cáritas alerta para efeitos da austeridade
sexta-feira, 15 fevereiro de 2013 | 00:11
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“A prioridade das políticas de austeridade não está a funcionar e será necessário procurar alternativas”. Esta é a principal conclusão do relatório “O impacto da crise europeia”, elaborado pela Cáritas Europa, que foi ontem divulgado. Um documento onde constam dados alarmantes em relação a Portugal: a taxa de risco de pobreza subiu de 17,9 por cento para 18%, entre 2010 e 2011, o que coloca o país entre os mais pobres, com uma taxa superior à média da União Europeia.
Isto significa, portanto, que existem 1,9 milhões de portugueses a enfrentar sérias dificuldades. Até entre as pessoas que trabalham há 10,3% que não ganha o suficiente para estar acima do limiar da pobreza. O mais preocupante é a taxa infantil – em 2011 fixou-se nos 22,4% –, que se encontra há oito anos acima da média europeia.
Para a Cáritas, a austeridade levada a cabo por países como Portugal e Espanha não resolve o problema e “coloca em risco a coesão social”.
O cenário traçado pela organização está em linha com os dados divulgados, entretanto, pelo INE: a economia nacional recuou 3,2% em 2012, representando o registo anual mais negativo de que há memória.
E enquanto isso, são cada vez mais as famílias endividadas. O crédito malparado aumentou, no último trimestre do ano passado, para os 5.103 milhões de euros.
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