- Data: 05 de Novembro de 2013
Orador: Fernando Mazanga
Função: Porta-Voz do Partido
Conferência de Imprensa
Senhores jornalistas,
Convocamos esta conferencia de imprensa para manifestarmos a nossa indignação pelo uso da comunicação social , para uma campanha de propaganda politica sem o respeito ao mínimo de ética, humanismo e pelo sofrimento do outro.
Com efeito, alguma comunicação social anunciou, citando o porta voz do Presidente da Republica, que o Presidente da Republica convidava o Presidente Afonso Macacho Marceta Dhlakama, para um encontro no dia 8 de Novembro, na cidade de Maputo, sem, no entanto ter enviado qualquer oficio ao seu Gabinete, ou outro local de contacto com a Presidência da RENAMO.O mais caricato de tudo e que este convite e formulado com tamanha frieza para alguém que escapou a morte por um milagre de Deus, depois de ter sofrido um ataque protagonizado pelo exercito do Estado.
Ficamos deveras surpreendidos com este convite que nos soa a cinismo, porque não queremos acreditar que o Presidente da Republica não saiba em que condições se encontra o Presidente Afonso Dhlakama, depois do ataque e ocupação da sua residência em Sathundjira, e do recente ataque e ocupação da sua residência na cidade Beira pelas forcas Governamentais.
Como se pode depreender, trata se de um doce envenenado, que roca a chacota. O momento não se compadece com piadas, estamos com o país em clima de tensão que exige sabedoria e seriedade e não jogadas de propaganda política. O povo está a sofrer, pelo que urge que se use a sabedoria para o estabelecimento de um ambiente de paz, de harmonia e de convivência na adversidade.
Se na verdade há interesse do Presidente da Republica para se encontrar com o Presidente Afonso Dhlakama deve ordenar imediatamente a cessação dos ataques e perseguição que o exercito esta a mover a figura do Presidente Dhlakama e dos Segurança da RENAMO.
Se de facto há interesse em se realizar o encontro para resolver os problemas que o pais atravessa, o Comandante em Chefe das Forcas de Defesa e Segurança de Moçambique deve repensar a sua estratégia do uso da forca para resolver um problema político.
Qual e o rácio de se fazer uma escalada militar de grande envergadura e por outro lado se fazer o convite para o encontro… neste momento estão a ser descarregadas toneladas e toneladas de armamento bélico no distrito de Gorongosa para a tal operação que deve ser feita com rigor, eficácia e eficiência, citando as palavras do porta voz e Conselheiro do Presidente da Republica, Dr. Edson Macuacua. A escalada militar do Estado Moçambicano contra o Presidente Dhlakama, já inclui a Mobilizacao de forcas externas… para isso o Governo já quer presença de estrangeiros, mas para a mesa de negociações não quer essa presença. Que incongruência.
O que nos preocupa e que tudo indica que alguns países apoiam o belicismo de Estado, sob capa de estarem a defender os moçambicanos, pondo de parte que a RENAMO e de moçambicanos, defende as liberdades dos moçambicanos que exercem politica activa exigindo processos eleitorais transparentes. o Zimbabwe, por exemplo, já o disse publicamente que iria enviar as suas tropas para estarem ao lado do Governo do partido Frelimo. Um tal de Capitão Capitsa, comandante da artilharia Zimbabweana vai comandar as operações que devem iniciar hoje e terminarem na sexta-feira, dia 8, com a captura do presidente Afonso Dhlakama, vivo ou morto.
Nos somos pelo diálogo serio, fraterno, de resultados palpáveis e não propaganda para colher dividendos políticos e legitimar a realização de eleições autárquicas que excluem a maioria dos moçambicanos.
Terminamos reiterando que não sabemos aonde está o nosso Presidente, porem, esteja aonde ele estiver o queremos vivo, saudável e livre para continuar a liderar os destinos do nosso partido e do povo moçambicano em geral. Dito isto fica claro que não existem condições para o tal encontro porque nem se quer o presidente teria como chegar onde quer que seja. Sabemos que este convite visa dois objectivos estratégicos, primeiro, tentar lançar a culpa ao presidente Dhlakama sobre esta não realização do tal encontro, já que as manifestações da semana passada foram de êxito, e o povo pediu dialogo serio e produtivo, em segundo lugar, para justificar o ataque demolidor ora planificado para ser iniciado hoje e terminar no dia 8 de Novembro, o qual já conta com ajuda de mercenário enviados dos Governos amigos do partido Frelimo, com intenção de massacres os moçambicanos que não são do partido Frelimo, com maior incidência para os que vivem na região centro do pais e em terceiro lugar, dar
tranquilidade para o processo das eleições autárquicas, uma vez que estão conscientes de que o povo não quer votar em ambiente de tensão politico militar.
Nos estaremos sempre abertos para colaborar na pacificação do nosso pais, porque amamos a paz, amamos o nosso povo e por ele morreremos.
Temos dito e muito obrigado.
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