quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Os grandes moram nos pequenos gestos.

Rui Lamarques
Mais uma vez estive com o Dino Foi e fui testemunhar que o amor ao próximo não mora no discurso, mas nos gestos. Só quem olha para o próximo como a extensão de si mesmo é capaz de acto tão nobre. Dino ...
dá com a mesma facilidade com que respira. Hoje, dois portadores de deficiência física voltaram a sorrir por causa do gesto de um gajo alto e cheio de estilos. Um gajo que, às vezes, posta umas fotografias curtindo o maior conforto num barco ou num avião que eu só vejo nos filmes. Esse mesmo gajo que, às vezes, parece viver num mundo à parte e a leste dos problemas dos humildes consegue descer da sua torre de conforto e partilhar o que tem com quem nasceu sem margem para compreender o conteúdo do termo esperança.

Em Moçambique uma carrinha de rodas custa acima de 20 mil meticais. Dino já deu três na minha presença. Fê-lo sem precisar de holofotes ou de ocupar o espaço de antena das televisões onde é norma aqueles que alardeiam em todos os cantos responsabilidade social posicionarem-se para amplificar falsamente o tamanho dos seus corações.

Hoje, na Associação Muodjo aprendemos que não é preciso muito para ajudar o próximo. A força de vontade, esse campo inacessível aos pobres de espírito, faz maravilhas. Osvaldo, presidente do Muodjo é disse um exemplo paradigmático. Sem meios nenhuns, apenas com um espaço, conseguiu erguer um lar para muitas crianças de Matendene. Ao Dino Foi e ao Osvaldo um abraço do tamanho do mundo. O mundo seria, certamente, um lugar pior sem a vossa presença...
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— with Milton Machel and 21 others.
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