Cândido Lince |
06 de Fevereiro, 2013
Num mundo cada vez mais globalizado e caracterizado por rápidas e grandes mutações, não podemos, nos dias de hoje, ficar, de modo algum, indiferentes ao relevante papel que a comunicação social desempenha nas sociedades contemporâneas. Tal se deve a uma cada vez maior capacidade de intervenção dos Media na vida política, económica e sociocultural, em sociedades que devem primar pelo exercício da democracia representativa e participativa.
A comunicação social não deve, nem pode, descurar a necessidade de formação, rigor, clareza e sentido deontológico, sob pena de perder, a curto ou a médio prazo, a credibilidade que os seus profissionais necessitam para o exercício da sua função. Para tal, basta, tão só, que a notícia esteja afastada, o mais possível, da calúnia e o mais próximo da realidade objectiva.
Hoje, a comunicação social cobre tudo e em todo o lado devemos ver o jornalista como uma pessoa madura e moralmente bem formada. Um profissional com predomínio da razão, equilíbrio da personalidade e aceitação da responsabilidade, atendendo ao grau de observação, análise e comprovação de factos, que o levam (ou não) à elaboração de uma determinada notícia, a ser difundida através de um qualquer meio de comunicação.
Na realidade, os meios estatais ou privados de comunicação social (escrita, falada, televisionada e informatizada) são ferramentas indispensáveis aos Estados de direito democrático, não pelo direito à informação a ser levada ao conhecimento dos cidadãos, mas, também, pelo papel cívico e pedagógico que, como meios de utilidade pública, têm, necessariamente, de cumprir.
É certo que as ciências sociais, ao não se regerem por determinismos rígidos, devem ser vistas como tendenciais. No desempenho da sua intervenção social, cada jornalista é, por maior sentido de isenção profissional e há, felizmente, muitos que assim procedem uma pessoa, um bio-psico-social, inserido em um contexto cultural específico, fruto da sua própria dinâmica individual, que é moldada pela sua própria idiossincrasia (temperamento, carácter e formação), pelas dinâmicas familiares, grupais e socioculturais em que está inserido.
Nesta conformidade, as opiniões sobre um mesmo assunto não têm, necessariamente, de ser unânimes e uma maior divergência ou convergência de opiniões terá, obrigatoriamente, de ser por todos respeitada, desde que devidamente contextualizada e justificada.
Porém, também é certo, que muito do chamado poder oculto, acaba por desvirtuar esta importante e nobre tarefa de informar, pura e simplesmente para “fazer a cabeça das pessoas”, retirando-lhes a oportunidade de análise e espírito crítico.
Tal resulta da influência, por vezes, promíscua de poderes políticos, económicos, grupos de pressão ou ainda, de interesses outros (nacionais ou estrangeiros), cuja preocupação não é a de informar, mas, sim, a de manipular a opinião pública, a coberto da liberdade de imprensa.
Ora, liberdade de imprensa e libertinagem a coberto da liberdade de imprensa, são dois aspectos que não obedecem a uma mesma lógica de complementaridade, mas sim, a uma lógica de exclusão. Enquanto o primeiro, dentro dos parâmetros da deontologia profissional, concorre para a promoção e difusão da verdade, o segundo visa, apenas, a manipulação da mesma, satisfazendo interesses e caprichos pessoais ou de grupo, concorrendo, ainda, para o sensacionalismo mediático.
Só quem não respeita a honorabilidade dos outros, é capaz de atropelar, em época de mercenarismo jornalístico de encomenda, a ética profissional de profissionais da comunicação social, para se tornarem em teólogos da desgraça alheia.
A que devem os angolanos, hoje, independentes, a determinados sectores da imprensa pública e privada portuguesa, que, de forma hipersensível e quase histérica, se prontificam (como nenhuma outra ex-colónia o faz), a difundir tudo o que pode e tudo o que, por desconhecimento, não deveria fazer, em desfavor de Angola, dos angolanos e do seu Governo? Será que pretende branquear muita da sua anterior responsabilidade administrativa, enquanto potência colonizadora? O processo civilizacional, de que tanto se orgulhavam, levou os angolanos a aprender a ser autónomos? A aprender a ser democratas? A aprender a ser senhores do seu próprio destino? A aprender a distinguir a corrupção das boas práticas?
Que Deus vos valha, porque, alguns de vós, perderam completamente a noção do ridículo e do bom senso. Depois, ao analisarem as questões pelas suas consequências e não pelas suas causas, reclamam ao Carmo e à Trindade, que estão a atacar os portugueses. Claro que não gostam! Mas quem diz o que quer, sujeita-se depois a ouvir o que não gosta!
Num mundo cada vez mais globalizado e caracterizado por rápidas e grandes mutações, não podemos, nos dias de hoje, ficar, de modo algum, indiferentes ao relevante papel que a comunicação social desempenha nas sociedades contemporâneas. Tal se deve a uma cada vez maior capacidade de intervenção dos Media na vida política, económica e sociocultural, em sociedades que devem primar pelo exercício da democracia representativa e participativa.
A comunicação social não deve, nem pode, descurar a necessidade de formação, rigor, clareza e sentido deontológico, sob pena de perder, a curto ou a médio prazo, a credibilidade que os seus profissionais necessitam para o exercício da sua função. Para tal, basta, tão só, que a notícia esteja afastada, o mais possível, da calúnia e o mais próximo da realidade objectiva.
Hoje, a comunicação social cobre tudo e em todo o lado devemos ver o jornalista como uma pessoa madura e moralmente bem formada. Um profissional com predomínio da razão, equilíbrio da personalidade e aceitação da responsabilidade, atendendo ao grau de observação, análise e comprovação de factos, que o levam (ou não) à elaboração de uma determinada notícia, a ser difundida através de um qualquer meio de comunicação.
Na realidade, os meios estatais ou privados de comunicação social (escrita, falada, televisionada e informatizada) são ferramentas indispensáveis aos Estados de direito democrático, não pelo direito à informação a ser levada ao conhecimento dos cidadãos, mas, também, pelo papel cívico e pedagógico que, como meios de utilidade pública, têm, necessariamente, de cumprir.
É certo que as ciências sociais, ao não se regerem por determinismos rígidos, devem ser vistas como tendenciais. No desempenho da sua intervenção social, cada jornalista é, por maior sentido de isenção profissional e há, felizmente, muitos que assim procedem uma pessoa, um bio-psico-social, inserido em um contexto cultural específico, fruto da sua própria dinâmica individual, que é moldada pela sua própria idiossincrasia (temperamento, carácter e formação), pelas dinâmicas familiares, grupais e socioculturais em que está inserido.
Nesta conformidade, as opiniões sobre um mesmo assunto não têm, necessariamente, de ser unânimes e uma maior divergência ou convergência de opiniões terá, obrigatoriamente, de ser por todos respeitada, desde que devidamente contextualizada e justificada.
Porém, também é certo, que muito do chamado poder oculto, acaba por desvirtuar esta importante e nobre tarefa de informar, pura e simplesmente para “fazer a cabeça das pessoas”, retirando-lhes a oportunidade de análise e espírito crítico.
Tal resulta da influência, por vezes, promíscua de poderes políticos, económicos, grupos de pressão ou ainda, de interesses outros (nacionais ou estrangeiros), cuja preocupação não é a de informar, mas, sim, a de manipular a opinião pública, a coberto da liberdade de imprensa.
Ora, liberdade de imprensa e libertinagem a coberto da liberdade de imprensa, são dois aspectos que não obedecem a uma mesma lógica de complementaridade, mas sim, a uma lógica de exclusão. Enquanto o primeiro, dentro dos parâmetros da deontologia profissional, concorre para a promoção e difusão da verdade, o segundo visa, apenas, a manipulação da mesma, satisfazendo interesses e caprichos pessoais ou de grupo, concorrendo, ainda, para o sensacionalismo mediático.
Só quem não respeita a honorabilidade dos outros, é capaz de atropelar, em época de mercenarismo jornalístico de encomenda, a ética profissional de profissionais da comunicação social, para se tornarem em teólogos da desgraça alheia.
A que devem os angolanos, hoje, independentes, a determinados sectores da imprensa pública e privada portuguesa, que, de forma hipersensível e quase histérica, se prontificam (como nenhuma outra ex-colónia o faz), a difundir tudo o que pode e tudo o que, por desconhecimento, não deveria fazer, em desfavor de Angola, dos angolanos e do seu Governo? Será que pretende branquear muita da sua anterior responsabilidade administrativa, enquanto potência colonizadora? O processo civilizacional, de que tanto se orgulhavam, levou os angolanos a aprender a ser autónomos? A aprender a ser democratas? A aprender a ser senhores do seu próprio destino? A aprender a distinguir a corrupção das boas práticas?
Que Deus vos valha, porque, alguns de vós, perderam completamente a noção do ridículo e do bom senso. Depois, ao analisarem as questões pelas suas consequências e não pelas suas causas, reclamam ao Carmo e à Trindade, que estão a atacar os portugueses. Claro que não gostam! Mas quem diz o que quer, sujeita-se depois a ouvir o que não gosta!
Fonte: Jornal de Angola
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