- o Afinador de Silêncios
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Mia Couto, foto: Cato Lein /Högupplöst pressbild |
“Eu
nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio. Foi meu pai que me
explicou: tenho inclinação para não falar, um talento para apurar silêncios.
Escrevo bem, silêncios, no plural. Sim, porque não há um único silêncio. E todo
o silêncio
é música em estado de gravidez.
Quando me viam, parado e recatado, no meu invisível recanto, eu não estava pasmado. Estava desempenhado, de alma e corpo ocupados: tecia os delicados fios com que se fabrica a quietude. Eu era um afinador de silêncios.”
-
Mia Couto, no livro "Antes
de Nascer o Mundo".
BIOGRAFIA DE MIA COUTO
Antônio
Emílio Leite Couto, mais conhecido por Mia Couto,
nasceu em 5 de Julho de 1955 na cidade da Beira em Moçambique. É filho de uma
família de emigrantes portugueses. O pai, Fernando Couto, natural de Rio Tinto,
foi jornalista e poeta, pertencendo a círculos intelectuais, tipo cineclubes,
onde se faziam debates. Chegou a escrever dois livros que demonstraram
preocupação social em relação à situação de conflito existente em Moçambique.
Mia Couto publicou os seus primeiros poemas no jornal Notícias da Beira, com 14
anos. Iniciava assim o seu percurso literário dentro de uma área específica da
literatura – a poesia –, mas posteriormente viria a escrever as suas obras em
prosa. Em 1972 deixou a Beira e foi para Lourenço Marques para estudar medicina.
A partir de 1974 enveredou pelo jornalismo, tornando-se, com a independência,
repórter e diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM) - de 1976 a
1976; da revista semanal Tempo - de 1979 a 1981 e do jornal Notícias - de 1981 a
1985. Em 1985 abandonou a carreira jornalística.
Reingressou na Universidade de
Eduardo Mondlane para se formar em biologia, especializando-se na área de
ecologia, sendo atualmente professor da cadeira de Ecologia em diversas
faculdades desta universidade. Como biólogo tem realizado trabalhos de pesquisa
em diversas áreas, com incidência na gestão de zonas costeiras e na recolha de
mitos, lendas e crenças que intervêm na gestão tradicional dos recursos
naturais. É diretor da empresa Impacto, Lda. - Avaliações de Impacto Ambiental.
Em 1992, foi o responsável pela preservação da reserva natural da Ilha de
Inhaca.
Mia
Couto é um "escritor da terra", escreve e descreve as próprias raízes do mundo,
explorando a própria natureza humana na sua relação umbilical com a terra. A sua
linguagem extremamente rica e muito fértil em neologismos, confere-lhe um
atributo de singular percepção e interpretação da beleza interna das coisas.
Cada palavra inventada como que adivinha a secreta natureza daquilo a que se
refere, entende-se como se nenhuma outra pudesse ter sido utilizada em seu
lugar. As imagens de Mia Couto evocam a intuição de mundos fantásticos e em
certa medida um pouco surrealistas, subjacentes ao mundo em que se vive, que
envolve de uma ambiência terna e pacífica de sonhos - o mundo vivo das
histórias. Mia Couto é um excelente contador de histórias. É o único escritor
africano que é membro da Academia Brasileira de Letras, como sócio correspondente, eleito em
1998, sendo o sexto ocupante da cadeira nº 5, que tem por patrono Dom Francisco
de Sousa.
Atualmente é o autor moçambicano
mais traduzido e divulgado no exterior e um dos autores estrangeiros mais
vendidos em Portugal. As suas obras são traduzidas e publicadas em 24 países.
Várias das suas obras têm sido adaptadas ao teatro e cinema. Tem recebido vários
prêmios nacionais e internacionais, por vários dos seus livros e pelo conjunto
da sua obra literária.
É,
comparado a Gabriel Garcia Márquez, Guimarães Rosa e Jorge Amado. Seu romance
Terra sonâmbula foi considerado um dos dez melhores livros africanos do
século XX. Em 1999, o autor recebeu o prêmio Vergílio Ferreira pelo conjunto de
sua obra e, em 2007 o prêmio União Latina de Literaturas
Românicas.
___
Fonte: mozindico. Outras informações e atualizações foram incorporadas ao
texto original.
“De
que vale ter voz
se
só quando não falo é que me entendem?
De
que vale acordar
se
o que vivo é menos do que o que sonhei?”
-
Mia Couto, in "O menino que escrevia versos"
Mia Couto |
OBRA DE MIA COUTO – PRIMEIRAS EDIÇÕES
(Moçambique
e Portugal)
Poesia
Raiz
de Orvalho,
publicado em 1983 (Moçambique).
Raiz
de Orvalho e outros poemas, 1ª ed. da Caminho, em
1999.
Idades, Cidades,
Divindades, 1ª ed. da Caminho, em 2007.
Tradutor de
Chuvas. 1ª ed. da
Caminho, em 2011.
Contos
![]() |
Livros de Mia Couto |
Vozes
Anoitecidas (1ª
ed. da Associação dos Escritores Moçambicanos, em 1986; 1ª ed. Caminho, em 1987
- Grande Prêmio da Ficção Narrativa em 1990, ex aequo.
Cada
Homem é uma Raça, 1ª ed. da Caminho em
1990.
Estórias
Abensonhadas,
1ª ed. da Caminho, em 1994.
Contos
do Nascer da Terra, 1ª ed. da Caminho, em
1997
Na
Berma de Nenhuma Estrada, 1ª ed. da Caminho em
1999.
O
Fio das Missangas,1ª ed. da Caminho em
2003.
Crônicas
Cronicando,1ª ed. em 1988; 1ª ed. da Caminho
em 1991. - Prêmio Nacional de Jornalismo Areosa Pena, em
1989.
O
País do Queixa Andar,2003)
Pensatempos.
Textos de Opinião,1ª ed. da Caminho em
2005.
E
se Obama fosse Africano? e Outras Interinvenções,1ª ed. da Caminho em
2009.
Romances
Terra
Sonâmbula, 1ª
ed. da Caminho em 1992. - Prêmio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores
Moçambicanos em 1995; considerado por um júri na Feira Internacional do Zimbabwe
um dos doze melhores livros africanos do século XX. Disponível online.
A
Varanda do Frangipani, 1ª ed. da Caminho em
1996.
Mar
Me Quer, 1ª ed.
Parque EXPO/NJIRA em 1998, como contribuição para o pavilhão de Moçambique na
Exposição Mundial EXPO '98 em Lisboa; 1ª ed. da Caminho em
2000.
Vinte
e Zinco, 1ª ed.
da Caminho em 1999.
O
Último Voo do Flamingo, 1ª ed. da Caminho em 2000 - Prêmio
Mário António de Ficção em 2001.
O Gato e o Escuro, [com
ilustrações de Danuta Wojciechowska], 1ª ed. da Caminho em 2001.[com
ilustrações de Marilda Castanha]. 1ª ed. brasileira, da Cia. das Letrinhas, em
2008.
Um
Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra, 1ª ed. da Caminho em 2002. [rodado em
filme pelo português José Carlos Oliveira].
A
Chuva Pasmada,
[com ilustrações de Danuta Wojciechowska], 1ª ed. da Njira em
2004.
O
Outro Pé da Sereia, 1ª ed. da Caminho em
2006.
O
beijo da palavrinha, [com ilustrações de Malangatana],
1ª ed. da Língua Geral em 2006.
Venenos
de Deus, Remédios do Diabo, 2008.
Jesusalém [no Brasil, o livro tem como título
Antes de nascer o mundo], 2009.
"Talvez
minha voz seja um pano; sim, um pano que limpa o tempo."
-
Mia Couto, no livro "O Fio das Missangas"
![]() |
Mia Couto (Flip...) |
OBRAS DE MIA COUTO PUBLICADAS NO BRASIL
Editora
Companhia das Letras
2003 - Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa
Chamada Terra.
2005 - O Último Voo do Flamingo.
2006 - O Outro Pé da Sereia.
2007 - A Varanda do Frangipani.
2007 - Terra
Sonâmbula.
2008 - O Gato e o Escuro.
2008 - Venenos de Deus Remédios do
Diabo.
2009 - Antes de Nascer o Mundo.
[título original “Jesusalém”].
2009 - O Fio das Missangas.
2011 - E Se Obama Fosse
Africano?
2012 - A Confissão da Leoa.
2012 - Estórias
Abensonhadas.
Fonte e informações disponíveis em: blog Cia das Letras.
Editora
Nova Fronteira
1986 - Estórias
Abensonhadas.
1990 - Cada Homem é Uma
Raça.
1993 - Terra
Sonâmbula.
1996 - A Varanda do Frangipani.
"Estas
estórias desadormeceram em mim sempre a partir de qualquer
coisa
acontecida
de verdade mas que me foi contada como se tivesse ocorrido na
outra
margem do mundo. Na travessia dessa fronteira de sombra escutei vozes que
vazaram o sol. Outras foram asas no meu voo de
escrever."
-Mia
Couto, in "Vozes anoitecidas".
![]() |
Mia Couto - Foto: Augusto Gomes/iG |
PRÊMIOS
1995 - Prêmio Nacional de Ficção da
Associação dos Escritores Moçambicanos;
1999 - Prêmio Vergílio Ferreira,
pelo conjunto da sua obra;
2001 - Prêmio Mário António, pelo
livro O último vôo do flamingo;
2007 - Prêmio União Latina de
Literaturas Românicas;
2007 - Prêmio Passo Fundo Zaffari
e Bourbon de Literatura, na Jornada Nacional de
Literatura;
2012 - Prêmio Eduardo Lourenço
2011.
"Se
dizia daquela terra que era sonâmbula. Porque enquanto os homens dormiam, a
terra se movia espaços e tempos afora. Quando despertavam, os habitantes olhavam
o novo rosto da paisagem e sabiam que, naquela noite, eles tinham sido visitados
pela fantasia do sonho."
(Crença
dos habitantes de Matimati)
-
in "Terra sonâmbula", de Mia Couto.
Mia Couto - Foto: Cia das Letras |
TRADUÇÕES
Muitos
dos livros de Mia Couto são publicados em mais de 24 países e traduzidos para o
alemão, francês, espanhol, catalão, inglês e italiano.
"O
que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar a estrada
permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos, para nos fazerem parentes
do futuro."
(Fala
de Tuahir)
-
in "Terra sonâmbula", de Mia Couto.
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
É
sócio correspondente, eleito em 1998, da Academia Brasileira de Letras, sendo
sexto ocupante da cadeira 5, que tem por patrono Dom Francisco de
Sousa.
"Sou
um menino que envelheceu logo à nascença. Dizem que, por isso, me é proibido
contar minha própria história. Quando terminar o relato eu estarei morto. [...]
Mesmo assim me intento, faço na palavra o esconderijo do
tempo."
-
Mia Couto, in "A Varanda do Frangipani", Lisboa: Caminho,
1991.
ALGUNS POEMAS ESCOLHIDOS
Para Ti
Foi
para ti
que
desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e
para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e
todas me faltaram
no
minuto em que talhei
o
sabor do sempre
Para ti dei voz
às
minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e
pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de
tudo sermos donos
sem
nada termos
simplesmente porque era de noite
e
não dormíamos
eu
descia em teu peito
para me procurar
e
antes que a escuridão
nos
cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida
- Mia Couto, no
livro "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
Ser,
parecer
Entre o desejo de
ser
e o
receio de parecer
o
tormento da hora cindida
Na
desordem do sangue
a
aventura de sermos nós
restitui-nos ao
ser
que
fazemos de conta que somos
- Mia Couto, no
livro "Raiz de Orvalho e Outros Poemas".
O
Espelho
Esse que em mim envelhece
assomou ao espelho
a tentar mostrar que sou eu.
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Esse que em mim envelhece
assomou ao espelho
a tentar mostrar que sou eu.
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Os
outros de mim,
fingindo desconhecer a imagem,
deixaram-me a sós, perplexo,
com meu súbito reflexo.
A idade é isto: o peso da luz
com que nos vemos.- Mia Couto, no livro "Idades, cidades e divindades", Editora Caminho, 2007.
fingindo desconhecer a imagem,
deixaram-me a sós, perplexo,
com meu súbito reflexo.
A idade é isto: o peso da luz
com que nos vemos.- Mia Couto, no livro "Idades, cidades e divindades", Editora Caminho, 2007.
O
Amor, Meu Amor
Nosso amor é impuro
como impura é a luz e a água
e
tudo quanto nasce
e
vive além do tempo.
Minhas pernas são água,
as
tuas são luz
e
dão a volta ao universo
quando se enlaçam
até
se tornarem deserto e escuro.
E
eu sofro de te abraçar
depois de te abraçar para não
sofrer.
E
toco-te
para deixares de ter corpo
e o
meu corpo nasce
quando se extingue no teu.
E
respiro em ti
para me sufocar
e
espreito em tua claridade
para me cegar,
meu
Sol vertido em Lua,
minha noite alvorecida.
Tu
me bebes
e
eu me converto na tua sede.
Meus lábios mordem,
meus dentes beijam,
minha pele te veste
e
ficas ainda mais despida.
Pudesse eu ser tu
E
em tua saudade ser a minha própria espera.
Mas
eu deito-me em teu leito
Quando apenas queria dormir em ti.
E
sonho-te
Quando ansiava ser um sonho teu.
E
levito, vôo de semente,
para em mim mesmo te plantar
menos que flor: simples perfume,
lembrança de pétala sem chão onde
tombar.
Teus olhos inundando os meus
e a
minha vida, já sem leito,
vai
galgando margens
até
tudo ser mar.
Esse mar que só há depois do mar.
- Mia Couto, no
livro "idades cidades divindades", Editora
Caminho, 2007.
Seios
e anseios
As
vezes que morri
boca
derramada entre os teus seios,
todas
essas vezes
não me
deram luto
porque, de mim, eu em ti
nascia.
Todos
esses abismos,
meu
amor,
não me
deram regresso.
Depois
de ti,
não há
caminhos.
Porque
eu nasci
antes
de haver vida,
depois
de tu chegares.
- Mia Couto, no
livro "Tradutor de Chuvas".
O
poeta
O
poeta não gosta de palavras
escreve para se ver livre
delas.
A
palavra
torna o
poeta
pequeno e sem
invenção.
Quando
sobre o abismo da
morte,
o
poeta escreve terra,
na
palavra ele se apaga
e
suja a página de areia.
Quando escreve
sangue
o
poeta sangra
e a
única veia que lhe dói
é
aquela que ele não sente.
Com
raiva
o
poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o
chão.
Cada palavra é um vidro em que se
corta.
O
poeta não quer escrever.
Apenas ser
escrito.
Escrever,
talvez,
apenas enquanto
dorme.
- Mia Couto, no
livro "Idades Cidades Divindades",
Lisboa, Caminho,
2007.
Régio
Saio de
mim
para quem
sou
e
jamais chego ao destino.
No
caminho do ser
meu
gozo é me perder.
Meu
coração só tem morada
onde se acende um outro
peito.
Meu
anjo está cego,
meu
poeta está mudo,
meu
guru ficou amnésico.
O
poeta
sabia que não ia por
ali.
Eu
vou por onde não sei.
Meu
aqui
é
sempre além.
- Mia Couto, no
livro "Idades Cidades Divindades",
Lisboa, Caminho,
2007.
Fui
Sabendo de Mim
Fui
sabendo de mim
por
aquilo que perdia
pedaços que saíram de mim
com
o mistério de serem poucos
e
valerem só quando os perdia
fui
ficando
por
umbrais
aquém do passo
que
nunca ousei
eu
vi
a
árvore morta
e
soube que mentia
- Mia Couto, no
livro "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
Poema da
despedida
Não
saberei nunca
dizer
adeus
Afinal,
só
os mortos sabem morrer
Resta ainda
tudo,
só
nós não podemos ser
Talvez o
amor,
neste
tempo,
seja ainda
cedo
Não
é este sossego
que
eu queria,
este exílio de
tudo,
esta solidão de
todos
Agora
não
resta de mim
o
que seja meu
e
quando tento
o
magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à
boca
Nenhuma
palavra
alcança o mundo, eu
sei
Ainda
assim,
escrevo.
- Mia Couto, no
livro "Raiz de Orvalho e Outros Poemas".
Lições
Não aprendi a colher a flor
sem esfacelar as pétalas.
Falta-me o dedo menino
de quem costura desfiladeiros.
Não aprendi a colher a flor
sem esfacelar as pétalas.
Falta-me o dedo menino
de quem costura desfiladeiros.
Criança, eu sabia
suspender o tempo,
soterrar abismos
e nomear as estrelas.
Cresci,
perdi pontes,
esqueci sortilégios.
Careço da habilidade da onda,
hei-de aprender a carícia da brisa.
Trêmula, a haste
me pede
o adiar da noite.
Em véspera da dádiva,
a faca me recorda, no gume do beijo,
a aresta do adeus.
Não, não aprenderei
nunca a decepar flores.
Quem sabe, um dia,
eu, em mim, colha um jardim?- Mia Couto, no livro "Idades Cidades Divindades",
Lisboa, Caminho,
2007.
O
Espelho
Esse que em mim
envelhece
assomou ao
espelho
a
tentar mostrar que sou eu.
Os
outros de mim,
fingindo desconhecer a
imagem,
deixaram-me a sós,
perplexo,
com
meu súbito reflexo.
A
idade é isto: o peso da luz
com
que nos vemos.
- Mia Couto, no
livro "Idades Cidades Divindades",
Lisboa, Caminho,
2007.
Promessa de uma
noite
cruzo as
mãos
sobre as
montanhas
um
rio esvai-se
ao
fogo do gesto
que
inflamo
a
lua eleva-se
na
tua fronte
enquanto tacteias a
pedra
até
ser flor
- Mia Couto, In
"Raiz de orvalho e outros poema".
Solidão
Aproximo-me da noite
o silêncio abre os seus panos escuros
e as coisas escorrem
por óleo frio e espesso
Aproximo-me da noite
o silêncio abre os seus panos escuros
e as coisas escorrem
por óleo frio e espesso
Esta deveria ser a hora
em que me recolheria
como um poente
no bater do teu peito
mas a solidão
entra pelos meus vidros
e nas suas enlutadas mãos
solto o meu delírio
É então que surges
com teus passos de menina
os teus sonhos arrumados
como duas tranças nas tuas costas
guiando-me por corredores infinitos
e regressando aos espelhos
onde a vida te encarou
Mas os ruídos da noite
trazem a sua esponja silenciosa
e sem luz e sem tinta
o meu sonho resigna
Longe
os homens afundam-se
com o caju que fermenta
e a onda da madrugada
demora-se de encontro
às rochas do tempo- Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas".
A
demora
O
amor nos condena:
demoras
mesmo quando chegas
antes.
Porque não é no tempo que eu te
espero.
Espero-te antes de haver
vida
e
és tu quem faz nascer os dias.
Quando
chegas
já
não sou senão saudade
e
as flores
tombam-me dos
braços
para dar cor ao chão em que te
ergues.
Perdido o
lugar
em
que te aguardo,
só
me resta água no lábio
para aplacar a tua
sede.
Envelhecida a
palavra,
tomo a lua por minha
boca
e a
noite, já sem voz
se
vai despindo em ti.
O
teu vestido tomba
e é
uma nuvem.
O
teu corpo se deita no meu,
um
rio se vai aguando até ser mar.
- Mia Couto, no
livro "Idades cidades divindades"
Identidade
Preciso ser um
outro
Para ser eu
mesmo
Sou
grão de rocha
Sou
o vento que desgasta
Sou
pólen sem inseto
Sou
areia sustentando
O
sexo das árvores
Existo onde me
desconheço
Aguardando pelo meu
passado
Ansiando a esperança do
futuro
No
mundo que combato morro
No
mundo por que luto nasço.
- Mia Couto, no
livro “Raiz de Orvalho e Outros Poemas”
Destino
à
ternura pouca
me
vou acostumando
enquanto me
adio
servente de danos e
enganos
vou
perdendo morada
na
súbita lentidão
de
um destino
que
me vai sendo escasso
conheço a minha
morte
seu
lugar esquivo
seu
acontecer disperso
agora
que
mais
me
poderei vencer?
- Mia Couto, no
livro “Raiz de Orvalho e Outros Poemas”.
Saudades
Magoa-me a saudade
do sobressalto dos corpos
ferindo-se de ternura
Magoa-me a saudade
do sobressalto dos corpos
ferindo-se de ternura
dói-me
a distante lembrança
do teu vestido
caindo aos nossos pés
Magoa-me a saudade
do tempo em que te habitava
como o sal ocupa o mar
como a luz recolhendo-se
nas pupilas desatentas
Seja eu de novo a tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio
tua virtude, tua carência
eu
que longe de ti sou fraco
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trêmula, raiz exposta
Traz
de novo, meu amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta funda de mim
os animais que atormentam o meu sono- Mia Couto, no livro "Raiz de Orvalho e outros poemas".
do teu vestido
caindo aos nossos pés
Magoa-me a saudade
do tempo em que te habitava
como o sal ocupa o mar
como a luz recolhendo-se
nas pupilas desatentas
Seja eu de novo a tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio
tua virtude, tua carência
eu
que longe de ti sou fraco
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trêmula, raiz exposta
Traz
de novo, meu amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta funda de mim
os animais que atormentam o meu sono- Mia Couto, no livro "Raiz de Orvalho e outros poemas".
Manhã
Estou
e
num breve instante
sinto
tudo
sinto-me
tudo
Deito-me no meu
corpo
e
despeço-me de mim
para me
encontrar
no
próximo olhar
Ausento-me da
morte
não
quero nada
eu
sou tudo
respiro-me até à
exaustão
Nada me
alimenta
porque sou feito de todas as
coisas
e
adormeço onde tombam a luz e a poeira
A
vida (ensinaram-me assim)
deve ser
bebida
quando os lábios estiverem já
mortos
Educadamente
mortos
- Mia Couto, no
livro "Raiz de Orvalho e Outros Poemas".
Palavra
que desnudo
Entre a asa e o vôo
nos trocamos
como a doçura e o fruto
Entre a asa e o vôo
nos trocamos
como a doçura e o fruto
nos
unimos
num mesmo corpo de cinza
nos consumimos
e por isso
quando te recordo
percorro a imperceptível
fronteira do meu corpo
e sangro
nos teus flancos doloridos
Tu és o encoberto lado
da palavra que desnudo- Mia Couto, no livro "Raiz de Orvalho e outros poemas"
num mesmo corpo de cinza
nos consumimos
e por isso
quando te recordo
percorro a imperceptível
fronteira do meu corpo
e sangro
nos teus flancos doloridos
Tu és o encoberto lado
da palavra que desnudo- Mia Couto, no livro "Raiz de Orvalho e outros poemas"
Noturnamente
Noturnamente te construo
para que sejas palavra do meu corpo
Peito que em mim respira
Noturnamente te construo
para que sejas palavra do meu corpo
Peito que em mim respira
olhar
em que me despojo
na rouquidão da tua carne
me inicio
me anuncio
e me denuncio
Sabes agora para o que venho
e por isso me desconheces- Mia Couto, no livro "Raiz de Orvalho e outros poemas".
na rouquidão da tua carne
me inicio
me anuncio
e me denuncio
Sabes agora para o que venho
e por isso me desconheces- Mia Couto, no livro "Raiz de Orvalho e outros poemas".
Horário do
Fim
morre-se nada
quando chega a vez
é
só um solavanco
na
estrada por onde já não vamos
morre-se tudo
quando não é o justo momento
e
não é nunca
esse momento
- Mia Couto, no
livro "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
Silvestre e o
Idioma
Silvestre quer
saber
porque
razão eu estrago o português
escrevendo palavras que nem
há.
Não é
a pessoa que escolhe a palavra.
É o
inverso.
Isso
eu podia ter respondido.
Mas
não.
O tudo
que disse foi:
é um
crime passional, Silvestre.
É que
eu amo tanto a Vida
que
ela não tem
cabimento em nenhum
idioma.
Silvestre sorriu.
Afinal, também ele já
cometera
o
idêntico crime:
todas
as mulheres que amara
ele as
rebaptizara, vezes sem fim.
Amor
se parece com a Vida:
ambos
nascem na sede da palavra,
ambos
morrem na palavra bebida.
- Mia Couto, Idades
Cidades Divindades, Lisboa: Caminho, 2007.
![]() |
José Saramago e Mia Couto |
"A
literatura brinca com as fronteiras e encoraja a que olhemos para elas como
artifícios, construções que são sempre datadas. As fronteiras passam a ser
vistas mas como lugar de trocas, como linhas de separação. As identidades que se
constroem a partir das fronteiras também deixam de ser vistas como lugar de
refúgio perante uma realidade exterior ameaçadora. A escrita sugere também que
as identidades são invenções que devem ser olhadas com a mesma distância crítica
de um texto literário. A literatura não está livre das condicionantes sociais e
culturais do mundo em que ela é produzida, essas condicionantes resultam sempre
de uma lógica de poder a que a literatura se deve esquivar. O poder da
literatura resulta do seu distanciamento dessas relações de poder. No meu caso,
agrada-me muito trabalhar nessa zona de interstício, em territórios onde as
águas parecem se separar. Sou um africano cujos pais são europeus, sou um filho
de emigrantes que lutou pela independência, sou ateu num universo dominado pela
religiosidade, sou um cientista que procura resposta mais na poesia do que no
discurso solene e frio da ciência."
- Mia Couto, sobre
"literatura e fronteira". no 'blogdacompanhia'
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Mia Couto - Foto: Bel Pedrosa (Paraty/RJ) |
OBRA DE MIA COUTO
ADAPTADA PARA O CINEMA
Filme: Um Rio
Adaptação: “Um Rio” é uma
adaptação do romance “Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra”, de Mia
Couto.
Sinopse: Quando a pá do coveiro
se quis enterrar na terra, para tapar a cova onde ficaria sepulto o cadáver de
Dito Mariano (Isaac Mandlate), embateu numa superfície inexpugnável e rija como
aço. A tempestade raiou no céu e um pasmo trespassou os elementos da família
presentes no enterro.
Os
rumores tomaram conta de “Luar do Chão”, a ilha onde o patriarca Dito Mariano
era “o homem de todas as mulheres”. Para mais, o cadáver exibia o rictus
sorridente a que Dito, em conversa com o Padre Nunes e o taberneiro Tuzéio
(Adelino Branquinho), chamara “o sorriso da Mona Lisa”, que só se desata quando
se chegou à cifra de cem mulheres”.
De quem
seria a culpa da terra não abrir, das alterações climatéricas, daquele “riso do
Diabo”, segundo Admirança (Cândida Bila), a cunhada? A discórdia eclode entre as
mulheres. Dulcineusa (Ana Magaia), a matriarca da família, sentencia: “A terra
não abre porque há segredo por desfazer”.
Direção: José Carlos de
Oliveira
Argumento: António Cabrita, José
Carlos de Oliveira e Luís Carlos Patraquim
Produtor: José Carlos de
Oliveira
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 118’
Elenco: Anabela Moreira
(Conceição); Jorge Mota (Lopes); Cândida Bila (Admirança); Mariana Coelho
(Carminda); Paula Guedes (Mulher no velório); Jorge Loureiro (Carteiro); Ana
Magaia (Dulcineusa); Isaac Mandlate (Mariano); Adelino Branquinho (Tusébio); Ana
Paula Mota (Sara)
Filme: Terra Sonâmbula
Adaptação: Terra Sonâmbula é uma adaptação
cinematográfica de 2007 de um livro com o mesmo nome por Mia
Couto.
Sinopse: Durante a Guerra Civil
Moçambicana, encontramos Muidinga, um rapaz frágil e amnésico, cujo sonho é o de
encontrar a sua família. Junto a um cadáver estendido na estrada, Muidinga
encontra um diário que narra a história de uma mulher que procura o seu filho
num barco em alto mar. Motivado pela esperança de encontrar a sua própria
família, Muidinga convence-se de que ele é o rapaz procurado. Embarca, com
Tuahir, um sábio e solitário contador de histórias que o recolheu num campo de
refugiados numa viagem à procura dessa mulher.
No
entanto a viagem é dura: movem-se num estado de delírio. A estrada por onde
erram, como sonâmbulos, é mágica: apercebe-se dos seus desejos e move-os de um
sítio para o outro, não os deixando falecer, até que possam alcançar o tão
desejado mar.
Diretor: Teresa
Prata
Elenco: Nick Lauro Teresa,
Aladino Jasse, Ernesto Lemos Macuacua, Filimone Meigos, Tânia Adelino, Erónia
Malate, Alan Cristina Salazar, Gildo Arão Balate, Jorge Kanic Passe, Afonso
Francisco, Alfredo Júnior, Candido Andrade, Cergílio Félix, Frank Lipunda,
Severino Rafael.
Roteiro/Adaptação: Teresa
Prata
Duração: 103 min.
Ano: 2006
País: Portugal/ Moçambique/
França/ Alemanha
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Estúdio: Filmes Fundo / Ébano
Filmes
Produção: Filmes de
Fundo
Co-produção:
ZDF/ARTE
Distribuidora: Panda
Filmes
Classificação: 16
anos
Prêmios
- International Film Festival Kerala, Índia (2008) –
Prémio FIPRESCI
- Pune International Film Festival, Índia (2008) –
Melhor Realização
- FAMAFEST, Portugal (2008) – Prémio da
Lusofonia
- Asian, African and Latin American Film Festival,
Milão (2008) – Prémio SIGNIS
- Indie Lisboa, Portugal (2008) – Prémio do público e
menção honrosa da Amnistia Internacional
- Festival Internacional de Cinema de Bursa, Turquia
(2008) – Melhor Argumento
Filme: O Último Voo do Flamingo
Sinopse: Tizangara, uma pequena
vila perdida no interior de Moçambique, poucos meses depois do fim da Guerra
Civil. Cinco misteriosas explosões matam outros tantos soldados da Missão de Paz
das Nações Unidas. Provas do crime? Apenas pénis decepados e os emblemáticos
capacetes azuis. É este o ponto de partida para uma enigmática investigação
conduzida pelo oficial de serviço designado pelas Nações Unidas, o
Tenente-Coronel italiano Massimo Risi. Baseado no romance homônimo de Mia
Couto.
Diretor: João
Ribeiro
Elenco: Carlo D'Ursi, Eliote
Alex, Adriana Alves, Cândida Bila, Mário Mabjaia, Alberto Magassela, Gilberto
Mendes, Cláudia Semedo
Produção: Carlo D'Ursi, Antonin
Dedet, Luís Galvão Teles
Roteiro: João Ribeiro, Gonçalo
Galvão Teles
Fotografia: José António
Loureiro
Trilha
Sonora: Omar Sosa
Duração: 86 min.
Ano: 2010
País: Moçambique /
Portugal
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora:
VideoFilmes
Estúdio: Carlo D'Ursi Produzioni
/ Fado Filmes / Neon Productions / Potenza Producciones / Slate One
Produções
Classificação: 14
anos
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Mia Couto |
MIA COUTO, SOBRE O ESCRITOR
“[...] o escritor é um ser que deve estar aberto a viajar
por outras experiências, outras culturas, outras vidas. Deve estar disponível
para se negar a si mesmo. Porque só assim ele viaja entre identidades. E é isso
que um escritor é – um viajante de identidades, um contrabandista de almas. Não
há escritor que não partilhe dessa condição: uma criatura de fronteira, alguém
que vive junto à janela, essa janela que se abre para os territórios da
interioridade.”
“[...] o compromisso maior do escritor é com a verdade e
com a liberdade. Para combater pela verdade o escritor usa uma inverdade: a
literatura. Mas é uma mentira que não mente.”
“O escritor não é apenas aquele que escreve. É aquele que
produz pensamento, aquele que é capaz de engravidar os outros de sentimento e de
encantamento.”
(Trechos da intervenção na cerimônia
de atribuição do Prêmio Internacional dos 12 Melhores Romances de África, Cape
Town, Julho de 2002, publicada sob o título “Que África escreve o escritor
africano?” em COUTO, Mia. Pensatempos. Textos de opinião. 2. ed. Lisboa:
Caminho, 2005, p. 59-63 - fonte: miacoutiando)
BIBLIOGRAFIA E ESTUDOS SOBRE A OBRA DE MIA COUTO
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Mia Couto |
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"Não é
a briga de elite que salva o país, mas o surgimento de forças novas, gente com
discurso inovador. Sou multiparti-dário. Farei o que puder para fortalecer os
partidos alternativos sem nunca pertencer a nenhum
deles."
- Mia Couto, em entrevista a Rede Brasil Atual,
junho/2012.
![]() |
Mia Couto |
"Existe
um pouco de mim em todas as personagens. Creio que, na chamada vida real, também
existe um pouco dos outros em nós mesmos. Há um provérbio africano de que gosto
muito que diz: 'eu sou os outros'. A nossa identidade é relacional, nasce não de
uma construção solitária e individual mas de um cruzamento e mestiçagem que
representa, afinal, a humanidade inteira. A minha escrita é feita a partir de
personagens e não de uma ideia antecipada da narrativa. Essas personagens
precisam crescer dentro de mim, e nascer entre mim e elas uma relação
apaixonada. Só assim elas me autorizam a chegar perto e a escutar o que elas têm
para me dizer."
- Mia Couto, no 'blogdacompanhia'
"O
Guimarães Rosa foi quem, de fato, me inspirou mais profundamente sobre a
possibilidade de assaltar o português"
-
Mia Couto
AFORISMOS, EXCERTOS, FRAGMENTOS E CITAÇÕES NA OBRA DE MIA
COUTO
"Escute
bem: em cada noite eu me converto em água, me trespasso em líquido. [...] Para
dizer a verdade, eu só me sinto feliz quando me vou aguando. Nesse estado em que
me durmo estou dispensada de sonhar: a água não tem passado. [...] [N]a água
pode se bater sem causar ferida.
Em
mim, a vida pode golpear quando sou água. Pudesse eu para sempre residir em
líquida matéria de espraiar, rio em estuário, mar infinito. Nem ruga, nem mágoa,
toda curadinha do tempo."
-
Mia Couto, in "A Varanda do Frangipani", Lisboa: Caminho,
1991.
![]() |
Mia Couto, por Junior Lopes |
"No
início,
eu
queria um instante.
A
flor.
Depois,
nem
a eternidade me bastava.
E
desejava a vertigem
do
incêndio partilhado.
O
fruto.
Agora,
quero
apenas
o
que havia antes de haver vida.
A
semente."
-
Mia Couto, In "Idades cidades divindades".
"Somos
donos do tempo apenas quando o tempo se esquece de
nós."
-
Mia Couto, no livro "O último voo do flamingo"
"Me
tornei antigo
porque
a vida,
tantas
vezes, se demorou.
E
eu a esperei
como
um rio aguarda a cheia."
-
Mia Couto, do poema "A Adiada Enchente".
"Rasguei
as cartas.
Em
vão: o papel restou intacto.
Só
meus dedos murcharam, decepados.
Queimei
as fotos.
Em
vão: as imagens restaram incólumes
e
só meus olhos
se
desfizeram, redondas cinzas.
Com
que roupa
vestirei
minha alma
agora
que já não há domingos?"
-
Mia Couto, do poema "Sem depois"
"Conselhos
de minha mãe foram apenas silêncios. Suas falas tinham o sotaque de
nuvem."
-
Mia Couto, no livro "O ultimo voo do flamingo"
"Porque
a minha mão infatigável
procura
o interior e o avesso
da
aparência
porque
o tempo em que vivo
morre
de ser ontem
e
é urgente inventar
outra
maneira de navegar
outro
rumo outro pulsar
para
dar esperança aos portos
que
aguardam pensativos"
-
Mia Couto, do poema "Confidência".
(…)
e o que vivemos
não é o que a vida nos dá
nem o que dela colhemos
mas o que semeamos em pleno deserto.- Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Caminho.
não é o que a vida nos dá
nem o que dela colhemos
mas o que semeamos em pleno deserto.- Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Caminho.
“O
amanhecer costumava ser um beijo no vidro de sua casa. Naquela manhã, porém, a
luz era mais tensa do que intensa.”
- Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Caminho.
- Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Caminho.
“Dentro
de mim, vão nascendo palavras líquidas, num idioma que desconheço e me vai
inundando todo inteiro.”
-
Mia Couto, no livro "O Fio das Missangas".
"Não
é a pedra.
O
que me fascina
é
o que a pedra diz.
A
voz cristalizada,
o
segredo da rocha rumo ao pó."
-
Mia Couto, do poema "Ilha de Moçambique".
![]() |
Mia Couto, por Romeo Niram |
"Encheram
a terra de fronteiras, carregaram o céu de bandeiras, mas só há duas nações – a
dos vivos e dos mortos."
-
Mia Couto, no livro "Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada
Terra"
"Lá
fora, a chuva sonhava, tamborileira. E nós éramos meninos para
sempre."
-
Mia Couto, no livro "O Fio das Missangas".
"A
missanga, todas a veem.
Ninguém
nota o fio que, em colar vistoso, vai compondo as
missangas.
Também
assim é a voz do poeta: um fio de silêncio costurando o
tempo."
-
Mia Couto, no livro "O Fio das Missangas".
"[...]
a gente ama alguém que desconhecemos, casa com quem conhece e vive com uma
pessoa irreconhecível. Às vezes, temos luas-de-mel, outras vezes, luas melosas.
A maior parte do tempo, porém, são noites sem luar
nenhum."
-
Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das
Letras.
"-
Não é o corpo que me pesa: é a alma. A velhice é uma gordura na alma,
acrescentou Constança alisando o ventre como quem desenruga o vestido."
-
Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das
Letras.
"Os
homens não gostam que as mulheres pensem em silêncio. Nascem-lhes nervosas
suspeitas.
-
Enquanto ia costurando, o seu pai não imaginava que eu estava pensando. Minha
cabeça viajava por todo lado.
Nesses
escassos momentos, Constança era mulher sem ter que pedir licença, existindo sem
ter que pedir perdão."
-
Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das
Letras.
"Só
há um modo de enfrentar as más lembranças: é mudar radicalmente de viver,
decepando raízes e fazer as pontes desabarem."
-
Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das
Letras.
"Agora
ela sabia: um livro é uma canoa. [...] Tivesse livros e ela faria a travessia
para o outro lado do mundo, para o outro lado de si
mesma."
-
Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das
Letras.
![]() |
Mia Couto, por Netto |
"Em
Goa nunca fizera amizade com um africano. A pele escura não ajudava a ver neles
uma alma. E no entanto, era essa mesma alma opaca que era o destino da sua
viagem. A brancura daqueles espíritos, mais do que o Monomotapa, esse era o
propósito daquela travessia."
-
Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das
Letras.
"Os
cânticos dos escravos apareciam agora mais nítidos. De repente, pareceu ao
jesuíta que não havia mão pousada sobre o leme. Sob o intermitente luar, o navio
era conduzido pelo embalo triste dos negros."
-
Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das
Letras.
"Naqueles
tempos de gravidez, sempre que chovesse, Constança corria para o quintal e
levantava o vestido. No ventre, o bebê sentia a chuva, aprendia o valor de ter
um abrigo.
-
Há lições que começam antes do
nascer. Foi assim que ensinei as minhas filhas a terem casa.
"
-
Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das
Letras.
"
A prisão é um lugar onde se dorme muito e o sonho substitui o viver. É a única
coisa que o sistema não pode encarcerar: os sonhos."
-
Mia Couto, no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das
Letras.
"Nesse
lugar
encostamos
os nossos lábios
à
funda circulação do sangue
porque
me amavas
eu
acreditava ser todos os homens
comandar
o sentido das coisas
afogar
poentes
despertar
séculos à frente
e
desenterrar o céu
para
com ele cobrir
os
teus seios de neve"
-
Mia Couto, do poema "Despedida", no livro "Raiz de orvalho e outros
poemas".
"O
mar é o habilidoso desenhador de ausências."
-
Mia Couto, no livro "Venenos de Deus, remédios do
Diabo".
“Só
quando danço me liberto do tempo:
esvoaçam as memórias, levantam vôo de mim.”- Mia Couto, in "Mar Me Quer"
esvoaçam as memórias, levantam vôo de mim.”- Mia Couto, in "Mar Me Quer"
"Quero
morar numa cidade onde se sonha com chuva. Num mundo onde chover é a maior
felicidade. E onde todos chovemos."
-
Mia Couto, no livro "Antes de Nascer o Mundo"
“Vai
sendo a pedra esculpida pelo homem
pedra alada
Vai sendo o homem esculpido pela pedra
mão petrificada”- Mia Couto, no poema "Voz de pedreiro"
pedra alada
Vai sendo o homem esculpido pela pedra
mão petrificada”- Mia Couto, no poema "Voz de pedreiro"
“O
silencio não é ausência da fala, é o dizer-se tudo sem nenhuma
palavra.”
- Mia Couto, in “O outro pé da Sereia”.
- Mia Couto, in “O outro pé da Sereia”.
“...acordar
não é a simples passagem do sono para a vigília. É mais, um lentíssimo
envelhecimento, cada despertar somando o cansaço da inteira
humanidade.”
- Mia Couto, in “A Mulher de Mim, em Cada Homem é uma Raça”
- Mia Couto, in “A Mulher de Mim, em Cada Homem é uma Raça”
“Nunca
quis. Nem muito, nem parte. Nunca fui eu, nem dona, nem senhora. Sempre fiquei entre o meio e a metade. Nunca
passei de meio caminhos, meios desejos, meia saudade.”
- Mia Couto, no livro "O fio das Missangas".
- Mia Couto, no livro "O fio das Missangas".
“Escutar-se-ia
longe, este meu grito. Afinal, neste lugar, até o silêncio faz eco.“
- Mia Couto, In "Antes de nascer o mundo".
- Mia Couto, In "Antes de nascer o mundo".
REFERÊNCIAS E FONTES DE PESQUISA
![]() |
Mia Couto ( ahcravo) |
Obras
do autor, teses e dissertações
Wikipédia
MIA COUTO NA REDE
SOCIAL
1 comentário:
Caro Administrador do blog!
Observei que o meu trabalho de pesquisa foi integralmente publicado neste espaço sem mencionar a fonte. Foram meses de pesquisa e trabalho, não há problemas na sua reprodução desde que citado a fonte. ( http://www.elfikurten.com.br/2012/11/mia-couto-o-afinador-de-silencios.html)
Grata,
Elfi Kürten Fenske
e-mail: elfifenske@gmail.com
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