Segundo o jornal Noticias:ANA Sheila Marengula, procuradora que esteve a representar o Ministério Público no julgamento de casos de rapto ocorridos na capital, diz temer pela sua vida, após o tribunal ilibar dois dos oito réus que, segundo ela, não são inocentes e são capazes de tudo cá fora.
A procuradora lembrou que os réus absolvidos, nomeadamente Hélder Naiene e Dominique Mendes, têm antecedentes criminais por prática de homicídio.
No final da leitura da sentença, segunda-feira, pelo juiz Adérito Mlalhope, da 10ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, que condenou a 16 anos de prisão os réus Bendene Chissano “Angolano”, Arsénio Chitsotso, Luís Chtsotso, Joaquim Chitsotso, Albino Primeiro e Luís Carlos da Silva, a magistrada Ana Marengula desabafou a jornalistas nos seguintes termos:...
“Eu, particularmente, enquanto magistrada, temo pela minha própria vida, tendo em conta que estes indivíduos ilibados têm antecedentes criminais e um deles já foi condenado pela prática do crime de homicídio. Temo pela minha segurança, enquanto magistrada que está à frente dos processos de raptos e tráfico de pessoas na capital do país. Temo pela minha segurança, uma vez que os indivíduos estão em liberdade e são capazes de tudo”, disse a representante do Ministério Público.
Na sua inquietação pela decisão de inocentar dois réus, a procuradora prosseguiu, dizendo que a mesma veio até premiar a acção dos criminosos, particularmente dos réus absolvidos, para além de dar a entender que estão imunes à acção da Justiça, o que não pode, de modo algum, ocorrer.
“Vem também agravar a situação de insegurança que a cidade está a viver, particularmente nos últimos dois anos, em que os criminosos incrementaram as suas acções, incidindo agora em menores. A sentença foi parcial. Aqueles dois réus nunca deviam ter sido ilibados”, referiu.
O tribunal entendeu que havia uma confissão dos dois réus mas não existiam outros elementos de prova que podiam sustentar a confissão. No entender da representante do Ministério Público, “isso não é verdade”.
“Existe (elementos de prova), tanto mais o réu Angolano, condenado, que disse ter participado nos sequestros com o Dominique Mendes e Hélder Naiene. Para além disso, os próprios réus absolvidos descreveram com pormenor como é que participaram em cada um dos raptos. Por isso, esta decisão do tribunal é surpreendente e contra todas as expectativas”, lamentou Ana Marengula.
De 2011 a esta parte foram sequestradas nas cidades de Maputo e Matola mais de 50 pessoas, algumas das quais ainda no cativeiro à espera que os seus parentes paguem resgates para serem postas em liberdade.See more
Segundo o jornal Noticias:ANA Sheila Marengula, procuradora que esteve a representar o Ministério Público no julgamento de casos de rapto ocorridos na capital, diz temer pela sua vida, após o tribunal ilibar dois dos oito réus que, segundo ela, não são inocentes e são capazes de tudo cá fora.
A procuradora lembrou que os réus absolvidos, nomeadamente Hélder Naiene e Dominique Mendes, têm antecedentes criminais por prática de homicídio.
No final da leitura da sentença, segunda-feira, pelo juiz Adérito Mlalhope, da 10ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, que condenou a 16 anos de prisão os réus Bendene Chissano “Angolano”, Arsénio Chitsotso, Luís Chtsotso, Joaquim Chitsotso, Albino Primeiro e Luís Carlos da Silva, a magistrada Ana Marengula desabafou a jornalistas nos seguintes termos:...
“Eu, particularmente, enquanto magistrada, temo pela minha própria vida, tendo em conta que estes indivíduos ilibados têm antecedentes criminais e um deles já foi condenado pela prática do crime de homicídio. Temo pela minha segurança, enquanto magistrada que está à frente dos processos de raptos e tráfico de pessoas na capital do país. Temo pela minha segurança, uma vez que os indivíduos estão em liberdade e são capazes de tudo”, disse a representante do Ministério Público.
Na sua inquietação pela decisão de inocentar dois réus, a procuradora prosseguiu, dizendo que a mesma veio até premiar a acção dos criminosos, particularmente dos réus absolvidos, para além de dar a entender que estão imunes à acção da Justiça, o que não pode, de modo algum, ocorrer.
“Vem também agravar a situação de insegurança que a cidade está a viver, particularmente nos últimos dois anos, em que os criminosos incrementaram as suas acções, incidindo agora em menores. A sentença foi parcial. Aqueles dois réus nunca deviam ter sido ilibados”, referiu.
O tribunal entendeu que havia uma confissão dos dois réus mas não existiam outros elementos de prova que podiam sustentar a confissão. No entender da representante do Ministério Público, “isso não é verdade”.
“Existe (elementos de prova), tanto mais o réu Angolano, condenado, que disse ter participado nos sequestros com o Dominique Mendes e Hélder Naiene. Para além disso, os próprios réus absolvidos descreveram com pormenor como é que participaram em cada um dos raptos. Por isso, esta decisão do tribunal é surpreendente e contra todas as expectativas”, lamentou Ana Marengula.
De 2011 a esta parte foram sequestradas nas cidades de Maputo e Matola mais de 50 pessoas, algumas das quais ainda no cativeiro à espera que os seus parentes paguem resgates para serem postas em liberdade.See more
A procuradora lembrou que os réus absolvidos, nomeadamente Hélder Naiene e Dominique Mendes, têm antecedentes criminais por prática de homicídio.
No final da leitura da sentença, segunda-feira, pelo juiz Adérito Mlalhope, da 10ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, que condenou a 16 anos de prisão os réus Bendene Chissano “Angolano”, Arsénio Chitsotso, Luís Chtsotso, Joaquim Chitsotso, Albino Primeiro e Luís Carlos da Silva, a magistrada Ana Marengula desabafou a jornalistas nos seguintes termos:...
“Eu, particularmente, enquanto magistrada, temo pela minha própria vida, tendo em conta que estes indivíduos ilibados têm antecedentes criminais e um deles já foi condenado pela prática do crime de homicídio. Temo pela minha segurança, enquanto magistrada que está à frente dos processos de raptos e tráfico de pessoas na capital do país. Temo pela minha segurança, uma vez que os indivíduos estão em liberdade e são capazes de tudo”, disse a representante do Ministério Público.
Na sua inquietação pela decisão de inocentar dois réus, a procuradora prosseguiu, dizendo que a mesma veio até premiar a acção dos criminosos, particularmente dos réus absolvidos, para além de dar a entender que estão imunes à acção da Justiça, o que não pode, de modo algum, ocorrer.
“Vem também agravar a situação de insegurança que a cidade está a viver, particularmente nos últimos dois anos, em que os criminosos incrementaram as suas acções, incidindo agora em menores. A sentença foi parcial. Aqueles dois réus nunca deviam ter sido ilibados”, referiu.
O tribunal entendeu que havia uma confissão dos dois réus mas não existiam outros elementos de prova que podiam sustentar a confissão. No entender da representante do Ministério Público, “isso não é verdade”.
“Existe (elementos de prova), tanto mais o réu Angolano, condenado, que disse ter participado nos sequestros com o Dominique Mendes e Hélder Naiene. Para além disso, os próprios réus absolvidos descreveram com pormenor como é que participaram em cada um dos raptos. Por isso, esta decisão do tribunal é surpreendente e contra todas as expectativas”, lamentou Ana Marengula.
De 2011 a esta parte foram sequestradas nas cidades de Maputo e Matola mais de 50 pessoas, algumas das quais ainda no cativeiro à espera que os seus parentes paguem resgates para serem postas em liberdade.See more
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