A MINHA VIDA DE GE ( Parte 13) -
Estamos em 6 de Janeiro de 1974. Aproximava-se uma coluna militar e civil com carga crítica para a Barragem de Cahora Bassa e havia necessidade de fazer a limpeza, em termos de possíveis ataques à coluna que, entre outro material, transportava as turbinas para a Barragem e um qualquer róket que as atingisse poderia provocar danos consideráveis e atrasar em alguns meses a sua instalação.
Saí da base, no Fúdze, cerca das cinco horas da manhã, para fazer o patrulhamento até Nhampassa, local onde passaria o testemunho aos militares vindos Guro. Levei todo o Grupo Especial e partimos em direcção a Norte, batendo todos os pontos favoráveis à montagem de emboscadas. Tudo corria normalmente sem vestígios de presença do inimigo.
Cerca das 10 horas, deparei-me com uma clareira, antes de uma curva da estrada e verifico que, após um baixo arvoredo, havia uma encosta de penhascos, não muito alta, mas que, depois de uma minuciosa análise, concluí que seria um local óptimo para uma emboscada. Continuei pela estrada até ao fim da clareira e mandei parar o Grupo que avançava pelos dois lados da estrada. Dei instruções ao Vasco, que era o militar mais preparado e com um grande sentido de liderança, e mandei avançar o Grupo, mas mais devagar e com atenção redobrada.
Fiquei para trás com mais três militares e embrenhei-me mais um pouco na floresta até ficar com a cabeça do desfiladeiro à vista. O Grupo foi avançando e reparo que lá no alto me aparece um corpo, que, de imediato, se escondeu. Era ali que estava preparava a emboscada que tanto temíamos. O Grupo continuava a avançar e preparei-me para disparar, com a G3 apoiada num ramo de uma árvore e logo que o Grupo entra na zona de morte da emboscada, vejo, de novo o corpo erguer-se. Foi só um disparo e vejo a cabeça a desfazer-se com o impacto da bala. De imediato, comecei a subir a pequena encosta com os três militares que tinham fica comigo e, quando chego ao cimo, já não vejo mais ninguém, apenas um corpo com a nuca quase desfeita. Nunca imaginei o que iria encontrar. Era o corpo de um norte-coreano, dos diversos atiradores especiais que apoiavam a Frelimo, mas a arma dele que deveria ser uma Simonov, já lá não estava, apenas se via a poça de sangue por baixo da cabeça. Pelo que vi em redor, o número de guerrilheiros deveria ser grande. Informei, via rádio, o Comandante de Operações de Vila Gouveia e, passado pouco tempo, já três helicópteros sobrevoavam a zona com as metralhadoras bem à vista. Senti-me mais seguro, porque os hélis faziam um vai vem constante por cima, até chegar a Nhampassa, onde eles aterraram e onde já estavam os militares vindos do Guro.
Foi o único morto que fiz em toda a guerra e do qual nunca me arrependi, porque era um elemento dos novos colonizadores de Moçambique, o Imperialismo Comunista Internacional.
Ovar, 7 de Fevereiro de 2013
Álvaro Teixeira (GE)
2 comentários:
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