Opinião
Cartas ao director
Saberão os chineses da Three Gorges que o
presidente do conselho de administração executivo da EDP, António Mexia,
é suspeito de crime de corrupção? Se não sabiam, já devem ter sentido
que o valor em bolsa das acções que detêm na empresa de electricidade
(portuguesa?) levou um rombo com as notícias da constituição de alguns
arguidos, entre os quais António Mexia. (...) Já os impolutos senhores
do Bilderberg, ao que parece, ainda antes da realização do seu recente
encontro, teriam retirado Mexia da lista de participantes. A vida não
está a correr nada bem ao antigo ministro superstar.
José A. Rodrigues, Vila Nova de Gaia
Corrupção enérgica
Mediante
as recentes notícias que nos dão conta de mais um caso de suspeita de
corrupção, desta vez no sector da energia, ocorre-nos perguntar até
quando vamos ouvir falar destes casos, uma vez que as influências e a
troca de favores de uns para com os outros são a principal raiz de um
problema que se arrasta ao longo dos anos.
Estas
notícias de que agora temos conhecimento levam-nos a questionar a
honorabilidade dos senhores que dirigem empresas que nos fornecem
serviços, não sendo totalmente claro os valores dos mesmos. Levam os
cidadãos a pensar que são constantemente roubados, através de uma
descrição dúbia de taxas e serviços, sem que a entidade que regula o
sector se preocupe em avaliar a legalidade e a justeza dos valores
facturados.
O que sabemos é que ligado à
empresa de electricidade nacional existe o Museu de Arte, Arquitectura e
Tecnologia, existe uma fundação cuja utilidade é desconhecida da
maioria dos portugueses. Depois ouvimos nos media que altos responsáveis
são suspeitos de esquemas e, uma vez constituídos arguidos, contratam
bons advogados, que os defendem. Porém, os valores cobrados
indevidamente aos cidadãos não são devolvidos, porque os mesmos não têm
quem os defenda.
Américo Lourenço, Sines
Crise no Golfo
O
conflito diplomático no Médio Oriente vulcaniza a região. A Arábia
Saudita, o Egipto, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, o Iémen e a
Líbia não perdoam o protagonismo do jovem emir dos qataris. O influente
canal de televisão Al-Jazira incomoda a Arábia Saudita. A realização de
grandes acontecimentos desportivos e do Mundial de futebol 2022 no
pequeno Estado do Golfo Pérsico coloca em campo inveja sobre inveja. O
regime de Doha é acusado de apoiar grupos terroristas como o Daesh. Não
se compreende os negócios milionários da venda de armas norte-americanas
ao reino saudita, quando pesa sobre o maior país da península arábica a
suspeita de apoiar grupos terroristas.
Ademar Costa, Póvoa de Varzim
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