Função pública agitada
Jorge Khalau alega que as ameaças partem de “agitadores”
Há também indícios de movimentos reivindicativos a formarem-se em diversos sectores do funcionalismo público
Maputo (Canalmoz) – A PRM (Polícia da República de Moçamnbique) ameaça entrar em greve geral, a partir do próximo dia 01 de Abril, se até lá as suas reivindicações já expressas em carta entregue a diversos órgãos de soberania, não forem resolvidas. Os polícias, sobretudo os dos escalões mais baixos reivindicam aumentos salariais, o pagamento de subsídios de risco e melhoria das suas condições de trabalho.
Enquanto a ameaça persiste, o comandante-geral, Jorge Khalau, disse à Voz da América que “na Policia não pode haver greve, por lei”.
Khalau, veio mo último fim-de semana a público desmentir a greve e denunciar alegados agitadores no seu da corporação, acusando-os de querem criar desestabilização, noticiou a Voz da América.
“Na polícia não há greve, por Lei. Não acredito que haverá greve e digo mesmo que não haverá greve” garantiu Khalau, citado pela VOA.
O Comandante-Geral da PRM disse ainda que conhece indivíduos que estão na corporação “e pretendem criar confusões para desmotivar”.
Mas Khalau acabou por desvendar que está a levar as ameaças bem a sério: “Nós não estamos parados. Estamos agora à mesa a trabalhar para rever o salário dos polícias, portanto, esses outros tem outras intenções”.
Uma das questões levantadas como estando na origem da anunciada greve dos policias é a falta de promoções no seio da corporação. Segundo a carta a que a reportagem da Voz da América em Maputo teve acesso – tal como, aliás outros órgãos de comunicação social – há mais de dois anos que não há promoções no seio da polícia, exceptuando em escalões de alta hierarquia.
Khalau desmente e diz que este é um falso argumento, refere a emissora oficial americana.
“Nós estamos a promover e ainda neste momento estamos a preparar promoções para este ano. O que posso assegurar é que queremos trabalho. Não vamos promover agentes corruptos, que andam a extorquir os cidadãos, nem agentes incompetentes, nem que tenham 35 anos na corporação”, concluiu Khalau na sua reacção ao anúncio da greve, de acordo com a VOA.
Desde a greve dos médicos registada em Janeiro último, o espectro de greve está a motivar outros sectores da Função Pública, nomeadamente enfermeiros, professores, polícias, etc. Há sinais de que de uma forma geral os funcionários públicos andam descontentes por os seus salários e regalias não estarem a ser ajustados à medida do agravamento do custo de vida, ao mesmo tempo que se sabe dos avultados salários e dispendiosas regalias das mais altas esferas do governo e instituições públicas.
Há indicações claras, de que no seio dos enfermeiros há movimento no sentido de se ir para uma greve caso o governo não reveja as suas condições salariais e respectivas regalias. Apesar da direcção da associação da classe já ter vindo a público dizer que a situação está sob controlo em manifesta reverência ao governo os enfermeiros querem os salários revistos e as suas condições de vida melhoradas.
No seio dos professores também já há movimento para forçar o governo a melhorar as suas condicções de vida e rever os seus soldos, mas ainda não há sinais de formalização das reivindicações.
As regalias dos membros do governo no activo ou mesmo até dos que continuam a receber como se estivessem no activo, bem como dos funcionários das mais altas instâncias de instituições e empresas públicas, oneram o Estado de tal forma avultada que ao nível do funcionalismo público já não se aceita de ânimo leve que o governo alegue falta de recursos que o impeça de rever os salários e regalias dos níveis mais baixos do aparelho de Estado.
O governo corre o risco de ter de enfrentar uma greve geral com a evolução do movimento reivindicativo na função pública, caso não consiga resolver atempadamente as preocupações de várias grupos profissionais da função pública que estão paulatinamente a organizar-se. (Fernando Veloso, com VOA)
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