sábado, 6 de abril de 2013

Península Coreana caminha rapidamente para uma guerra: Voz da Rússia

5.04.2013, 21:29, hora de Moscou
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conflito, guerra, Coreia do Norte, Coreia do Sul, EUA, diplomacia
EPA

As autoridades norte-coreanas convidaram os diplomatas estrangeiros a estudar a possibilidade de abandonar Pyongyang, mas o Ministério das Relações Exteriores (MRE) russo ainda não considera que isso seja motivo para alarme. Entretanto, a escalada de tensão na região é já completamente evidente.

Os peritos admitem a possibilidade de surgirem conflitos localizados.
Por enquanto se está a assistir a um aumento da tensão. Os norte-coreanos, segundo os serviços secretos do sul, transferiram para a costa leste dois mísseis de médio alcance em lançadores móveis. Anteriormente tinha sido divulgado, citando informações dos serviços secretos sul-coreanos, que a Coreia do Norte poderia efetuar um lançamento de mísseis no dia 15 de abril para comemorar o aniversário do nascimento de Kim Il-sung, o fundador da República Democrática Popular da Coreia (RDPC).
Em princípio, os mísseis do tipo Musudan, com cerca de 3 mil quilômetros de alcance, são capazes de atingir alvos em todo o território da Coreia do Sul e do Japão, assim como na ilha estadunidense de Guam situada no Pacífico Ocidental, mas os peritos colocam em dúvida as suas capacidades reais.
Entretanto, os protagonistas do confronto ficaram presos na armadilha. Existe a opinião que os norte-coreanos necessitam desse espírito bélico para intimidar o Ocidente. Eles são simplesmente obrigados a ir aumentando a parada. Mais tarde ou mais cedo, quando todas as palavras estiverem esgotadas, eles terão de passar aos atos. Por outras palavras, podemos perfeitamente chegar a um estado de conflito localizado, considera Georgui Toloraya, diretor dos programas de estudos coreanos do Instituto de Economia da Academia das Ciências Russa:
"O mais provável é esse tipo de desenvolvimento da situação interessar ao lado norte-coreano. Sem isso, todas as numerosas declarações agressivas deixarão de ter qualquer peso. Se os EUA e os seus aliados não forem ao encontro das exigências norte-coreanas, Kim Jong-un irá simplesmente perder a face. Ele deixará de meter medo. Os norte-coreanos precisam, mais do que libertar a pressão, de provar a seriedade das suas intenções "com uma pequena guerra vitoriosa". Nem tanto uma guerra, mas mais um conflito localizado para unir a sua própria população e demonstrar ao Ocidente que é mais viável apaziguar a Coreia do Norte do que tentar castigá-la pela força militar.
Eu não compreendo muito bem de que serve isso aos EUA e à Coreia do Sul. Isso irá provocar uma grande queda de todos os indicadores econômico-financeiros. Será desferido um rude golpe não só sobre a economia não só regional, mas também global. Os norte-coreanos iriam lucrar com esse tipo de desenvolvimento da situação. Desde que esse pequeno conflito localizado não evolua para algo grande e inaceitável para qualquer das partes".
Realmente, uma guerra de grande escala não interessa a ninguém. A Coreia do Sul possui uma infraestrutura demasiado complexa e uma economia industrial desenvolvida. Para ela é mais simples comprar a paz. Os norte-americanos podiam fazer uma guerra, mas têm mais com que se preocupar. Se bem que, se os norte-coreanos quiserem utilizar armas de destruição massiva (não necessariamente a bomba atômica), os Estados Unidos não terão outra opção senão fazer a Coreia do Norte regredir para a Idade da Pedra. Mas, até uma determinada altura, os EUA não irão intervir e isso pode vir a ser aproveitado por Pyongyang.
Por outro lado, a passagem aos atos leva sempre o antagonismo para uma nova espiral de crescimento e, por isso, Pyongyang terá que pensar seriamente antes de carregar no botão. Esta é a opinião de Valeri Denisov, Doutor em Ciências Históricas, Candidato a Doutor em Ciências Jurídicas, Professor Catedrático de Estudos Orientais do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou:
"A situação é muito complexa, especialmente depois de ter terminado o plenário do CC do Partido dos Trabalhadores da Coreia e a sessão da sua Assembleia Popular Suprema que aprovou a resolução "Sobre a continuação do reforço do estatuto do país como detentor de armas nucleares para fins de autodefesa". Agora será muito difícil reiniciar as conversações para a regulação do problema nuclear na Península da Coreia. Contudo, todas as partes deverão fazer esforços para evitar uma confrontação. O objetivo é deixar essa situação no plano político-diplomático".
Entretanto, fica a impressão que os principais atores não estão lá muito otimistas. Os jogos de desestabilização já acabaram. Agora começou a desestabilização a sério. A situação atual está a um nível tal que basta um elementar erro humano, uma avaria técnica ou uma provocação para despoletar o confronto. Neste momento, para manter a paz na Península da Coreia, são necessários não só esforços conjuntos de todas as partes interessadas, mas simplesmente um milagre.

2 comentários:

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