António Silva/EPA Ban Ki-moon ouve as palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano, Oldemiro Baloi, durante a conferência de imprensa conjunta
"Grande honra e prazer" foi como o secretário-geral das Nações Unidas qualificou a sua visita a Moçambique pela primeira vez naquelas funções. Ban Ki-moon proferiu estas palavras num encontro conjunto com o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) moçambicano, Oldemiro Baloi, e a Impresa, hoje, em Maputo.
Ban Ki-moon sublinhou "a importante história de sucesso para a comunidade global" que Moçambique percorreu desde que as Nações Unidas colaboraram, em 1992, no início do processo de estabilização do país após anos de guerra civil, atribuindo a responsabilidade da evolução ao Governo e ao povo daquele país da África Austral.
Objetivos do Milénio
A mil dias do final do prazo dos Objetivos do Milénio das Nações Unidas (2015), o secretário-geral da organização deu início à contagem regressiva, enquanto, disse, avalia positivamente a evolução de Moçambique: "Mais crianças sobrevivem à idade de cinco anos e fortaleceu-se a democracia.Ao longo da última década, o país incluiu-se entre as dez economias em mais rápido desenvolvimento no mundo. A promoção da igualdade do género e da educação fez progressos sólidos".
Apesar desta evolução, Ban Ki-moon reconheceu que a pobreza persiste e que 50% dos moçambicanos vivem ainda abaixo do limiar dela e disse: "A chave é maximizar as oportunidades que se apresentam a Moçambique e minimizar os riscos sociais e económicos".
Segurança e Defesa
Referindo-se aos encontros com o Presidente Gebuza e com o MNE, Ban Ki-moon insistiu na importância do papel de Moçambique na promoção da paz e segurança na região e no continente. Ban Ki-Moon enfatizou a capacidade de Moçambique de sair de um conflito interno para elogiar o papel do país na presidência da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), bem como a sua importância como observador e garante no Quadro para a Paz, Segurança e Cooperação com a República Democrática do Congo e na região dos Grandes Lagos.