domingo, 15 de maio de 2016

O ocidente tem muitas alavancas para perigar a nossa existência, desde a desestabilização (que já está em ensaios), até o anunciamento de sanções directas

As dívidas escondidas assemelham-se a gangrena no corpo humano. A sua rápida solução pode ser a amputação do membro afectado para salvar o corpo inteiro.
Mentir não é bom!
Em 19 de dezembro de 1998, Bill Clinton, o 42º presidente dos Estados Unidos, sofreu um processo de impeachment (destituição governativa) pela Câmara dos Representantes sob duas acusações: uma de perjúrio e outra de obstrução da justiça. Dois outros artigos do impeachment (uma segunda acusação de perjúrio e uma acusação de abuso de poder) não foram aceites pela Câmara. Estas acusações surgiram após o escândalo Lewinsky e a acção judicial movida por Paula Jones.
Foi a segunda vez que um presidente sofreu um processo de impeachment na história norte-americana, sendo o outro Andrew Johnson. Se Bill Clinton tivesse falado a verdade desde o início, ele não teria perdido o poder. 
Bill Clinton perdeu o poder por mentir aos cidadãos e á justiça americanos!

A mentira é como gangrena, isto é, é como um apodrecimento no corpo humano, a mentira é parte da corrupção.
Gangrena é um termo em medicina humana e veterinária, que se refere à morte de células acompanhada por um branqueamento característico da pele e a perda irreversível deste tecido, que geralmente exige a amputação completa da parte afectada para evitar o alastramento das células mortas pelo corpo inteiro. 
A questao das dívidas contraidas pelo governo do presidente Guebuza devem ser bem esclarecidas.
Estive a analizar o esquema publicado nas redes sociais sobre como foi montado o negócio do Ematum, Proindicus e Mom, que vem sendo o maior escândalo político de sempre em Moçambique, e tiro a conclusão de que a única forma de salvar o país é utilizar os mesmos métodos que os médicos utilizam quando alguém sofre de gangrena, amputar o corpo afectado para evitar-se o alastramento das células mortas pelo corpo inteiro. Para isso os culpados devem começar a falar a verdade e começarem a devolver voluntariamente o dinheiro que foi esbanjado e ou desviado para esquemas fora dos destino a que se devia dar esse dinheiro e depois entregarem-se a justiça voluntariamente, para atenuarem a sua situação e evitar penas longas de cadeia porque fim ao cabo, se o governo de Moçambique declarar a suspensão de pagamemto da dívida, inadimplência (default) e o início de um processo judicial, sem falta, o tribunal internacional vai exigir a prisão das pessoas que usaram uma parte da dívida para seus interesses pessoais, para em liberdade não viciarem o processo das investigações. Por isso o Presidente Nyusi deve começar a cortar as células mortas da gangrena para evitar a amputação de todo o corpo, e para o povo moçambicano será um sinal real que o Presidente vai dar, na luta contra a corrupção. Eu acho que o nosso governo não deve escatimar esforços, deve continuar a negociar com todos doadores e parceiros para econtar-se uma solução menos dolente para ambas partes. Nesta situação políticos- militar em que nos encontramos seria suicidar-se fazer suspensão de pagamento dos juros, ou recusar-se de pagar a dívida por completo, mesmo incitar o seu escalonamento seria menos producente, porque como se sabe, cedo ou tarde o nosso país irá pagar esta dívida e com todos os juros e suas multas inerentes. Nós temos muita coisa a perder se declararmos default: a credibilidade a nível internacional, a recessão da nossa economia em franco crescimento, retirada de empresas estranjeiras que estão a operar no país, bloqueio parcial ou total de nossos activos no estranjeiro, o que implicaria a obrigação de restruturação da dívida para evitar-se a inadimplência (default), iliminação total das reservas do estado em ouro etc, a caida de nossos activos e por conseguinte uma inflação incontrolável, complicação do pagamento das importações pelas empresas, marginalização do mercado de capitais e caida do valor de nossas mercadorias de exportação, extraordinárias perdidas nas diferenças cambiais para os importadores, subida súbita e permanente dos preços a nível nacional, incremento vertical do desemprego. Mesmo se for uma moratória selectiva, o país continuaria a pagar a sua dívida com todos estes inconvenientes... O ocidente tem muitas alavancas para perigar a nossa existência, desde a desestabilização (que já está em ensaios), até o anunciamento de sanções directas, alegando muitas coisas, como violação de direitos humanos, corrupção, etc.. Todo este manancial de ideias, seria uma catastrofe total para o nosso país. Em coisas deste tipo não há que ser precipitado. Há que ser flexível e racional, o incumprimento do pagamento da dívida seria uma funda (corda) para enforcar o nosso país pelo pescoço. Não pagar a dívida, seria um erro fatal, nosso país seria como o Zimbabué, nos nossos hospitais os auxiliares de saúde irão lavar o algodão sanitário utilizado, para voltar a limpar com ele as feridas dos operados, as nossas mulheres irão lavar os pensos higienicos e o tampão menstrual para usa-lo 5-6 vezes até rasgar-se, os pampers serão para os filhos dos milionários e quando suas mães os deitarem na lata do lixo, nossas mulheres irão levá-los e lavá-los para os nossos filhos. O governo deve insistir, humilhar-se até encontrar uma saída, e nos temos que exigir ao governo para que os culpados devolvam o dinheiro que foi mal empregue e que parem nos tribunais.
A Frelimo deve balançar o que é mais caro para si, se é salvar o país ou salvar os corruptos! 
Sem dúvidas que é salvar o país, por isso não há tempo mais por perder.

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