sábado, 13 de outubro de 2018

Trump diz esperar regresso rápido de pastor evangélico libertado pela Turquia


EMRE TAZEGUL

O presidente Donald Trump disse esperar um regresso "rápido" e "sem problemas" aos Estados Unidos do pastor evangélico norte-americano Andrew Brunson, libertado esta sexta-feira pela justiça turca após mais de dois anos preso.

"Os meus pensamentos e orações vão para o pastor Brunson e esperamos vê-lo rapidamente e sem problemas em casa", escreveu na rede social Twitter o presidente norte-americano.
O caso de Andrew Brunson, que esteve na prisão e depois detido em casa, provocou uma grave crise entre Ancara e Washington.Um tribunal em Aliaga, na região de Izmir (oeste), condenou o pastor a três anos e um mês de prisão, mas decidiu libertá-lo hoje tendo em conta o tempo que já passou detido e o seu comportamento durante o processo.
Acedeu assim aos pedidos do Ministério Público para levantar a prisão domiciliária de Brunson e a proibição de abandonar a Turquia, o que permitirá que o pastor evangélico saia do país.
Brunson, de 50 anos e que vive na Turquia há mais de duas décadas, foi preso em dezembro de 2016 e indiciado por espionagem e acusações relacionadas com terrorismo.
O pastor, que rejeita as acusações, foi transferido a 25 de julho para prisão domiciliária por motivos de saúde.
A tensão entre a Turquia e os EUA, latente desde há longos meses, agravou-se após a imposição por parte de Washington, em 01 de agosto, de sanções contra dois ministros turcos devido ao caso Brunson.
A Turquia respondeu às sanções com contramedidas semelhantes dirigidas a altos cargos norte-americanos.Apesar de as relações bilaterais manterem várias situações em aberto, incluindo o apoio norte-americano a milícias curdas sírias que Ancara considera "terroristas", a detenção do pastor evangélico foi o fator que motivou a aplicação de sanções mútuas entre os dois aliados da NATO.
A Turquia acusa Washington de não pretender extraditar o predicador islamita Fethullah Gülen, autoexilado nos EUA há 19 anos e acusado de responsabilidade pelo fracassado golpe de Estado militar de julho de 2016, uma alegação que este tem rejeitado.
Lusa

Sem comentários: