quinta-feira, 9 de maio de 2013

Putin: Rússia cria nave espacial radicalmente nova: Voz da Rússia

9.05.2013, 13:07, hora de Moscou
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espaço, eei
© ru.wikipedia.org

OKA-T é o nome do projeto conjunto de cientistas de Perm (sopé dos Urais) e da Corporação de espaço e foguetes Energia.

Segundo o conceito dos peritos, esta será uma plataforma independente da EEI para experimentos em gravidade zero. A autonomia do satélite da Estação Espacial Internacional vai garantir a pureza da experiência, já que a vida cotidiana dos astronautas não irá afetar os resultados dos experimentos. A EEI é geralmente muito barulhenta: funcionam compressores e diversos dispositivos de limpeza para garantir a vida normal de seus habitantes. E os próprios astronautas têm de correr durante horas em botas especiais batendo no chão, para sobreviver em condições de falta de gravidade. Tudo isso junto cria uma perturbação, “estraga” a ausência de gravidade, embora para determinados trabalhos ela precisa ser perfeita, disse à Voz da Rússia o chefe do Departamento de Física Geral da Universidade Regional de Perm, Guennadi Putin:
“Tente beber num automóvel champanhe ou a água de um copo. Carro é sacudido nos solavancos, vira, frena. Você vai entornar a bebida e não terá prazer. São justamente tais sacudidas da Estação Espacial Internacional por causa de suas voltas e orientação faz com que a ausência de gravidade seja “perturbada”. Este satélite, pelo contrário, será sem pessoas, compressores de purificação de água e ar, de modo que a ausência de gravidade lá será muito melhor.”
No OKA-T planejam instalar fornos para a cultivação de cristais, explicou o cientista. Por causa da gravidade, não é possível criar cristais perfeitos na Terra, e eles são uma componente necessária para supercomputadore s e lasers. Uma dispositivo criado em Perm irá monitorar a qualidade da ausência de gravidade a bordo do satélite, diz o professor Putin:
“Ele vai ser colocado ao lado do fogão que cultiva cristais. Se passado um mês do forno sair um cristal não muito bom, peritos poderão consultar o registro deste instrumento para ver se houve choques ou qualquer perturbação da gravidade.”
O satélite não só cria grandes oportunidades para experiências espaciais, mas também reduz significativamen te o seu custo. Levar algo para o espaço próximo à Terra é muito caro – 30 mil dólares por quilo de carga. Até agora, para todas as tarefas científicas fabricava-se máquinas separadas, lançavam-nas no espaço, e depois afogavam. São custos exorbitantes, queixa-se o cientista:
“A invenção consiste em lançar o aparelho uma vez, acoplá-lo à EEI, e depois afastá-lo da estação por seis meses. Ele irá voar independentement e e em seis meses voltará a acoplar-se. Astronautas irão recarregá-lo, extrair todos os dados científicos, os dispositivos, irão colocar novos dentro e lançá-lo novamente. Isto é muito vantajoso: não há necessidade de criar seu próprio aparelho para cada experimento.”
A Universidade Regional de Perm não foi selecionada por acaso para participar na criação de um aparelho universal para pesquisas espaciais: tem excelentes instalações de pesquisa, estudos em mecânica de fluidos e física de líquidos e gases em ausência de gravidade têm sido realizados aqui durante mais de 30 anos. O Departamento de Física Geral tem uma licença para criar aparelhos para o espaço, para desenvolver materiais e tecnologias espaciais.

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