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Escrito por Redação em 20 Junho 2017 |
Mais um indivíduo está a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM), desde a semana finda, na província da Zambézia, indiciado de posse de um crânio humano, que era supostamente de uma pessoa calva. É o terceiro indivíduo preso em conexão com este caso, despoletado em Março passado.
O suspeito, que assume o crime de que é acusado, foi detido na última quarta-feira (14), no distrito de Milange, que, a par de Morrumbala [na fronteira com o Malawi], é assolado pela onda de perseguição e assassinato de indivíduos calvosPARA a extracção dos seus órgãos, devido à crença de que “todo o homem careca tem ouro”.
O cidadão disse à Polícia e à imprensa que ele foi contactado por um amigo, o qual pediu-lhe que procurasse crânio de um homem que era calvo. Como recompensa receberia dinheiro cuja quantia não lhe foi revelada.
No momento em que o acusado caiu nas mãos dos agentes da Lei e Ordem, dirigia-se ao encontro do suposto comprador, num local previamente combinado, mas que não foi revelado.
Segundo corporação na Zambézia, desde Março deste ano, altura em que se ouviu, pela primeira vez, falar da “caça” e assassinato de homens calvos, pelo menos 18 corpos foram exumados em diversos cemitérios.
Na semana passada, Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, disse que a perseguição e assassinato de indivíduos calvos tinha como finalidade alimentar presumíveis rituais supersticiosos, devido a motivações culturais.
Trata-se de uma situação alegadamente estimulada pelos médicos tradicionais, dada a crença segundo a qual as vítimas têm, na cabeça, algum poder que gera fortuna.
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Wednesday, June 21, 2017
Cidadão preso na posse de crânio humano na Zambézia
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