18.04.2013, 15:30, hora de Moscou
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EPA
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Passaram quase três dias desde o momento da explosão na Maratona de Boston. Contudo, o assunto não se tornou nada mais claro: não há suspeitos, nem versões de quem poderia estar atrás do crime.
Vários veículos de comunicação norte-americanos, citando certas fontes anônimas, avançaram que tinha sido detido o primeiro suspeito. No entanto, as autoridades o desmentiram de uma maneira absolutamente oficial. Aliás, especificando em seguida que os investigadores policiais estão buscando “um indivíduo que envergava um boné de basebol branco e um casaco escuro por cima de um outro casaco de capuz claro”, cujas imagens tinham sido recolhidas por câmaras de videovigilância. O nome do indivíduo suspeito ainda não é apurado.
Eis o que disse a jornalistas Stephen Murphy, presidente do Conselho Municipal de Boston:
“Uma das lojas sitas na Boylston Street facilitou imagens registradas pela câmara de videovigilância que confirmam que o suspeito tinha deixado uma bolsa não longe do local da segunda explosão. Isso coincide com a descrição do indivíduo que tinha abandonado o local do crime.”
Na tarde da quarta-feira, o FBI convocou uma coletiva de imprensa especial. Oficiais do bureau de investigações declararam ter conseguido “progressos substanciais”. Todavia, em vez de relatarem a jornalistas algo novo e sensacional, proporcionaram-lhes apenas uma outra dose de informação relativa à construção das bombas que tinham sido acionadas na reta final da maratona.
De acordo com dados mais exatos, só uma das bombas era feita de panela de pressão. A segunda tinha sido colocada dentro de um contêiner metálico ainda não identificado. No interior de ambos os artefatos encontravam-se troços de metal cortado, rolamentos e inclusive agulhas. Agora, os especialistas estão procurando remodelar a construção dos dispositivos explosivos a partir de seus fragmentos. Relata o antigo agente especial do FBI Peter Ahearn:
“Ninguém vai apressar-se para tirar conclusões, de igual forma que em tais casos do passado. Todos lembram a explosão do Olympic Park em 1996. Não obstante, entrementes vamos trabalhar, claro, para atingir o resultado; seguiremos coletando dados biométricos e iremos retirar impressões digitais no intuito de obter declarações e a confissão”.
Na quarta-feira, os médicos deram a conhecer novos dados sobre o estado dos feridos. Pelo menos 112 das 180 pessoas lesionadas durante a tragédia já saíram dos hospitais.
Das restantes 66 pessoas que seguem permanecendo em clínicas, o estado das 13 é classificado como crítico.
Incontestavelmente, o nível de tensão geral está crescendo na sociedade norte-americana. Todos estão à espera de respostas. Especialistas recordam que, após o atentado terrorista de Oklahoma City, a polícia revelou o nome do suspeito no decorrer de 24 horas, e após os ataques de 11 de setembro, os serviços secretos precisaram apenas de dois dias para encontrar provas de envolvimento da Al-Qaeda.
O nervosismo é instigado ainda por uma avalanche de notícias sobre evacuação de essa ou aquela instituição devido a alarmes falsos de bombas. Na quarta-feira, foi evacuado o prédio do Tribunal Federal de Boston.
Durante os últimos dias, havia vários incidentes similares. No aeroporto de LaGuardia, em Nova York, os passageiros se viram obrigados a sair do prédio central devido a uma mala considerada suspeita. No aeroporto de Logan, em Boston, foi adiada a partida de um avião, também devido a uma embalagem esquecida por um passageiro.
Em Boston, as bandeiras nacionais estão agora a meio-mastro. As pessoas trazem flores, velas, brinquedos e bandeiras para o cordão policial em torno do local da tragédia. Há quem deixa recados com votos de recuperação mais rápida aos feridos e condolências às famílias dos mortos. Um dos participantes da maratona doou sua medalha.
O presidente dos EUA, Barack Obama, também vai render homenagem à memória das vítimas do atentado terrorista; nesta quinta, ele chegará a Boston, para um só dia, a fim de cumprir esse dever.
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