Um ataque aéreo israelense matou cinco pessoas da mesma família neste sábado em Gaza, incluindo duas crianças, após o fracasso das negociações entre Israel e os palestinos e a retomada das hostilidades na terça-feira.
O exército israelense informou que realizou 10 ataques aéreos na Faixa de Gaza na madrugada de sábado e que três foguetes ou obuses atingiram o sul de Israel, perto da fronteira com o território palestino.Desde terça-feira, quando fracassaram as negociações entre o Estado de Israel e os palestinos no Cairo para prolongar uma trégua que havia durado nove dias, os ataques israelenses mataram 81 pessoas em Gaza, segundo o serviço de emergência do território palestino.
O Egito deseja organizar uma nova rodada de negociações entre israelenses e palestinos sobre uma trégua em Gaza, afirmou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, que se reuniu no Cairo com o presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi.
Pela primeira vez desde 8 de julho, uma criança israelense morreu em um ataque com morteiro realizado a partir de Gaza.
Pelo menos 2.097 palestinos morreram desde 8 de julho, 70% deles civis, segundo a ONU. Do lado israelense, 68 pessoas morreram, sendo 64 soldados.
O Estado de Israel afirma que deseja garantir a segurança dos civis israelenses ante os disparos de foguetes a partir de Gaza, enquanto o Hamas exige o fim do bloqueio do território palestino para concordar com uma trégua.
Testemunhas e fontes oficiais palestinas afirmaram que os ataques israelenses destruíram duas mesquitas na área de Khan Yunes, sul de Gaza. Uma terceira mesquita, no campo de refugiados de Shati, que já havia sido atingida, voltou a ser bombardeada.
O ataque mais violento aconteceu no centro da Faixa de Gaza, em Al-Zawaida. Cinco integrantes da mesma família morreram: o pai, de 28 anos, a mãe, de 26, e os dois filhos, de três e quatro anos de idade. Um tio do pai, de 45 anos, também morreu, segundo fontes médicas.
Testemunhas afirmaram que o ataque teve como alvo uma casa de Al-Zawaida.
Centenas de crianças e adolescentes morreram desde 8 de julho, mas na sexta-feira foi registrada a primeira morte de uma criança do lado de Israel, em um ataque com foguetes a partir de Gaza.
O menino morreu em casa, na área de Sdot Negev, ao leste da Faixa de Gaza.
Um porta-voz do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu advertiu que o "Hamas pagará um preço alto pelo ataque".
"O exército e os serviços de inteligência intensificarão as operações até alcançar o objetivo da operação militar", completou.
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