Carlos Quembo Caro Ericinio Ericino de Salema, concordo sem reservas com uma parte da sua analise. Mas, em relacao a minimizacao do apoio que o MDM deu ao candidato da Renamo, Paulo Vahale, tenho reservas. O Ericinio sugere que o numero dos que votaram no candidato do MDM na primeira Volta, e necessariamente o mesmo que votou no da Renamo na segunda. Usa o criterio de analise economico, ceteris paribus, ou seja mantendo o restante constante, para a sua analise. Ora, apesar de haver um certo estaticismo no comportamento dos eleitores no geral, e em Mocambique em particular, a possibilidade de mudanca da direccao do voto nao pode ser descartada. Outro, e muito provavel que a reducao da abstencao esteja associado ao apoio que o MDM deu ao candidato da Renamo. Isso tera feito com que, Nesta 2 Volta, mais eleitores tenham ido votar, e para o candidato da Renamo. O apoio do MDM ao candidato da Renamo pode ter tido um efeito mobilizador. Vendo as coisas nesta perspectiva, o apoio do MDM ao candidato da Renamo, pode ter sido determinante para a vitoria do Vahale.
VAHANLE: pouco mais de 55 MIL ELEITORES
COLOLO: cerca de 40 MIL ELEITORES
COLOLO: cerca de 40 MIL ELEITORES
Se se confirmar que o nível de participação na segunda volta das eleições intercalares de Nampula, ontem realizadas, foi de 32%, tal significará que 95.040 eleitores exerceram o seu direito, do total dos 297.000 que se achavam para o efeito inscritos. Na primeira volta, 25% dos eleitores, correspondendo a 74.250 eleitores, exerceram o seu direito. Em termos comparativos, na segunda volta mais 20.790 eleitores decidiram exercer o seu direito fundamental.
Paulo Vahanle, candidato da Renamo, terá tido, nesta segunda volta, 55.123 apoiantes-eleitores, se se confirmar que venceu o escrutínio com 58%. Na primeira volta, apenas 29.700 eleitores (40%) votaram em Vahanle.
Já Amisse Cololo, da Frelimo, terá tido, nesta segunda volta, 39.916 apoiantes-eleitores, se se confirmar que perdeu com 42%. Na primeira volta, Cololo viu 32.670 eleitores votarem em si, o correspondente a 44% (relativamente, Cololo venceu o pleito na primeira volta, mas sem os mínimos necessários para ser declarado efectivamente vencedor, ou seja, 50%+1).
Na segunda volta, Vahanle teve mais 25.425 votos em relação à primeira volta, enquanto Cololo só teve mais 7.246 votos, por demais insuficiente para o que ele e a sua Frelimo pretendiam. Vahanle obteve, assim, mais 18.179 votos em relação a Cololo.
Na globalidade, o incremento do nível de participação em sete pontos percentuais (de 25% na primeira volta para 32% na segunda volta) corresponde a 20.790 eleitores, estes que, desta vez, decidiram exercer o seu direito cívico.
O MDM, cujo candidato obteve, na primeira volta, 10% dos votos (qualquer coisa como 7.425 eleitores), decidiu, na segunda volta, apoiar o candidato da Renamo. Ao que os números sugerem, mesmo sem esses 7.425 votos (se se assumir que todos foram às urnas e votaram no candidato da Renamo) Vahanle estaria em vantagem ‘na mesma’, uma vez que teria um total de 47.698 votos, o suficiente para vencer o pleito, mesmo se, hipoteticamente, todos esses eleitores tivessem votado em Cololo, que subiria de 39.916 para 47.341 votos.
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