ZECA CALIATE, A VOZ DA VERDADE - OS CINQUENTA ANOS DO DESTACAMENTO FEMININO
RAIMUNDO PACHINUAPA, MEMBRO DO COMITÉ CENTRAL DA FRELIMO, DIZ NO SEU LIVRO, RECENTEMENTE PUBLICADO, QUE SÃO CINQUENTA ANOS DE DESPERDÍCIOS E SABUJICES COM O DESTACAMENTO FEMININO FRELIMISTA (Génese, expansão e impacto, Nachingwea Editores)
Fiquei triste e ridicularizado ao ler o livro, recentemente publicado, com o título “Cinquenta Anos do Destacamento Feminino”, pela Nachingwea Editores, de autoria de Raimundo Pachinuapa, um dos membros vitalícios, do Comité Central “CC” da Frelimo, renovada, em colaboração com seus comparsas, Renato Matusse, Páscoa Themba e Pedro Gemo. Eu também, fui um dos membros, que pertenceu à Frelimo e sua história, à qual, em 1969, Samora Machel, foi usado pelos Agentes do KGB, Joaquim TZOM Chissano, Marcelino dos Santos e Sérgio Vieira, e que ele Samora, ordenou a Lourenço Matola, para matar seu Chefe, Filipe Samuel Magaia, a seguir, ele Samora, tomou de assalto, o Partido Frelimo e o transformou numa Organização Mafiosa, que tem vindo a ser gerida por um bando de assassinos.
Quanto à luta armada da Frelimo na Frente Tete, que o Raimundo Pachinuapa, se refere no seu livro e pondo dúvidas a meu respeito, aqui têm a resposta; - eu pertenci ao primeiro grupo de valentes combatentes, pela Independência Nacional e éramos todos, de máxima confiança, do Chefe do DSD, Filipe Samuel Magaia, que nos enviou para a Zâmbia, em missão clandestina e, posteriormente veio o reforço que se juntou a nós, e fomos chefiados pelo Francisco Manyanga, que também foi nomeado pelo Filipe Magaia, para 1º Secretário da Defesa, na Frente de Tete, como também foram nomeados para a mesma Província, Alfredo Wassira, comissário político, André Moyo, adjunto comissário político e Pascoal Nhampule, chefe das operações. Na mesma lista de quadros responsáveis para aquela frente, constavam os nomes de Zeca Caliate, Santos Monteiro, António Kanyemba, Ernesto Selemane, Ernesto Tembe, Hélder Manuel Bongwe, José Rivas, João Pequenino, Miguel Ferrão e José Zaina que foi capturado pelo inimigo, próximo do Posto Administrativo colonial de Zumbo, muito antes da guerra ter começado em março de 1968.
Pelo que, o agora, ex-comandante Zeca Caliate, foi um dos obreiros das estrategas da luta armada naquela Província e não só, no 1º Sector, onde exerceu ativamente, a função de Comandante da Base Principal e Central, que orientava, todas operações sobre os combates da guerrilha. Também, fui nomeado adjunto chefe das operações. Na 2ª fase e com o desenvolvimento de luta armada na frente de Tete, o próprio Samora Machel, nomeou-me para comandante de batalhão, que pela primeira vez na história da Frelimo, atravessou o rio Zambeze, para o Sul da mesma Província, onde instalei e desenvolvi a guerrilha, em novembro de 1970. Que fique bem claro e, nada de confusões nas cabecinhas de alguns de vocês, começando pelo Raimundo Pachinuapa e seus camaradas, sobre a minha pessoa.
Para sua informação, se bem que Pachinuapa não saiba sobre seu conterrâneo, o tal assassino, Tomé Eduardo, que desempenhou um papel negativo na frente de Tete, ele foi enviado para aquela Província pelo Joaquim TZOM Chissano para vigiar os colegas, e nunca chefiou nenhum grupo de guerrilheiros, assim como os seus adjuntos, João Aleixo Malunga e Armando Canda, esse pedófilo, que vieram para Tete num pelotão de quadros, chefiados pelo Pedro Francisco Simango, Chefe dos Quadros.
Fui eu, ex-comandante, Zeca Caliate, que na altura comandava a Base Central, situada no rio Capoche, que desloquei até à base da fronteira, entre Moçambique e Zâmbia e, juntamente com o Chefe das Operações Provincial, Pascoal Nhampule, para recebê-los e dar as boas vindas à Província de Tete. Infelizmente esse grupo, não entrou para o interior de Moçambique, na totalidade, pois a sua maioria debandou para o País de Kenneth Kaunda, quando houve bombardeamento da Força Aérea colonial, próximo da fronteira da Zâmbia e, quando mais tarde foram detidos pela Polícia daquele País e, ao serem interrogados pelos Serviços de Fronteira da Zâmbia, foram todos unanimes ao alegarem e acusarem Samora Machel, dizendo que tinham sido obrigados a entrar em Tete, para combater tropas inimigas sem armas e quando foram soltos, uns fugiram para o Quénia e outros, pequeno grupo, que incluía Tomé Eduardo, foram comigo para a base. O Pachinuapa, não sabia disso? Pode aprender comigo, se quiser e, até pode perguntar ao Tomé que têm consciência disso, se sim ou não, quem lhe ensinou combater na Província de Tete? Fui eu, Zeca Caliate e, até lembro-me de um episódio em que, um dia, numa manhã, a tropa de elite Portuguesa, atacou a nossa Base Central e, ele Tomé Eduardo que estava ao meu lado, quando fomos contra-atacar não resistiu ao fogo inimigo e, fugiu, deixando-me no campo de batalha com outros companheiros. Na fuga, para uma parte incerta, abandonou o seu calçado, num local junto ao rio Capoche.
Quanto ao, José Phailane Moiane, o maldito dorso do camelo no deserto, assim o chamava Samora Machel, que o Raimundo Pachinuapa, se refere no seu livrinho, “Cinquenta Anos do Destacamento Feminino”, é para dizer que, José Phailane Moiane, nunca foi um homem prestável, sempre idiota e cruel, que desgraçou a vida de muitos compatriotas. Aliás foi ele que, com o Sebastião Marcos Mabote, os dois, que deram cabo da Província do Niassa. Tudo começou, quando os dois planearam assassinar o Comandante em Chefe, daquela Província do Niassa, o herói zambeziano, António da Silva, que o obrigaram a se refugiar no vizinho Malawi, e por fim os mesmos Mabote e Moiane deitaram a mão ao comandante de Catur, Luís Arranca Tudo, que acabaram por o liquidar. Lembra-se disso?
Em Tete, José Moiane, homossexual, não fez absolutamente nada, limitou-se a organizar um grupo de assassinos que matavam os outros por simples prazer, porque não os “comia” e abandonava os corpos ao ar livre. Esse grupo, era chefiado pelo seu conterrâneo Tomé Eduardo e seu adjunto João Aleixo Malunga. Quanto, ao Armando Canda, que desempenhava o papel de adjunto comissário político, seu chefe era o tal, João Facitela Pelembe, que depois de 1972, a lista aumentou com a chegada à Província de António Hama Thai, que também queria ocupar o meu lugar e, eles todos eram como uma matilha de hienas esfomeadas, que uivavam para amedrontar e afugentar os leões que tinham derrubado um búfalo, para se apoderarem do banquete. Para dizer que o José Moiane, foi enviado para Tete por Samora Machel, com uma estratégia bem delineada, correr com todos elementos que tinham sido selecionados pelo Filipe Samuel Magaia, para dirigirem a guerra e, no lugar destes, colocar indivíduos cruéis e da sua confiança.
O Raimundo Pachinuapa, Alberto Chipande e outros Generais dessa frente de Cabo Delgado, não tem moral, para dar lições a ninguém, pois a luta armada na vossa Província de Cabo Delgado, estava estagnada e o combate de desgaste, estava concentrado na libertação de Mueda e sem qualquer progressão para linha da frente.
Dez anos de guerra não foram capazes de se aproximar da Província de Nampula, nem tão pouco, se atrever em aproximar da capital Provincial, Porto Amélia, atual Pemba. Queriam libertar apenas Mueda e seus postos distritais à volta. E por isso, planearam, com ajuda de Samora Machel, de expulsar e depois assassinar, Mzé Lazaro Kavandame, por julgarem que ele seria, o futuro Presidente dos Macondes, em Cabo Delgado Independente.
Eu estive nesse Província de Cabo Delgado, em 1970, na comitiva de Samora Machel, juntamente com um grande grupo de Oficiais Tanzanianos, chefiados pelo Major General SARAKIKA, cunhado e braço direito de Julius Nyerere, que com eles atravessamos o rio Rovuma e a primeira visita, foi à Base Nangade, na altura o reduto de Raimundo Pachinuapa. Foi ele, quem nos recebeu, quando um grupo de jovens, cantavam cânticos revolucionários, uma deles de saudação e, dando parabéns, em especial, ao camarada Samora Machel, que eu não me esqueço e recordo-me, de si, Camarada Pachinuapa, mas não sei, se ainda se recorda de mim e, daqueles tempos, eu era o quadro mais jovem da comitiva de Samora Machel e, no mesmo dia continuamos a caminhada, com os hospedes Tanzanianos até à Base Beira, no 1º sector, na altura comandada pelo Miguel Ambrósio.
Para dizer, o que foi escrito, no livro acima referido, em especial no que se refere, sobre o começo da luta armada, na Frente de Tete, são só invenções e mentiras, aliás, o dito livro, foi prefaciado pelo atual Presidente da Republica de Moçambique, Jacinto Filipe Nyusi, que na altura ele não existia e, aceitou prefaciar um livro que fala mentiras, para o benefício de quem e porquê? Para angariar fundos e, para continuarem a comprar Mercedes Benz, de luxo e material bélico? Naturalmente, para continuarem a oprimir o Povo e perpetuarem-se no poder, até quando?
FUNGULANI MASSO, lembrem-se bem, QUEM NÃO LUTA PERDE SEMPRE. A LUTA É CONTÍNUA.
Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo!
Europa, 20 de Junho de 2017
(Recebido por email)
Brevemente mais notícias, aqui na sua VOZ DA VERDADE, que anteriormente não sabiam
O ÚLTIMO ENCONTRO
Não é que além de protagonista do 1º tiro, o homem também esteve no epicentro do “último encontro”… com Mondlane?!.
Eu não sabia. Aliás, acho que quase ninguém sabia disso. Também, como é que havíamos de saber, se ele nunca contou nada a ninguém?!...
eh eh eh
Eu não sabia. Aliás, acho que quase ninguém sabia disso. Também, como é que havíamos de saber, se ele nunca contou nada a ninguém?!...
eh eh eh
Ou seja, o Gen. 1st Shot fechou-se em copas, durante todos estes anos, para hoje vir dizer que afinal esteve com o “artífice da moçambicanidade” momentos antes deste ter sido selvaticamente assassinado. E ainda por cima trouxe dados novos...
Alberto Chipande, por outras palavras, falou mais ou menos isto:
«Quem são esses que andam pr´aí a dizer que Mondlane morreu em casa de Betty King? Ele morreu no escritório da Frelimo - sim senhor!... Só que, no Esc(ritório)-2. Porque no Esc(ritório)-1, estava lá eu, à espera dele…»
Alberto Chipande, por outras palavras, falou mais ou menos isto:
«Quem são esses que andam pr´aí a dizer que Mondlane morreu em casa de Betty King? Ele morreu no escritório da Frelimo - sim senhor!... Só que, no Esc(ritório)-2. Porque no Esc(ritório)-1, estava lá eu, à espera dele…»
Resumo:
Hoje, na emoção das comemorações do 96º aniversário natalício do arquiteto da unidade nacional, ficamos a saber que Mondlane e Chipande estiveram juntos na noite de 2 de Fevereiro. Que Mondlane prontificou-se a ir buscar Chipande na manhã seguinte, para juntos trabalharem no Esc.1. Chipande recusou a carona e assegurou que, por meios próprios, lá estaria às 7H30, hora aprazada. E esteve. Mondlane entretanto mudou de ideias e mandou Chipande esperar sentado, no Esc.1, pois ele (Mondlane) tinha de dar uma rapid(inh)a… saída. Tinha de ir ao Esc.2, na praia, mas voltava logo-logo. Não voltou.
Hoje, na emoção das comemorações do 96º aniversário natalício do arquiteto da unidade nacional, ficamos a saber que Mondlane e Chipande estiveram juntos na noite de 2 de Fevereiro. Que Mondlane prontificou-se a ir buscar Chipande na manhã seguinte, para juntos trabalharem no Esc.1. Chipande recusou a carona e assegurou que, por meios próprios, lá estaria às 7H30, hora aprazada. E esteve. Mondlane entretanto mudou de ideias e mandou Chipande esperar sentado, no Esc.1, pois ele (Mondlane) tinha de dar uma rapid(inh)a… saída. Tinha de ir ao Esc.2, na praia, mas voltava logo-logo. Não voltou.
PS: ano que vem, há-de aparecer outro ACLLIN qualquer, a contar outra história diferente. Alguem quer apostar?… eh eh eh
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