quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Polícia de São Tomé proíbe manifestações até 72 horas após anúncio de resultado das eleições


Um comunicado do comando geral da Polícia Nacional, anunciado esta quinta-feira, os que desobedecerem serão "identificados e responsabilizados" pelas manifestações e contestações.
NUNO VEIGA/EPA
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  • Agência Lusa
A Polícia Nacional de São Tomé e Príncipe proibiu qualquer manifestação e concentração no país, a partir de esta quinta-feira até 72 horas após o anúncio dos resultados definitivos das eleições de domingo passado pelo Tribunal Constitucional.
“Ficam, a partir desta data e nas 72 horas seguintes ao pronunciamento do Tribunal Constitucional dos resultados finais das eleições legislativas, autárquicas e regional, proibidas todas e quaisquer manifestações e concentrações nos locais públicos ou abertos ao público em todo o território nacional”, lê-se num comunicado do comando geral da Polícia Nacional, com data desta quinta-feira.
A nota refere ainda que os que desobedecerem serão “identificados e responsabilizados”, bem como “todos aqueles que forem considerados como os organizadores e instigadores das referidas manifestações e concentrações”.
A Polícia Nacional apela à “calma e tranquilidade de todos os cidadãos são-tomenses e estrangeiros residentes” no país e pede que se evite “a prática ou incitação à violência, pondo em causa a segurança nacional”.
O apelo surge numa altura em que decorre o “apuramento provisório” dos resultados eleitorais e “face aos últimos acontecimentos ocorridos no território nacional, com maior incidência no distrito de Água Grande”, refere ainda o comunicado.
Para esta sexta-feira, a Ação Democrática Independente (ADI), partido no poder e vencedor das eleições legislativas, estava convocada uma “concentração pacífica”, no centro da capital.
Na passada segunda-feira, centenas de manifestantes contestaram, alguns de forma violenta, a verificação de votos nulos por uma juíza na comissão eleitoral do distrito de Água Grande, na cidade de São Tomé, e a Polícia de Estado interveio para dispersar a multidão.

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