quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PORQUÊ É QUE EU ACHO QUE ARMANDO GUEBUZA ESTÁ A ASSASSINAR A FRELIMO?...

Edgar Kamikaze Barroso
PORQUÊ É QUE EU ACHO QUE ARMANDO GUEBUZA ESTÁ A ASSASSINAR A FRELIMO?...

O partido Frelimo, no poder em Moçambique desde a sua independência, em 1975, sofreu profundas alterações político-ideológicas com a ascensão de Armando Guebuza à sua máxima liderança. Com efeito, e segundo a opinião generalizada dos nossos mais proeminentes pensadores políticos, muito do que a Frelimo hoje é, em termos de s...olidez e pujança política, deve precisamente ao papel mobilizador que Guebuza teve, desde os preliminares para a sucessão de Joaquim Chissano na liderança do partido e do Estado moçambicano. Ele fez um trabalho muito exaustivo de resgate das massas militantes e simpatizantes dos períodos áureos da revolução anti-colonial (antigos combatentes, OMM), de mobilização juvenil e de atracção do eleitorado desiludido com as formações políticas da Oposição, facto que mereceu o “retumbante” triunfo para si e para o seu partido nos pleitos eleitoriais de 2004 e de 2009. Durante a sua governação, Guebuza alimentou expectativas generalizadas assentes sobretudo em slogans como o combate à pobreza, à corrupção e ao “deixa-andar”, insinuando uma ruptura com o período transitório de reconstrução nacional do pós-guerra civil e uma aposta na aceleração do desenvolvimento sócio-económico do país. Era chegado, segundo ele, o “tempo de correr”. Guebuza apostou numa estratégia de marketing político que privilegiava o populismo - as suas “presidências abertas e inclusivas” de natureza puramente retórica e propagandista, bem como os “7 milhões” alocados aos distritos mas que no fundo têm sido uma retribuição monetária à troco de apoio eleitoral e conservação da lealdade política local, são disso exemplo. Guebuza transformou-se na cara mais sonante (senão a única) da Frelimo, chegando nos últimos tempos a tornar-se pessoalmente muito mais forte do que a sua estrutura partidária. Este facto também institucionalizou-se ao nível do Aparelho de Estado, onde a “divinização” do mais alto magistrado da nação e a “adopção” de células do seu partido como estruturas locais de exercício de poder paralelo têm sido os exemplos mais paradigmáticos.

Nos últimos tempos, uma facção cada vez mais crescente de cidadãos têm expressado o seu profundo descontentamento com a “promessa Guebuziana”. Com efeito, a sua governação tem sido desastrosa e decepcionante a quase todos os níveis. Guebuza não soube manter os elevados índices de popularidade nem responder de modo satisfatório às altas expectativas que criou junto do seu eleitorado (principalmente dos maiores centros urbanos do país, maioritariamente junto a uma juventude cada vez mais formada e informada). A sua governação, particularmente a partir do segundo mandato, entrou em colapso e, pese embora tenha capitalizado o sector das infra-estruturas, a vertente social das suas políticas públicas tem andado em contramão: manifestações populares sucessivas (em 2008, em 2010 e mais recentemente, em Outubro de 2013), greves no sector da saúde, a educação em descrédito, a eterna crise nos transportes, a corrupção impune, os níveis de desemprego em ascensão espiral, o sector agrícola morribundo, a captura do erário público por interesses privados associados ao partido no poder, a ordem e segurança pública em colapso, a criminalidade urbana e a perniciosa tensão político-militar em que actualmente o país se encontra, dentre outros factos, espelham o catastrófico “status quo”. A perda dos municípios da Beira e de Quelimane expressam, igualmente, o abismo político em que o partido no poder parece estar a entrar de cabeça.

A popularidade e a legitimidade de Guebuza está, literalmente, em queda livre. O mesmo se pode dizer da Frelimo, que tem nos últimos tempos andado funcionalmente à reboque do “todo-o-poderoso” Guebuza. Por essa via, e com o intuito de se manter no poder, o regime tem presentemente lutado à todo o custo pela operacionalização de uma desesperada estratégia de resgate da imagem do seu rosto - o “guia incontestável” Guebuza – através de uma contra-ofensiva nos órgãos de comunicação social pública (reformando os órgãos dirigentes de alguns)e privada (destacando quadros de estrita confiança para o seu corpo de direcção), infestando-lhes de “esquadrões de propaganda” escolhidos a dedo e com termos de referência muito claros e objectivos: difundir até à saciez nacional as boas obras do “filho mais iluminado da nação”, divinizando e atribuindo exclusiva e inquestionavelmente à ele os louros do desenvolvimento nacional, bem como exterminar toda e qualquer manifestação de descontentamento, repúdio ou oposição ao pensamento de orientação única apregoado pelo sistema.

Hoje em dia, Guebuza é tão forte quanto a Frelimo. Nalgumas vezes é até mais forte. É precisamente esse excessivo poder nas suas mãos, real ou artificial (pode até ser uma construção mental criada pelos seus subordinados, correligionários e admiradores) que tem estado a fragilizar institucionalmente este partido. Pelo que temos vindo a assistir, nas suas intervenções públicas, esta ilusão de poder parece estar a encegá-lo. Guebuza, quando em contacto directo com pessoas por fora do seu círculo restrito de socialização - particularmente os jornalistas – tem aparecido desorientado e isolado, retoricamente confuso e focado sobretudo em lançar farpas e adjectivos politicamente desaconselháveis aos seus mais fervorosos críticos. Com efeito, os “lambe-botas” das suas relações o hipnotizam, os ideólogos seniores do partido o criticam abertamente e fora das “estruturas” partidárias, os eternos companheiros da revolução como Joaquim Chissano remetem-se a um silêncio ensurdecedor, os membros e militantes jovens se têm decepcionado em frequência literalmente diária, os pesos-pesados do partido como Graça Machel têm exigido muito mais dele e da sua governação, as massas urbanas e a larga escala da opinião pública nacional o contestam, desrespeitam, ridicularizam e responsabilizam directamente pelo colapso governativo.

Hoje, mais do que o escudo proteccionista de Chefe de Estado, Guebuza é ele mesmo a Frelimo. Politicamente, ter deixado isto acontecer pode ter sido um erro colossal deste partido e para cuja correcção o tempo parece estar a ser extremamente exíguo. Nestes dois mandatos da governação e da liderança partidária de Guebuza, a Frelimo parece ter-se esquecido que em qualquer organização política os líderes passam mas as instituições permanecem. Isto pode trazer consequências desastrosas para o partido, nos pleitos eleitorais que se avizinham e constitui, para mim, o maior desafio de sobrevivência para o partido. Com efeito, Guebuza é actualmente um “órgão” vital da Frelimo e a sua há muito anunciada morte política pode matar (ou está mesmo a matar) paulatinamente este partido. (In)felizmente.
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  • Télio Chamuço Dizem que a perfeição não existe, mas este texto roça-a e tangencia-lhe. Nem mais, Edgar... "Tout court"!!See Translation
  • Éden de Sousa sabias letras meu caro, sábias letrasSee Translation
  • Rui Jorge Neves bem escrito parabens Edgar Kamikaze Barroso muito deep e realisticoSee Translation
  • Parpinto Filipe Nhampimbe Uma reflexão de se tirar o chapéu.See Translation
  • Mauro Manhica ... Porque não quer morrer sozinhoSee Translation
  • Romão Machado A ganancia pelo pder podera matar (ou ate mesmo ja matou) o glorioso partido da unia nacional. Quando Joaquim Chissano falava em cmpanhas politicas de um futuro melhor, acredito que ate ele mesmo nao reconhece o seu sucessor.See Translation
  • Sergio Inacio gostava que comecassem a fazer ''estudos'' a outras formacoes politicas e respectivas liderancas, pra nao se dizer que ''eh uma perseguicao'' e ''preocupacao em demasia'' com a frelimo.See Translation
  • Andre Dimas "os membros e militantes Jovens se tem decepcionado em frequencia literalmente diaria" ntlha...vamos a campanha eleitoral nos.!See Translation
  • Américo Matavele Uma visão interessante, embora com juízos de valor de permeio. Na verdade eh uma vertente da visão da Frelimo, mas acho que avaliação da pujança ou não de um partido eh através de eleições, assim como uma equipa de futebol eh testada no jogo. Sobre a visão do crescimento do PR dentro do partido, isso eh normal nas organizações, uma vez que ele eh líder, e "all eyes on me"de 2 Pac pode entrar aqui. O congresso de Muxara foi histórico, uma vez que foi se ali com muitas pessoas com poderes, exactamente por causa da necessidade de sucessão, e cada um ia com a intenção de puxar a brasa para a sua magumba, o que em boa analise seria fatal para o partido, porque se o PR enfraquecesse, enfraqueceria logo a liderança do partido, e consequentemente o partido. Mas como você mesmo escreveu, o PR saiu bem fortificado, e a Frel também, uma vez que ficou clara a escadaria decisória do partido. O que eh mais valia para qualquer organização que queira ter um único objectivo. Essa analise concordo consigo sobre o fortalecimento da lideranca do PR no partido, mas discordo sobre o "afundaco" da Frel por causa dessa fortificação.See Translation
  • Julio Mussane Difícil vai ser comentar algo tão perfeito, tão claro. Mas em fim, estamos mo princípio do fim deste partido, isto porque sé ele o todo poderoso tornou sé a figura mas importante que o próprio partido. No dia que que ele tiver que deixar a liderança do partido este vai literalmente perder norte .See Translation
  • Edmilson Dengo Sábias palavras! Todas verdadeiras!See Translation
  • Edgar Kamikaze Barroso Américo Matavele, ainda não argumentaste a razão da discórdia em relação ao "afundanço". Just stop "blablabling" and GO TO THE POINT.See Translation
  • Américo Matavele Eu disse que discordo desse afundaco, mano. E te disse porque, se quiseres posso fazer copy&paste das partes "nevrálgicas". Argumentei sobre a minha posição e não a tua. Look agains.See Translation
  • Jemusse Abel Mano trazer o contra argumente neste poste de Kamikaze, so pode ser miopia analitica, porque efectivamente cntrafactos nada de argumentos. Hehe queda livre mano bem visivel.See Translation
  • Retrato De Dorian Gray Sim Edgar Kamikaze Barroso, tenho o mesmo prisma. Não só ele tornou-se tão poderoso como também o partido está cada vez fragilisado senão vejamos: hipoteticamente, durante 10 anos liderei uma “OLIGARQUIA” onde, ilicitamente, amealhei todo tipo de capital incluindo inimigos. Naturalmente devo criar uma espécie de plataforma “PÓS-TRONO” onde ir-se-á garantir a minha segurança, da minha família e dos meus bens. Para que tal suceda devo ser O MAIS FORTE DE TODOS, mais do que a “OLIGARQUIA”, propiciando um "espaço" favorável para continuar a gerir a “OLIGARQUIA” mesmo sem legitimidade.See Translation
  • Edgar Kamikaze Barroso Retrato De Dorian Gray, por essa via podemos mesmo aventar a possibilidade de existência de uma "Máfia" moçambicana... controlada pelos que mais se beneficiaram da governação e da liderança política de Guebuza para se tornarem tão ou mais fortes que o Estado e o partido no poder. Do estilo: ninguém se realiza na Frelimo se não por eles. Através deles. Somente por eles. E nessa facção "deles", Guebuza parece ser o incontestável Don.See Translation
  • Nomis Erudam Uma análise muito lúcida.See Translation
  • Jemusse Abel O verdadeiro apostolo da desgraca ee o proprio Guebuza,que colocou a frelimo num beco que sem saida. Hehehe ventos de mudanca tao soprando.See Translation
  • Emilio Carlos Machel Machel Bela Retrospectiva...Nao preciso + falar desse senhor.See Translation
  • Pedro Cabral Pena que estas e as demais verdades só rolam pelas redes sociais. O povo, as massas que vive sem acesso à informação, praticamente se encaminha na cegueira para um destino incerto!See Translation
  • Donaldo Chongo Análise muito útil para a compreensão do 'Guebuzismo' e suas repercussôes politico-sociais.See Translation
  • Décio Pedro Gomes O slogan não mentia,"Armando Emilio Guebuza, A Força da Mudança"!See Translation
  • Hilario Tomas Enquanto Edgar pensa que a Frelimo està morrendo paulitinamente, ha quem acha que a Frelimo ja faliu politicamente. Assim como Guebuza nao conseguiu responder satisfatoriamente as altas expectativas criadas junto ao seu eleitorado, segundo Edgar, imagino que as conclusoes desastrosas que temos, levam-nos a outras expectativas que talves a nao serem satisfeitas, tornar-se-ao numa FATALIDADE para os que de tais expectativas perspectivam o Moçambique daqui em diante.Usamos 2 municipios (Beira e Quelimane) para concluirmos que no dia 20 a Frelimo estara fora das autarquias;Pegamos em numero de manifestaçoes e de manifestantes para deduzirmos que o povo nao quer mais a Frelimo e, esquecemo-nos de o povo nao é composto apenas de 5mil, 10mil ou até 20mil manifestantes que saem as ruas. Esquecemo-nos ainda de que tais 5, 10 ou 20mil manifestantes nem todos estao contra a Frelimo, alias, ao manifestarem-se, a ideia central nao é tirar a Frelimo de poder, mas é de alguma forma ''exigir'' seus direitos e pedir mais atençao ao Governo;Pegamos em problemas e tornamo-los em ''montanhas gigantesticas'' que a Frelimo nao consegue (iu) resolver e, olhamos para os avanços como se de algum ''grao de Mostarda'' se tratasse. Ou seja, maximizamos os problemas e minimizamos as soluçoes/avanços com uma ideia de minar o partido no poder e o seu governo.Espero que essas conclusoes que nos levam a certas expectativas ''feticias'' nao nos frustrem no dia das eleiçoes. Porque o povo que acusamo-lo estar descontente com a Frelimo, o mesmo que ira as urnas. E mais, espero que os ''revolcionarios'' em nao terem as suas expectativas satisfeitas depois de tanta ansia, nao recorram ao Tribunal Internacional tal como Morgan Tsvangirai queria fazer apos perder as eleiçoes no Zimbabwe. Alguns pensadores pela sua maneira ''radical'' de pensar, sentir-se-ao obrigados a abster-se de qualquer que seja analise politica por temer represalias, quando verem falhado seu prognostico.See Translation
  • Edgar Kamikaze Barroso Hilario, apreciei muito o seu comentário. Observação realmente pertinente. Pode até ser que a minha abordagem tenha "maximizado" os problemas e "minimizado" as soluções... provavelmente eu tenha sido radical na análise, reportando factos que corroborassem apenas a ideia central que advogo: Guebuza a levar toda a Frelimo para o abismo político, em popularidade e legitimidade. Entretanto, tudo o que eu aqui avancei é factual. Não inventei nenhum dado. Se voltares a ler o texto, irás reparar que reconheço o intenso trabalho político que Guebuza fez antes e durante a sua ascensão ao poder, bem como o notável investimento na área de infra-estruturas. Todavia, deixo igualmente ficar estampado o colossal fracasso da sua governação nas áreas sociais... a pobreza, a insegurança, a péssima qualidade de educação, o "sequestro" do Estado para as mãos de interesses privados do regime, o desemprego crescente e a problemática da habitação, dentre outros. Isto, queiras aceitar ou não, deita por terra o compromisso de luta contra à pobreza, por exemplo. Como o próprio Guebuza já apareceu publicamente a dizer, as pessoas não comem carvão. Nem pontes ou estradas. Muito menos Ematum's, navios, Mig's ou jactos para o Governo. Percebeste?See Translation
  • Livre Pensador Ele tem um plano. E ficaremos a conhece-lo ainda nesta semana.
  • Gabriel Sitoe Hilario tem confiança na victoria, porque sabe que os " engenhos" para "usurpação" de votos ja foram minados pelos (des) minadoresSee Translation
  • Gabriel Sitoe Hilario tem confiança na victoria, porque sabe que os " engenhos" para "usurpação" de votos ja foram minados pelos (des) minadoresSee Translation
  • Jaquelino Massingue Eu devia ser co-autor deste texto, dai nao ter muito a acrescentar. Quem viver (ou ser falhado pelas balas que vem do centro) vera. Costuma se dizer que quanto maior expectativa, maior e a decepcao. A entrada no poder do actual PR foi com um tsunami que ia acabar com o ate entao odiado "deixa andar". Quase 10 anos depois nao se ve resultado do que foi prometido. Ai ai ai ai ai...See Translation
  • Retrato De Dorian Gray O país não "ANDA" precisamente por atitudes como estas...See Translation
  • Gabriel Sitoe Retrato!!! Hahahahahahahaha...See Translation
  • Hilario Tomas Caro Gabriel Sitoe, todos nôs temos confiança da vitoria dum ou de outro partido. A tal convicçao nao é so dos membros ou simpatizantes da Frelimo, mas inclusive os ''revolucionarios'' prevem uma mudança radical na historia de Moçambique, tal mudança sera caracterizada pela queda da Frelimo e eleiçao de um outro partido para conduzir o destino de Pais.

    O meu problema ou a minha preocupaçao està exactamente na confiança excessiva ou demasiada que temos sobre a queda da Frelimo. Porque se tal queda nao acontecer tal como prevemos, ai nem quero pensar no estado das pessoas que se alimentaram de ''falsas expectativas'' criadas com base em dados da menoria.
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  • Edgar Kamikaze Barroso Hilario, relaxa lá. Tenha calma. See Translation
  • Gabriel Sitoe Mas, olha hilario, achas que as pessoas que escrevem e intitulam se revolucionarios nao tem noção disso? Eles sabem muito bem que se levarmos em contam o o impacto dos dois mandatos do PR AG normalmente num pais com clareza nas eleicoes nao teria chance alguma pra uma eventual victoria. Veja so, a maior parte da maça que aflui as brigadas de votação são os jovens, e essa maça e a maioria discontente. Infelismente a população da cidade é so um " Mafura " numa mafureira, a maioria esta bem longe de se alcançar sem galgar. Se fosse o inverso te digo meu querido moçambicano. A Locomutiva Guebuziana estaria na Oposição sem duvidas.See Translation
  • Arquimedes Mateus Tenho para mim k os pleitos k s avizinham trarão surpresas muito em especial nos maiores circus eleitorais. A não trazer, muita mão invisivel andará por tras disso como temos estado a acompanhar, d alguns partidos k pedem dos ja recenseados os seus dados, desconhecendo-s os objectivos. Concordo com o poste. See Translation
  • Alcídes André de Amaral Gostei do teu esforço de análise oh, Edgar Kamikaza Barroso. Mas acredito que a recorrência as manifestações como indicador da má governação penso que é muito elementar. Não acredito que o salário dos médicos, era tão melhor na governação de Chissano que durou também cerca de 10 anos do que na governação de Guebuza. Quanto mais acompanho (e acompanhei) os problemas que o pais esta a passar com a actual governação fico mais decepcionado com a governação passada de Chissano... o fracasso das politicas governamentais de Guebuza, principalmente os de 7 milhões, tem como causa um problema de Moçambique que caracterizou e caracteriza todas as governações seja a de Samora, Chissano e, ja agora, a de Guebuza: a fraca consideração da educação em Moçambique. Educação não aquela que estes dirigentes, cada um a sua meneira, procuraram implementar. Mas a de fazer da nossa sociedade uma sociedade "efectivamente" uma sociedade de "informação". Investindo em pesquisas sérias por exemplo. Fazer o uso da academia através da capacidade e engenho dos próprios acadêmicos, por exemplo. Apontou o facto do PR deixar que se "lambe as suas botas". Como gostaria que fosse assim! Porque não estaria tão contra com os lambe botas. Estes, se são mesmo, não sao obrigados a ser... O PR não estende os seu pés e diz: vem! São aqueles que pela sua "boa" vontade de se dar bem na vida (segundo a suas próprias perceções do que seria dar-se bem) inclinam-se, afastam os sapatos do superior e começam o surpreendente ofício de lamber botas! Surpreendente mesmo! Caro amigo, tem posições perante os problemas que enfrentamos que não nos ajuda em quase nada ou em nada mesmo! Convido a agir e agirem diferente! Tirando, talves, não o poder do PR, mas aqueles todos que fortificam o seu poder, que, na verdade, não é tanto quanto o meu, quando estamos todos juntos, a ponto de nos tornarmo-nos um povo! Guebuza pode ficar, a academia reinar mas os lambe botas, puxa sacos, corruptos e semelhantes, estes sim: Fora!See Translation
  • Gabriel Sitoe Alcides, comparar o salario da outrora governação ao da actual, foi uma analise um pouco empobrecido acho eu. Ora vejamos porque: o custi de vida na anterior governação sob comando do AC e a actual do AG é 85% diferente. Claro classificando a actual como o com mais pressao no bolço. Por essa razao que mesmo com os salarios pobres que eramos pagos nao sentiamos nenhuma necessidade de recorer a greves. Diga me voce, se o custo de vida anterior fosse o mesmo com o actual em que classe estaria a maioria hoje?See Translation
  • Alcídes André de Amaral Gabriel Sithoe, é claro que não levei em conta o custo de vida... Mas sim a capacidade do ex-presidente de fazer com que nos contentemo-nos com a nossa insatisfação! "Não sentíamos a necessidade de recorrermos a greves". Eis o que é o grande problema que eu, agora crescido, fico decepcionado! Calar, Aceitar, Não reagir com greves ou os outros meios de reação, ser escravo por consentimento ou, aceitar, falando brutamente, uma servidão voluntária! Eis os grandes pecados que agora eu sofro as consequências. Mas eu nada fiz e é por isso que sofro! Agora respondendo a sua questão que de certa forma já pude responder: sempre tivemos um custo de vida elevado, claro, segundo a cada contexto de governação. A experiência de vida minha posso usar como exemplo. O MAIOR PECADO COMETIDO ERA CALARMOS ENQUANTO OS CABRITOS COMIAO ONDE ESTAVAM AMARRADOS. Qualquer tentativa de usar o ex-presidente como indicador de boa governação, eu, pelo menos até agora, repudio veementemente. Não concordas comigo oh, Sithoe! See Translation
  • Gabriel Sitoe Nao nao concordo, ele sabia fazer aparentar mais muito bem mesmo ” escravisando-.nos”. Se o colono tivesse nos escravisado como estava AC, te garanto, todos prefeririam permanecer na escravidão. Porque nao vale nada ter alguem que torna o custo de vida embaraçoso sem ser ” escravisado”See Translation
  • Gabriel Sitoe Ou seja: mesmo sem ser" escravisado"See Translation
  • Alcídes André de Amaral Agora eu é que estou preocupado consigo Sithoe. Talves é porque vemos as coisas em angulos diferentes. Entre te fazerem ou te obrigarem a acreditar que está tudo nos conformes e criarem condições, mesmo não intencionais, de sair a rua e protestar preferes a primeira? Bom se te sentes bem assim, quem sou para querer te fazer pensar e agir diferente. Mas contudo o meu comentário ao post de Barroso era somente: LAMBE BOTAS FORA! See Translation
  • Dinis Alberto Lichucha sabem duma,a oposicao a guebuza nao e a renamo e nem o mdm e a propria flelimo e os frelimista.ele deve primeiro resolver os problemas internos no seiu da machamba dele chamada frelimo q nao esta colher bem o q ele plantou.See Translation
  • Tomas Ulisses Vidas em jogo, enquanto cada um no meio desse partido mãe não olhar para a realidade dos mais vulneráveis lutando apenas para garantir o seu próprio pão/ bem, seremos todos reféns da inquietante governação que até hoje apesar de tantos formados e informados não podemos nos ver livre da escravatura devido ao prazer de sentir-se confortável com sofrimento da população exibindo a ignorância o egoísmo aumentando ainda a corrupção com máscaras sorrindo para o povo, enfim se não mudamos os nossos pensamentos não vamos mudar as nossas vidas, vamos sempre lamentar enquanto os maiores lá estão lambendo as botas p'ra garantir o luxo nas suas mansões.See Translation

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