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O prolongamento do gasoduto Nord Stream permitirá elevar consideravelmente a segurança energética do Reino Unido, declarou o representante da BP-Rússia, Vladimir Buianov, confirmando à Voz da Rússia o fato das conversações entre o gigante energético britânico e a Gazprom.
Segundo os cálculos preliminares, a entrada no projeto pode custar para a BP 300 milhões de dólares. A construção do ramal ocupará cerca de dois anos.
Segundo alguns meios de comunicação social, o acordo entre a Gazprom e a BP pode ser concluído já no próximo ano. A companhia britânica não quis referir os prazos, destacando que as conversações "se encontram na etapa inicial". Entretanto, o representante da BP-Rússia, Vladimir Buianov, comunicou à Voz da Rússia que a empresa britânica já está efetuando conversações com o consórcio Nord Stream.
A colocação de um ramal do Nord Stream permitirá garantir ao Reino Unido linhas alternativas de fornecimento de gás e, portanto, elevará notavelmente a segurança energética do país. Nos últimos cinco anos a Inglaterra importa gás e está muito interessada em aumentar e diversificar os fornecimentos de combustível. Londres compra gás natural liquefeito principalmente aos Estados Unidos, à Noruega e ao Oriente Médio. Neste último caso, as garantias de fornecimentos são cada vez mais postas em dúvida. Ao mesmo tempo, as próprias reservas de petróleo e de gás no Mar do Norte estão praticamente esgotadas.
O atual governo britânico apoia o projeto de transporte de gás russo através da Europa até ao Reino Unido. No verão passado, o primeiro-ministro David Cameron discutiu este tema com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na altura dos Jogos Olímpicos em Londres.
A realização do projeto pode ser impedida apenas por Bruxelas, por cuja iniciativa foi aplicado na Europa o chamado Terceiro Pacote Energético, que obriga a liberalizar o comércio e o transporte deste combustível. O Nord Stream não faz perte deste pacote, mas tal não diz respeito às futuras ramificações do gasoduto.
A BP pode ajudar a Gazprom a solucionar este problema, considera o analista-chefe da companhia de investimentos Univer Capital, Dmitri Alexandrov:
"O problema das ramificações do gasoduto é muito complexo: elas não têm por enquanto o mesmo estatuto transnacional que o resto do sistema. Bruxelas tentará, no mínimo, protelar este processo. Mas, a meu ver, o problema irá resolver-se em conjunto. Ao mesmo tempo, a presença da BP como parceiro é um argumento adicional para obter o respetivo estatuto ou para esperar que por este ramal seja fornecido exclusivamente gás russo. A solução é absolutamente lógica. Se ela for realizada, será um complemento muito bom ao projeto Nord Stream".
O Nord Stream, posto em exploração no ano passado, já satisfaz quase um quarto das necessidades da Europa em combustível. O mercado energético da Inglaterra não é uma novidade para a Gazprom: ali já existe há vários anos uma filial da holding especializada na venda de gás.
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