sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Cartas ao Presidente da República (48)

 

LEVIATÃ
Por Laurindos Macuácua
Bom dia, Presidente!
Hoje, começo a minha carta com a resignação do Papa Bento XVI. Confesso que fiquei feliz, ao ouvir da sua própria boca, dizer que a sua renúncia é em virtude de já não ter forças para continuar com a obra de Deus. Isto é, quer deixar para os outros que julga serem capazes de levar a bom porto a obra do Senhor. Feito isto, comecei a pensar no meu Presidente: e se seguisse o mesmo exemplo? Isto não só é feito pelos Papas. O Mandela, de livre vontade, decidiu ceder lugar para os políticos mais jovens, provavelmente que teriam algo a dar à nova África do Sul.
E o Armando Guebuza nada. Mesmo quando é criticado por tudo e por nada não larga o poder. Aliás, até faz questão de continuar eternamente. Digo isto porque por força da Lei Mãe já não se pode candidatar para o terceiro mandato. Mas conseguiu outra manobra: ficar presidente da Frelimo para estar bem perto do poder. Ou talvez ter o poder em demasia. Para quê?
Há quem diga que o grande homem é aquele que entende as suas limitações: não posso, saio. Eu, sinceramente, não vejo o que a presença insistente de Armando Guebuza, na cadeira do poder, pode acrescentar de novo a este País.
Este tempo todo esteve longe de trazer uma revolução que contentasse o povo. Aliás, quis fazer revoluções à marretada.
Esqueceu que as verdadeiras revoluções são feitas de bisturi.
Tenho pena que a liderança da Frelimo não entenda que aqui não é a Coreia do Norte, onde se cultiva amor à personalidade do líder. Aqui não queremos o “querido líder”. Não queremos megalómanos nem o Sansão. Aqui precisamos de alguém que entenda os problemas do povo. Que saiba valorizar o povo, pois este País a sua economia é movida por esta classe considerada plebeia.
Nós não queremos um Governo que trabalha- e malsazonalmente, quando há cheias e inundações. Um Governo sério deve ser incansável. Deve ser o último a sentar à mesa depois do povo. Agora este Governo que refastela-se enquanto o povo está a sucumbir é inútil. É parasita.
Vive do suor do outro. Não é necessário.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 15.02.2013

2 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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