Negociações sobre a tensão política no país.
Nenhuma das partes aceita ceder nas exigências da Renamo antes das verdadeiras negociações. A “perdiz” exige a libertação dos seus homens detidos em Muxúnguè e Nampula; a retirada de agentes da FIR e do contingente militar de Gorongosa, bem como a presença, nas negociações, de facilitadores nacionais e observadores da SADC, União Africana e Europeia. O Governo não concordou...
Ainda não há entendimento entre o Governo e a Renamo na reabertura das negociações para a resolução da tensão política instalada no país.
É que, antes de se entrar para a verdadeira agenda das negociações, a Renamo colocou à mesa três exigências que, se não forem atendidas, o diálogo não poderá continuar.
O partido da “perdiz” exige a libertação dos seus homens detidos em Muxúnguè (província de Sofala) e Nampula; a retirada de agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR) e do contingente militar de gorongosa, onde se encontra Afonso Dhlakama, bem como a presença, nas negociações, de facilitadores nacionais e observadores da Comunidade dos Países para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), União Africana e Europeia.
A delegação da Renamo diz que só volta a dialogar com o executivo depois de o mesmo responder positivamente às questões prévias que colocou.
“Nós achamos que é pertinente que estas questões sejam resolvidas antes do início das negociações à volta das nossas reivindicações”, afirmou o chefe da delegação da Renamo, o deputado Saimone Macuiane, para quem “só depois de se resolver estas questões é que poderemos dialogar”.
O Governo não concordou e recomendou a Renamo a procurar um advogado para acompanhar os processos dos detidos.
“Como Governo, entendemos que, pelo princípio de separação de poderes, não poderemos interferir nas acções da Justiça, por isso recomendamos a Renamo a contratar um advogado para prestar assistência a estes cidadãos em conflito com a lei”, disse José Pacheco, ministro da Agricultura e chefe da delegação governamental nas negociações.
a delegação governamental recusou-se também a retirar as forças de defesa e segurança que cercam Afonso Dhlakama em Santuanjira.
“Se a questão da gestão das Forças de Defesa e Segurança fosse administrativa, nós mudávamos, mas é uma questão técnica. As forças tomam posições de acordo com as necessidades do momento ou local e com medidas recomendadas”, acrescentou.
A “perdiz” diz que o governo pediu tempo para responder às questões prévias, por isso espera o contacto positivo do executivo.
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