Em conferência de imprensa realizada em Bruxelas, o político catalão celebra afirma que "o 155 perdeu claramente o plebiscito" e apela ao "diálogo e política".
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“A Catalunha regressou à normalidade.” Em poucas palavras, esta foi a mensagem principal que Carles Puigdemont acabou de transmitir numa conferência de imprensa realizada em Bruxelas.
Depois de uma intensa e histórica noite de eleições na Catalunha, o destituído presidente da Generalitat voltou a falar à comunicação social depois da vitória eleitoral do movimento independentista (apesar de, na prática, a vitória ter sido do Ciudadanos, partido pró-Espanha unida).
Puigdemont começou por destacar que “a receita de Rajoy”, que “o 155 perdeu claramente o plebiscito”. “Procuraram a fratura social na Catalunha, quiseram romper com a normalidade democrática das instituições catalãs e quebrar as políticas públicas em benefício deste país [Espanha]”, disse o catalão. E quem perdeu com tudo isso? Puigdemont é claro: “Quem sofre as consequências do 155 não são os independentistas mas sim os sete milhões e meio de catalãs. A economia e a sociedade deste país. Queremos um país melhor e o 155 não só não permite e ameaça isso mesmo”.
A reviravolta das últimas horas fez com que fosse imperativo mudar, afirma — “Seria inaceitável que o que foi decidido nas urnas não possa ser posto em prática.” O líder do JuntsxCat afirmou ainda que “quer soluções”, “não se pode avançar se não houver respeito pelo resultado das urnas”.
Para solucionar o impasse, o político catalão reafirma que o que interessa neste momento “é o diálogo e a política”, esse “é o mínimo” pois ganharam “o direito de serem ouvidos”. Para solucionar o problema, uma proposta “sincera e de boa fé”: “Mariano Rajoy tem que retificar e estou disposto a reunir-me com ele em qualquer país da União Europeia menos em Espanha, por razões evidentes. Esta reunião teria que realizar-se sem nenhum condicionante prévio.”
