A Arábia Saudita recusou que lhe venham a ser impostas sanções, depois da ameaça dos Estados Unidos de um "castigo severo", no âmbito do caso do desaparecimento de Jamal Khashoggi.
A Arábia Saudita recusou neste domingo que lhe venham a ser impostas sanções, depois da ameaça dos Estados Unidos de um “castigo severo”, que fez a bolsa saudita cair 7%, no âmbito do caso do desaparecimento de Jamal Khashoggi.
Khashoggi, jornalista saudita crítico do príncipe herdeiro auto-exilado nos Estados Unidos, deslocou-se na semana passada ao consulado saudita em Istambul e nunca mais foi visto. Fontes policiais citadas pela imprensa turca afirmaram que o jornalista foi morto no consulado, o que é negado pelas autoridades sauditas.
No sábado, o presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu que a Arábia Saudita possa estar por detrás do desaparecimento do jornalista Jamal e advertiu que, se for esse o caso, haverá um “castigo severo”.
Em resposta, Riade afirmou “rejeitar inteiramente qualquer ameaça ou tentativa de a enfraquecer, seja através de ameaças de sanções económicas, do recurso a pressão políticas ou da repetição de acusações falsas”.
Se for alvo de sanções, prosseguiu em comunicado divulgado pela agência oficial SPA, responderá “com sanções ainda maiores”, apelando que que seja tido em conta que “a economia do reino tem um papel vital e influente na economia global”.
O comunicado foi divulgado depois de a bolsa de Riade ter caído 7% no primeiro dia de operações da semana.