
• Muito teimoso. Não se sabe como se convence o velhote. Ele é simplesmente muito teimoso. Ou porque não é franco e aberto ou porque os seus servidores não ariscam. Mas inteligente que é também gosta de jogar batota.
Um azar
• Ter que lidar com pessoas de fraco espírito
Uma sorte
• Ter podido restabelecer a Paz quando tudo indicava o contrário
Nyusi vai precisar dele para dar os primeiros passos da sua governação. De certeza.
PS: Enquato historiadores cobardes vão aguardar que ele morra para tecer largos elogios fúnebres, eu faço-o agora um elogio enquanto vivo, reconhecendo todos desafios por ele enfrentados, os sucessos e fracassos da sua governação.
Como diz o mais velho Amosse Macamo, a vida é uma questão de perspectiva. Se quer encará-la como um autêntico falhanço, uma alucinação, você pode encarar. Se pelo contrário quer encará-la como uma bênção, um sucesso, depende de si. Mas entre o pessimismo e o optimismo, existe um meio-termo: a sensatez de saber avaliar para seguir. Um bom crítico sabe ver as oportunidades para optimiza-las. Se alguém acha que Guebuza foi o principal obstáculo para o seu sucesso, de certeza que o próximo também será obstáculo. O bloqueio está na sua mente (kikiki).
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