Harold Greene é o mais veterano militar norte-americano morto em missão desde o Vietname.
Não era um soldado de tanques ou dedo no gatilho. O major-general Harold J. Greene era o homem da tecnologia, descrito como um dos responsáveis por integrar smartphones e videoconferências na cultura militar. Em 30 anos de carreira, nunca tinha visto a guerra. No início do ano, foi promovido e enviado para o Afeganistão.
Nos EUA, a porta-voz do Exército, Juanita Chang, descreve Greene como “um verdadeiro herói" que ”estava a trabalhar “para fazer avançar os afegãos”. “Ele acreditava realmente no que lá estava a fazer.”
O Pentágono diz este tipo de ataques “internos” são uma “ameaça perniciosa”, mas garante que o último não porá em causa os planos de retirada — a partir do fim deste ano deverão ficar no Afeganistão menos de dez mil tropas dos EUA, até que todas retirem do país ao longo dos dois anos seguintes. Estes ataques “internos” contra tropas estrangeiras (48 em 2012, 15 em 2013) têm diminuído mas continuam a pôr em causa a colaboração das tropas da NATO com as forças de segurança afegã que estas ajudaram a formar, um corpo de 350 mil membros criado do zero a partir de 2001.
Engenheiro, com um mestrado em Políticas de Segurança Nacionais e doutorado em Ciências dos Materiais, o general Greene estava no Afeganistão para colaborar na fase final da transição das responsabilidades de segurança para os afegãos.
Um dos “gurus dos gadgets” do Exército dos EUA, descreve o diário The New York Times, o homem do software e não do hardware, ocupava os seus dias desde Janeiro a aconselhar oficiais afegãos sobre os melhores métodos para escolher que armas comprar, equipar batalhões ou adquirir tecnologia.
Esteve colocado em Atenas e Istambul, assim como em bases nos EUA. Em 2009, foi promovido de coronel para general. Na cerimónia de promoção, o tenente-general Stephen M. Speaks, na altura adjunto do chefe do Estado-maior do Exército, descreveu Greene como “alguém com a capacidade singular de exibir sabedoria” e “com capacidades raras para tornar os outros melhores”.
Com 55 anos, nunca tinha sido enviado para um cenário de guerra. “Sentiu que fazia parte. Sabia que o que aconteceu é uma possibilidade que vem com este trabalho”, disse ao Times o seu pai, Harold F. Greene, de 85 anos. “Uma das coisas em que ele trabalhou ao longo dos anos foi no tipo de comunicações que hoje usamos”, explicou ao jornal, ao telefone a partir da sua casa em Nova Jérsia. “Nós conversávamos todas as semanas por videofone.”
Filho de um militar (Harold F. Greene lutou na Segunda Guerra), o general Greene era casado com a coronel Sue Myers e deixa um filho soldado no activo, para além de uma filha. É o mais veterano militar norte-americano morto em missão no estrangeiro desde o Vietname.
O ataque que matou Greene e fez 14 ou 15 feridos, incluindo militares dos Estados Unidos (sete), do Reino Unido (cinco), Alemanha (um general) e Afeganistão (um general), alguns em estado grave, aconteceu na terça-feira no Centro de Defesa Nacional da Universidade Marechal Fahim, uma escola de treino dirigida pelos britânicos em Cabul, a capital afegã.
O Presidente Hamid Karzai fala num “ataque cobarde”, aquele em que um soldado afegão, recrutado há três anos, esvaziou a sua espingarda M16 de fabrico norte-americano sobre os militares. O atacante foi morto de seguida e há uma investigação afegã e americana a decorrer.Nos EUA, a porta-voz do Exército, Juanita Chang, descreve Greene como “um verdadeiro herói" que ”estava a trabalhar “para fazer avançar os afegãos”. “Ele acreditava realmente no que lá estava a fazer.”
O Pentágono diz este tipo de ataques “internos” são uma “ameaça perniciosa”, mas garante que o último não porá em causa os planos de retirada — a partir do fim deste ano deverão ficar no Afeganistão menos de dez mil tropas dos EUA, até que todas retirem do país ao longo dos dois anos seguintes. Estes ataques “internos” contra tropas estrangeiras (48 em 2012, 15 em 2013) têm diminuído mas continuam a pôr em causa a colaboração das tropas da NATO com as forças de segurança afegã que estas ajudaram a formar, um corpo de 350 mil membros criado do zero a partir de 2001.
Engenheiro, com um mestrado em Políticas de Segurança Nacionais e doutorado em Ciências dos Materiais, o general Greene estava no Afeganistão para colaborar na fase final da transição das responsabilidades de segurança para os afegãos.
Um dos “gurus dos gadgets” do Exército dos EUA, descreve o diário The New York Times, o homem do software e não do hardware, ocupava os seus dias desde Janeiro a aconselhar oficiais afegãos sobre os melhores métodos para escolher que armas comprar, equipar batalhões ou adquirir tecnologia.
Esteve colocado em Atenas e Istambul, assim como em bases nos EUA. Em 2009, foi promovido de coronel para general. Na cerimónia de promoção, o tenente-general Stephen M. Speaks, na altura adjunto do chefe do Estado-maior do Exército, descreveu Greene como “alguém com a capacidade singular de exibir sabedoria” e “com capacidades raras para tornar os outros melhores”.
Com 55 anos, nunca tinha sido enviado para um cenário de guerra. “Sentiu que fazia parte. Sabia que o que aconteceu é uma possibilidade que vem com este trabalho”, disse ao Times o seu pai, Harold F. Greene, de 85 anos. “Uma das coisas em que ele trabalhou ao longo dos anos foi no tipo de comunicações que hoje usamos”, explicou ao jornal, ao telefone a partir da sua casa em Nova Jérsia. “Nós conversávamos todas as semanas por videofone.”
Filho de um militar (Harold F. Greene lutou na Segunda Guerra), o general Greene era casado com a coronel Sue Myers e deixa um filho soldado no activo, para além de uma filha. É o mais veterano militar norte-americano morto em missão no estrangeiro desde o Vietname.
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