Esquema de desvio de fundos no Ministério da Defesa lesou o Estado em 36 milhões de meticais entre 2010 e 2015
Arrancou
hoje, em Maputo, o julgamento dos nove acusados do desvio de fundos no
Ministério da Defesa. O desvio ocorreu entre 2010 e 2015 e envolve
membros do Comando do Exército e pessoas sem nenhuma ligação com o
Ministério.
Trata-se
de quatro pessoas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e outras
cinco sem nenhuma ligação com o Ministério da Defesa. Hoje, sentaram no
banco dos réus para responder à acusação de burla, abuso de cargo e de
função, associação para delinquir e branqueamento de capitais.
De
acordo com a acusação do Ministério Público, o esquema era dirigido por
dois dos quatro homens das FADM, que estavam no sector de vencimentos
do Comando do Exército, daí a facilidade do desvio.
Adulteravam
o número de efectivos do Comando, fazendo com que se pagasse salários a
pessoas que não existem na instituição, valor que era canalizado nas
contas de familiares, conhecidos e pessoas com quem tinham relações
amorosas.
Hoje,
respondem todos perante o mesmo juiz, no Tribunal Judicial da Cidade de
Maputo. Mas além destes existem outros dois que estão foragidos.
Foi também usada a conta bancária de um menor, filho de um dos foragidos.
Durante
o pagamento de salários indevidos, havia pessoas que recebiam ordenados
acima da tabela salarial das Forças Armadas. Outras chegavam a receber
duas vezes em apenas um mês. O esquema lesou o Estado em cerca de 36
milhões de meticais.
No
primeiro dia de julgamento, não houve questionamentos aos réus, apenas
apresentou-se a acusação e a discrição dos factos. A sessão de audição
foi marcada para amanhã.
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