Acto foi “hediondo e cobarde” acusa Conselho de Segurança, reunido nesta sexta-feira. Representantes dos 15 países pedem “esforço comum entre governos e instituições” para “combater” os jihadistas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) condenou unanimemente e em força o acto “hediondo e cobarde” do Estado Islâmico (EI), a decapitação do jornalista norte-americano James Foley, divulgada num vídeo na última terça-feira. O conselho de 15 países reuniu-se e declarou que o EI “tem de ser derrotado”, defendendo a necessidade de “esforço comum entre governos e instituições” para “combater” os jihadistas.
Steve Sotloff, outro jornalista freelancer norte-americano, também foi raptado e está nas mãos dos jihadistas. O vídeo, onde um homem de cara tapada com sotaque britânico revela o assassínio de James Foley, termina com a imagem de Steve Sotloff e uma ameaça a Obama. “A vida deste cidadão americano, Obama, depende da tua próxima decisão”, ouve-se o homem encapuçado dizer.
“O incidente é uma trágica advertência dos perigos crescentes que os jornalistas enfrentam todos os dias na Síria”, diz o comunicado do Conselho de Segurança. “E demonstra mais uma vez a brutalidade do EI, que é responsável por milhares de abusos contra as populações da Síria e do Iraque.”
O Estado Islâmico quer instaurar um califado naquela região e já controla várias zonas do Iraque e da Síria. À causa aliaram-se extremistas europeus do Reino Unido e da França. O seu avanço pôs em fuga cristãos e yazidis, uma minoria religiosa pré-cristã, e já fez centenas de milhares de refugiados.
Após o incidente desta semana, o Pentágono já avisou ser necessário uma aliança internacional para derrotar o EI.
“O Conselho de Segurança condena fortemente o hediondo e cobarde assassínio de James Foley”, lê-se num comunicado citado pela agência Reuters. “Os membros do Conselho de Segurança sublinham que o ISIS [sigla para Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que se passou a denominar de Estado Islâmico] tem de ser derrotado e a intolerância, violência e ódio que expõe tem de ser erradicada”. Mais: “o Conselho enfatiza ainda que tem de haver um esforço comum entre governos e instituições, incluindo aqueles da região mais afectada, para combater o EI, a Frente al-Nusra e outros indivíduos, grupos, empresas e entidades associadas com a Al-Qaeda”.
O rapto de James Foley, jornalista freelancer que trabalhava para a agência AFP e para o site Global Post, foi divulgado a 4 de Janeiro de 2013, quando o profissional já estava desaparecido há 44 dias. O norte-americano desapareceu na Síria que, segundo os Repórteres Sem Fronteiras se tornou num “triângulo das Bermudas dos jornalistas”, depois dos protestos contra Bashar al-Assad terem começado em Março de 2011, no contexto da Primavera Árabe, e terem desencadeado uma guerra que já matou 191 mil pessoas, de acordo com alto-comissariado para os Direitos Humanos da ONU.Steve Sotloff, outro jornalista freelancer norte-americano, também foi raptado e está nas mãos dos jihadistas. O vídeo, onde um homem de cara tapada com sotaque britânico revela o assassínio de James Foley, termina com a imagem de Steve Sotloff e uma ameaça a Obama. “A vida deste cidadão americano, Obama, depende da tua próxima decisão”, ouve-se o homem encapuçado dizer.
“O incidente é uma trágica advertência dos perigos crescentes que os jornalistas enfrentam todos os dias na Síria”, diz o comunicado do Conselho de Segurança. “E demonstra mais uma vez a brutalidade do EI, que é responsável por milhares de abusos contra as populações da Síria e do Iraque.”
O Estado Islâmico quer instaurar um califado naquela região e já controla várias zonas do Iraque e da Síria. À causa aliaram-se extremistas europeus do Reino Unido e da França. O seu avanço pôs em fuga cristãos e yazidis, uma minoria religiosa pré-cristã, e já fez centenas de milhares de refugiados.
Após o incidente desta semana, o Pentágono já avisou ser necessário uma aliança internacional para derrotar o EI.
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