Partidos sem assento parlamentar defendem adiamento de eleicoes autarquicas em Mocambique
O bloco da Oposição de Mãos Dadas, composto por oito partidos sem assento parlamentar em Moçambique, defendeu hoje o adiamento das eleições autárquicas, na sequência da tensão político-militar e devido a “falhas grosseiras” no processo de recenseamento eleitoral.
Em declarações à Lusa, Francisco Campira, secretário executivo do bloco da Oposição de Mãos Dadas, disse que o atual cenário político em Moçambique, marcado por ataques militares no centro do país e pelo boicote da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) às eleições, e a imperfeição do recenseamento eleitoral, “não oferecem condições para eleições credíveis”.
“Há 12 quartéis instalados só na Gorongosa, o que mostra que o pais não esta em paz, mas sim numa situação de guerra. O santuário de Afonso Dhlakama esta cercado em Sadjundjira (pelo exército)”, disse Francisco Campira, também candidato presidencial pelo Partido de Ampliação Social de Moçambique (Pasomo) nas eleições gerais de 1999 e 2004.
Em declarações à Lusa, Francisco Campira, secretário executivo do bloco da Oposição de Mãos Dadas, disse que o atual cenário político em Moçambique, marcado por ataques militares no centro do país e pelo boicote da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) às eleições, e a imperfeição do recenseamento eleitoral, “não oferecem condições para eleições credíveis”.
“Há 12 quartéis instalados só na Gorongosa, o que mostra que o pais não esta em paz, mas sim numa situação de guerra. O santuário de Afonso Dhlakama esta cercado em Sadjundjira (pelo exército)”, disse Francisco Campira, também candidato presidencial pelo Partido de Ampliação Social de Moçambique (Pasomo) nas eleições gerais de 1999 e 2004.
O grupo, recebido na semana passada em Sadjundjira pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, considerou que “o recenseamento está lento e com sérios problemas”, além de haver mesas que começaram a funcionar 20 ou 30 dias depois do arranque do processo, limitando a cobertura.
“Pelos cálculos, a cobertura do recenseamento não passa dos 30 por cento de eleitores”, disse, considerando que a tensão política pode contribuir também para aumentar a abstenção nas autárquicas de novembro.
Neste sentido, o presidente do Pasomo defende que o processo de recenseamento deve ser revisto e que as eleições autárquicas de novembro próximo devem ser adiadas e realizar-se em simultâneo com as eleições gerais de 2014, ainda sem data marcada.
O grupo apoia as reivindicações da Renamo quanto à despartidarização do aparelho de Estado, garantias de inserção dos ex-guerrilheiros da Renamo nas Forças Armadas e Defesa Nacional (FADM) e polícia, além do pacote eleitoral, que inclui paridade nos órgãos eleitorais, disse o líder partidário.
Lusa – 18.07.2013
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