Parabéns João Lourenço (Jlo)
Por: Venâncio Mondlane
Muito antes de João Lourenço, Presidente de Angola e de Emerson Mwangagwa, do Zimbabwe, apresentei, em Novembro de 2017, a partir do pódio da Assembleia da República, uma intervenção versada na filosofia para uma proposta de Lei de Aministia Geral, visando não apenas os ordinários crimes políticos, mas extensiva aos crimes económicos e financeiros.
A minha intervenção que foi depois adaptada para um artigo de opinião para a imprensa, tomou o título de "Precisamos de um Baptismo Nacional". Em face da crise económica, financeira e social que se abateu sobre Moçambique, tendo por origem os crimes de colarinho branco que hipotecaram a Soberania Nacional nos leilões financeiros internacionais, propunha a necessidade de criação de uma Agenda Nacional de Resgate; Eleição de um Procurador Nacional Independente e de uma Comissão Nacional de Verdade, Reconciliação e Purificação (CNVRP). O perdão aos crimes financeiros e económicos, inserido no Pacto Nacional de Paz e Estabilidade, seria precedido de um período de graça, em que os que lesaram a pátria poderiam devolver os dinheiros, títulos, activos móveis e imóveis, para um fundo especifico que designei de Fundo de Resgate e Restauração Nacional (FRRN).
Todos os que devolvessem os bens roubados, desviados , burlados ao Estado, seriam perdoados e o valor inserido no Fundo de Resgate e Restauração Nacional, que serveria para a reconstrução do País e o alívio do endividamento gritante a que nos encontramos. Após o período de graça, todos os que não fizessem a devolução voluntária, por via do Procurador Independente, seriam acusados criminalmente e responsabilizados sem tréguas, nem dó e nem piedade seriam evocados.
Um mês após apresentação da minha proposta no Parlamento Moçambicano, João Lourenço, Presidente de Angola, em Dezembro de 2017, comunica a Nação Angola que "Os Angolanos que tem fortunas no estrangeiro poderiam repatriar esse capital para o País, sem sanções, durante um período de tempo". Jlo dava um assento tónico que findo o prazo de graça "o Estado Angolano sente-se no direito de o considerar [o capital] dinheiro de Angola e dos Angolanos..... e tomá -lo de volta para sua posse".
Falou. Cumpriu. Dia 24 Setembro de 2018, José Filomeno dos Santos, filho do antigo Presidente de Angola José Eduardo dos Santos, foi alvo de uma medida de prisão preventiva. A detenção surge na sequência das acusações de associação criminosa, falsificação, tráfico de influências, burla, peculato e branqueamento de capitais formuladas pelo Ministério Público de Angola.
Nesta "Enciclopédia de crimes" destaque muito particular vai para os cometidos enquanto Presidente do Fundo Soberano de Angola (FSA). Realmente é espantoso, não lembrando o diabo, como é que um Presidente nomeia o próprio filho para gerir o maior pilar estratégico, a mais importante reserva do País resultante das receitas da exploração das riquezas naturais do Povo. Quer dizer, nos termos já descritos num artigo sobre o caso, é similar que a impunidade e o à vontade, com que se passa de pai para o filho a gestão de um bordel.
No que o Ministério Público catalogou, da "burla qualificativa" que este jovem desferiu sobre o Estado, devolveu apenas 524 Milhões de dólares de um valor global que ascende os 8 Bilhões (mil milhões) de dólares!!!!!!!!!
Angola havia sido convertida numa Babilónia do clã dos "dos Santos". José Filomeno dos Santos, Zenu, enquanto gestor do Fundo Soberano, transferiu mais de 3 Bilhões (mil milhões) de dólares para o seu amigo e sócio Jean-Claude Bastos de Morais, para gerir, com uma procuração com poderes mais que bastantes, como se o País fosse o quintal da sua sogra.
Para além de Zenu, estão em prisão preventiva muitos outros designados de "prisioneiros de luxo" e alguns deles foragidos. Em suma, em Angola já iniciou a operação de saneamento na máquina pública.
No caso Moçambicano, a minha proposta que foi apresentada 30 dias antes da de Jlo, nunca foi sequer debatida. Mas será que estamos com dirigentes públicos sem nódoas? Claro que não!
Moçambique hoje é usado como barómetro para percepção do que é um governo inimigo do Povo. Nas praças financeiras internacionais somos tomados como um agente residual, um País de elevadíssimo risco, um País de lixo. A pobreza agravou. Os indicadores de desenvolvimento humano são dos piores do Mundo. Em matéria de indisciplina financeira e gestão anti-popular, estamos entre os dois maiores do Mundo. Em fim, nosso País está na iminência de passar de um Estado falido para um Estado falhado.
Tudo isto por conta de um punhado de auto-intitulados libertadores, mas, por ironia, hoje são os negociantes do futuro e destino desta pátria de oprimidos.
É momento de dizer basta a tudo isto. É momento de resgatar Moçambique. É momento de Limpar Moçambique. Não podemos aceitar que os que desferem golpes mortais contra o povo, os inimigos públicos, continuem como comandantes do navio, caso contrário será inevitável o naufrágio.
Em plenas eleições autárquicas, o regime apresenta, na Capital do País, um cabeça-de-lista que diz querer tornar "Maputo numa das melhores Cidades de África", quando foi cúmplice, por mais de 10 anos, como Membro da Comissão Política, do partido que levou a cidade capital a se descaracterizar, a perder toda identidade.
Exterminaram a flora urbana, já não é mais, Maputo, a cidade das Acácias, até o terreno do viveiro Municipal, foi usado para negócios mafiosos; a reparação Avenida Julius Nyerere, nas barbas das Embaixadas, foi ciclicamente usada como um saco azul sem fundo, para o binómio: burla-lamentação.
Os campos de futebol vendidos para alimentar o seu vampirismo monetário insaciável. Infraestruturas sociais e culturas saqueadas. Espaços públicos absorvidos para interesses privados.
A voracidade pelo dinheiro destruiu a maior parte da banda dos 30 Km de mangal da cidade de Maputo; a zona da Costa do Sol e Catembe são uma fotografia fantasmagórica dessa loucura e, em Chiango, algo inusitado, esquizofrénico, uma área com uma inscrição de "proibido construir" mas com parcelamento no meio do pouco mangal que ainda resistente aos viciados em dinheiro fácil.
As zonas de reserva municipal todas elas vendidas pelo sindicato do crime organizado dentro do Município; o chamado Plano de Estrutura Urbana da Região Metropolitana de Maputo (PEUM) sistematica e despudoramente violentado. Em fim, todos eles cúmplices de se ter convertido a cidade de Maputo em escombros, num amontoado de desordem sem fim.
A tragédia de Hulene, que ceifou a vida de dezenas de pessoas, tem como um dos responsáveis morais o mesmo que o regime apresenta hoje como cabeça-de-lista, pois, o seu famigerado PROMAPUTO, previa o encerramento da Lixeira até 2014, mas nada aconteceu, senão txunar vidas de inocentes, de esfumar sonhos e destinos de milhares de crianças.
Sem nenhum pejo ainda vem hoje pedir votos a própria população que tudo fizeram para espoliar, burlar, roubar e assassinar. Para o cúmulo da falta de vergonha, aparecem em caravanas exibindo um luxo de viaturas e meios que violentam a miséria que eles próprios promoveram perante aos que pedem votos.
Por ultimo, apresentam um cabeça-de-lista que é o "padrinho parlamentar das dívidas ocultas". O deputado, na função de Presidente da Comissão de Plano e Orçamento (CPO) tudo fez, até auflagelar o seu título de Economista, para defender, promover, aprovar e oficializar a imoralidade e ilegalidade das dívidas da EMATUM, PROINDICOS e MAM. Dívidas estas que estam a sacrificar milhões de vidas de Moçambicanos. Parece que os seus maiores dons e a sua mais nobre missão na terra é hastear a bandeira do genocídio do Povo.
Caros irmãos! Caros Patriotas de alma e coração!
É chegado o momento da vassoura. É chegado o momento de Limpar Moçambique. Limpar o País da escória, da estagnação, da incúria, do roubo, da corrupção, em fim, é chegado a hora de levar os inimigos públicos para a oposição.
Não vote no crime - Vote na RENAMO.
Moçambiqueeeeee, Vamos Limpar!!!
Nota Bem: em anexo, o meu artigo adaptado da intervenção feita no Parlamento no dia 02 de Novembro de 2017 (30 dias antes de João Lourenço (Jlo) - Presidente de Angola - apresentar à Nação Angolana, as mesmas medidas por mim propostas para sanear o País dos males da corrupção)
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