15/4/2013 20:43
Por Redação, com agências internacionais - de Caracas
Por Redação, com agências internacionais - de Caracas
Presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro foi foi proclamado no cargo nesta segunda-feira pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A solenidade ocorreu na capital Caracas, cerca de 18 horas após proclamado o resultado das urnas e minutos depois de a presidenta Dilma Rousseff ligar para Maduro, após um longo período de silêncio no Palácio do Planalto. Em seu primeiro discurso na condição de presidente proclamado da República da Venezuela, Maduro ressaltou a necessidade de se observar as instituições democráticas como pilares da sociedade venezuelana. A mensagem foi dirigida à oposição que, segundo Maduro, tenta fabricar mais “um golpe de Estado” no país.
O candidato de ultradireita, Henrique Capriles, adversário da revolução bolivariana, iniciada com o líder Hugo Chávez, teimava em não reconhecer o resultado chegou a exigir uma recontagem “voto a voto” dos mais de 19 milhões de eleitores daquele país. Por conta da exigência, Capriles queria impedir a proclamação do resultado eleitoral.
Maduro venceu com 50,75% dos votos, contra 48,98% do adversário Capriles.
Capriles convocou marchas pelo país caso Maduro fosse proclamado presidente, mas não há sinais de protestos nas ruas das principais cidades do país.
– Que se escutem panelas e caçarolas em toda a Venezuela, no mundo. Para que escutem nossa indignação, nossa raiva – incitou.
Em uma clara tentativa de influir na decisão soberana dos eleitores venezueanos, representada no CNA, o governo dos Estados Unidos seguiu em linha com os aliados da extrema direita e pediu a recontagem dos votos devido ao resultado “extremamente acirrado”, com a vitória de Nicolás Maduro por uma estreita margem, ainda que esta diferença seja maior do que aquela ocorrida na reeleição do presidente George W. Bush, há oito anos
A Casa Branca, por meio de nota, reafirma no entanto que busca dialogar com a Venezuela sobre assuntos “como o combate conjunto ao narcotráfico e ao terrorismo”. As relações entre Venezuela e EUA atravessam atualmente um de seus piores momentos desde que em 2010, em meio a uma troca de acusações, o embaixador dos EUA foi retirado da Venezuela e vice-versa.
A presidenta Dilma Rousseff, em seu telefonema para felicitar Maduro pela vitória, disse que está “pronta” para trabalhar com o país vizinho. Dilma considera a disputa acirrada uma demonstração da “vitalidade” da democracia na Venezuela.
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