terça-feira, 7 de maio de 2013

Comício da oposição unida realizou-se em Moscou na praça Bolotnaya: Voz da Rússia

7.05.2013, 10:38, hora de Moscou
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oposição, protesto, Rússia, Moscou
RIA Novosti

Em 6 de maio realizou-se em Moscou um comício combinado da oposição, para marcar os acontecimentos de um ano atrás, quando na praça Bolotnaya um ato de protesto transformou-se em choques de massa dos ativistas com a polícia.

O novo ato dos opositores ocorreu não de acordo com o plano, antes de começar. Durante os trabalhos preparativos morreu o voluntário Maxim Melkov, que ajudava a montar os equipamentos. Entretanto os organizadores do comício decidiram não cancelá-lo, mas realizar de forma abreviada. Aliás, na realidade o comício durou quase tanto quanto fora anunciado inicialmente.
O ato sob o lema "Pela Liberdade" foi planejado como uma resposta da sociedade civil à série de processos penais sobre os participantes dos acontecimentos de 6 de maio de 2012. Lembramos que nesse dia, que precedeu a posse de Vladimir Putin, como resultado de confronto dos oposicionistas com a polícia dezenas de pessoas foram atingidas. Como resultado da investigação os órgãos judiciais prenderam mais de 20 participantes dos choques, a quem os adversários das autoridades chamam de "presos políticos" e "prisioneiros de 6 de maio".
Um ano depois um acontecimento trágico quase frustrou os planos dos organizadores do novo ato. A decisão sobre seu destino foi acompanhada de discussão aguda, mas como resultado venceram os partidários do protesto ativo. O comício começou com um minuto de silêncio por um operário morto. A principal exigência dos oradores foi a libertação de todos os que figuram no chamado caso da Bolotnaya. Houve até declarações políticas altissonantes. Por exemplo, de parte do ex-primeiro-ministro Mikhail Kassianov.
"Somos solidários com os rapazes que estão na prisão. Eles são inocentes. Nosso apoio é muito necessário a eles. Nós obteremos a verdade, a vitória. Nós obteremos eleições, mudança do poder, da direção política, que deverá conduzir o país para o bem de cada um".
Tão expressivamente falou também o ex-deputado da Duma de Estado Guennadi Gudkov. Ele considera que cada escritório, cada edifício, cada apartamento devem se tornar campo de luta contra o "regime".
Enquanto isso as paixões arderam não apenas na tribuna, mas também nas fileiras dos participantes do comício. Representantes da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) provocaram uma briga com os ativistas ortodoxos. Aliás, a polícia coibiu rapidamente este e mais alguns choques insignificantes.
Apesar de semelhantes problemas, atos desse gênero são necessários, considera o observador da Câmara Social da Rússia, jornalista Nicolai Svanidze.
"Eu sou a favor de que as pessoas compareçam a comícios e passeatas, se isto é feito no âmbito da lei e da Constituição. A constituição diz que as pessoas têm o direito de reunir-se, expressar sua opinião e fazer perguntas às autoridades. Por que se as perguntas não são feitas em passeatas, comícios e na imprensa elas são feitas em barricadas. As autoridades devem responder a estas questões, porque elas também não estão interessadas em barricadas".
Como resultado da realização do comício foi aprovada uma resolução exigindo a libertação dos envolvidos nos processos penais, instaurados depois de 6 de maio de 2012 e também mudanças na Constituição. Segundo avaliações da policia não mais de 10 mil pessoas participaram do ato.
Representantes do movimento de protesto citaram números que ultrapassam em várias vezes os dados oficiais. Desde o momento do início de manifestações de massas em dezembro de 2011 semelhante "batalha" por números tornou-se uma espécie de tradição.

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