28/10/2012, por Eunice Oliveira
Num relatório sobre o uso da internet por terroristas apresentado esta semana em Viena (Áustria), a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para a crescente utilização do Facebook como meio para recrutar simpatizantes, fazer propaganda e planear ataques.
“As redes sociais como o Facebook estão a ganhar cada vez mais relevância. Os terroristas podem desenvolver laços sem serem dificultados pelas fronteiras que separam os países”, afirmou Hans-Georg Maassen, representante das autoridades alemãs durante a apresentação do relatório.
Além do Facebook, também o Twitter e o YouTube se destacam com este propósito. ”A promoção da retórica extremista encorajando atos de violência é uma tendência comum em todas as plataformas de internet que hospedem conteúdo produzido pelo utilizador”, conclui a ONU.
O documento de 158 páginas refere ainda que a “enorme quantidade de informação sensível que circula nas redes sociais corre o risco de se extraviar e vir a ser usada em benefício de atividades criminosas”.
Com a apresentação deste relatório, que funciona como um alerta aos países membros, a ONU pretende que seja ratificada uma legislação para evitar o ciberterrorismo e aumentar a colaboração das agências além fronteiras.
O secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, já havia afirmado no início deste mês que o Pentágono e as agências de inteligência estão a notar um aumento no número de ameaças virtuais. De acordo com Panetta, as ameaças na internet têm potencial para se tornarem tão devastadoras como o ataque de 11 de setembro de 2011.
Fonte: Bloomberg
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