quarta-feira, 17 de abril de 2013

Inimigos próximos e distantes da Coreia do Norte: Voz da Rússia

17.04.2013, 13:24, hora de Moscou
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alexander vorontsov
© Voz da Rússia

Testes nucleares da Coreia do Norte e manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul são apenas as causas aparentes da crise na Península da Coreia.

Muitos peritos afirmam que o fundo do problema deve ser procurado nos resultados da guerra coreana de 1950 – 1953. Pyongyang não considera que seu vizinho do sul seja a principal ameaça à sua segurança. Tal ponto de vista foi expresso à Voz da Rússia por Alexander Vorontsov, chefe da Seção da Coreia e da Mongólia do Instituto de Orientalística da Academia de Ciências da Rússia.
Em abril, a Coreia do Norte proclamou-se como potência nuclear. Os deputados da Assembleia Popular Suprema aprovaram uma lei que estipula recorrer ao arsenal nuclear para garantir a segurança do país. Um ano antes, a Coreia do Norte efetuou lançamentos de mísseis com satélites a bordo. Um lançamento fracassou em abril e outro, em dezembro, decorreu com êxito. O Conselho de Segurança da ONU censurou estas ações de Pyongyang e declarou em resposta sanções econômicas duras. Em março de 2013, a Coreia do Sul e os Estados Unidos começaram manobras militares conjuntas de dois meses e a Coreia do Norte abandonou o Acordo de Armistício, concluído com o vizinho do sul no fim da guerra coreana de 1950—1953. Um papel foi desempenhado também pelas conversações de seis partes sobre o programa nuclear da Coreia do Norte e pela saída delas do Pyongyang em 2009, aponta Alexander Vorontsov:
“Uma das principais tarefas perseguidas pela Coreia do Norte na fase aguda desta crise foi demostrar que nenhuma pressão externa é capaz de alterar a política do país, voltada para reforçar a capacidade defensiva, e a decisão de tornar-se um Estado nuclear. Aquilo que a Coreia do Norte viu no fim do ano passado foi um dos momentos criticamente importantes para o país. Os parceiros nas conversações de seis partes, em primeiro lugar, os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul, demostraram na realidade a falta de interesse em conversar contenciosamente e em condições de igualdade em direitos”.
No ano em curso, completam-se 60 anos do fim da guerra coreana. Contudo, até hoje, entre a Coreia do Norte e os EUA existe apenas o Acordo de Armistício. A direção norte-coreana já apelava a que Washington o substituísse por um tratado de paz permanente. Pela última vez, este tema foi discutido em 2007. O presidente dos EUA, George Bush Jr., propôs assinar o documento, mas em troca da renúncia de Pyongyang ao programa nuclear. A Coreia do Norte não viu nesta atitude dos Estados Unidos a disposição de dar mais passos neste sentido, diz Vorontsov:
“A Coreia do Norte e os Estados Unidos são os principais participantes do conflito. Se estudarmos o fundo do problema, veremos que a causa principal de conflitos permanentes na Península da Coreia reside na não-regularizaçã o dos resultados da guerra coreana e na falta de relações diplomáticas e de tratado de paz. Os Estados Unidos, na opinião da Coreia do Norte, são a principal ameaça militar à segurança do país, o que a abriga a desenvolver seus meios nucleares. Objetivamente, só os Estados Unidos são capazes de eliminar esta ameaça”.
Contudo, segundo destacam analistas, a comunidade internacional recorre às vezes ao regateio para regularizar problemas na Península da Coreia. Após a grande fome na Coreia do Norte em meados dos anos 90, ao país foi prestada ajuda humanitária. No entanto, mesmo nesta situação complexa, Pyongyang continuava a desenvolver o programa nuclear. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul exigiram suspender o programa em troca de artigos alimentares. Hoje, Washington e Seul estão novamente dispostas a ajudar a Coreia do Norte, se Pyongyang começar a cumprir os compromissos internacionais. Não é de excluir que a atual crise se desenvolva segundo o mesmo modelo, diz o perito:
”Por um lado, os Estados Unidos apelam a reformas econômicas, à abertura. Mas, por outro, pressionam com sanções, isolamento e ameaça militar externa. A interação, a abertura ao mundo e contatos de pleno valor, inclusive a cooperação econômica, são possíveis em condições de existência pacífica. Quando não há tais condições, o país é obrigado a consolidar o regime econômico existente. O principal para a Coreia do Norte é garantir a segurança e a sobrevivência. Esta é a principal causa que estimula o país a desenvolver o programa nuclear”.
Apesar de que na Península da Coreia continuam a ser apresentados ultimatos, não é grande a probabilidade de Pyongyang passar das palavras para as ações. A maioria de peritos não duvida que a Coreia do Norte não será primeira a atacar. Mas a situação pode agravar-se em resultado de quaisquer mal-entendidos.

1 comentário:

Anónimo disse...

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