Membros da Comissão de Eleições da Cidade (CEC) da Matola indicados pela Renamo e MDM apresentaram hoje à imprensa três editais de apuramento intermédio das Eleições na Matola, todos eles assinados pelo presidente da CEC, Carlos Comé e carimbados com selo em uso na instituição. Todos apresentam resultados diferentes. Os representantes da oposição na CEC da Matola alegam que esta é a evidência da adulteração de resultados que deram a vitória à Frelimo.
Um dos editais tem os seguintes resultados:
Frelimo - 48,15%;
Renamo - 47, 46%
MDM - 4,13%
Frelimo - 48,15%;
Renamo - 47, 46%
MDM - 4,13%
Num outro edital os resultados são:
Frelimo - 46,85%
Renamo - 47,46%
MDM - 5,42%
Frelimo - 46,85%
Renamo - 47,46%
MDM - 5,42%
No terceiro edital os resultados são:
Frelimo - 48,05
Renamo - 47,28
MDM - 4,11%
Frelimo - 48,05
Renamo - 47,28
MDM - 4,11%
O último edital, para além da assinatura do presidente da CEC na Matola foi assinado pelos membros da CEC indicados pela Frelimo e não tem assinatura dos membros indicados pela Renamo e MDM. É este que foi apresentado ao público este sábado como resultados oficiais da Matola.
Torina Miquitae, vice-presidente da CEC da Matola indicado pela Renamo, disse que o último edital foi preenchido unilateralmente pelos membros da Frelimo na Comissão de Eleições da Cidade de Matola – incluindo o respectivo presidente Carlos Comé.
Explicou que o primeiro edital foi o primeiro a ser apresentado aos membros da CEC para a sua aprovação, entretanto, notou-se que havia disparidade de números e os técnicos do STAE local não souberam explicar a razão a disparidade de número. A soma de votos válidos obtidos por todos os concorrentes era superior ao total de votos válidos depositados nas urnas.
A sessão foi então interrompida para se sanar esta irregularidade, entretanto, numa sessão sem membros da Renamo e do MDM foi produzido e assinado um outro edital.
A vice-presidente da CEC da Matola diz que os resultados verdadeiros são: Renamo - 47,44% de votos, contra 46, 85% da Frelimo e 5,42% do MDM.
A vice-presidente da CEC da Matola diz que os resultados verdadeiros são: Renamo - 47,44% de votos, contra 46, 85% da Frelimo e 5,42% do MDM.
Romão Rego, vogal da Comissão de Eleições da Cidade da Matola e membro da Comissão de Operações Eleitorais disse que esta é a comissão responsável pelo apuramento de resultados mas que ele desconhece a proveniência dos resultados apresentados no edital da CEC da Matola. Romão Rego foi indicado pelo MDM.
“A Renamo ganhou as eleições na Matola e o MDM obteve 5, 42%”, disse a jornalistas.
Rego reportou ainda a detenção do presidente da Mesa de Voto, Maurício Brito Vilanculos, que trabalhou na EPC da Matola, da mesa número: 100003-06, por ter denunciado o enchimento de urnas a favor da Frelimo, na sua mesa do voto.
Rego reportou ainda a detenção do presidente da Mesa de Voto, Maurício Brito Vilanculos, que trabalhou na EPC da Matola, da mesa número: 100003-06, por ter denunciado o enchimento de urnas a favor da Frelimo, na sua mesa do voto.
Face a estes problemas, tanto os vogais da Renamo como do MDM prometem produzir relatórios escritos expondo as evidências da fraude e anexando ditais que estão na sua posse, de modo a recorrer exigindo a recontagem de votos.
Questionado o papel de Carlos Comé na Matola
Carlos Comé, presidente da CEC é antigo Director Geral da Polícia de Investigação Criminal e já foi Director da Contra Inteligência do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE). Agora presidente a CEC da Matola indicado pela Frelimo.
A oposição questiona o papel de Carlos Comé na instituição e diz que está no órgão para facilitar a adulteração de editais, dando como evidência disse o facto e ter assinado mais de um edital com resultados diferentes de uma mesma eleição. Um dos editais foi circulando pelas redes sociais um dia antes do anúncio dos resultados como forma de abafar a reivindicação da Renamo de que venceu as eleições na Matola.
A oposição questiona o papel de Carlos Comé na instituição e diz que está no órgão para facilitar a adulteração de editais, dando como evidência disse o facto e ter assinado mais de um edital com resultados diferentes de uma mesma eleição. Um dos editais foi circulando pelas redes sociais um dia antes do anúncio dos resultados como forma de abafar a reivindicação da Renamo de que venceu as eleições na Matola.
1 comentário:
Sem duvidas que ainda levara uma eternidade para o alcance de uma democracia em Mocambique. A FRELIMO devia sair pela porta da frente e abster-se de uma vergonha dessa natureza pois os Matolenses escolheram o seu dirigente nas urnas e tudo poderao fazer para ver o seu escolhido a dirigir a Matola!
Enviar um comentário