Monday, July 23, 2018

Assange pode ser expulso da embaixada do Equador esta semana

O jornalista americano Glenn Greenwald cita fontes diplomáticas equatorianas que falam num acordo com o governo inglês para entregar Julian Assange nas próximas semanas

Lenin Moreno, o presidente equatoriano, viajou para Londres na passada sexta-feira. Na sua agenda pode ter estado um encontro com as autoridades inglesas para pôr termo a seis anos de asilo diplomático, na embaixada de Quito em Londres, concedido ao fundador da Wikileaks, Julian Assange.
Se o relato, publicado no jornal online The Intercept, estiver certo, Assange pode ser retirado da embaixada onde se refugiou, em 2012, para escapar às acusações de que era alvo na Suécia (assédio sexual) mas, sobretudo, a uma eventual extradição para os EUA.
Glenn Grenwald (o jornalista que investigou as acusações de Edward Snowden sobre o alcance da política de vigilância da NSA e do governo dos EUA), revela ainda que Moreno se reunirá em Madrid com responsáveis de um governo particularmente hostil para Assange, depois da sua posição sobre a independência da Catalunha.
Assange está, há três meses, proibido de usar a rede de internet da embaixada o que o deixa completamente isolado e sem comunicações com o exterior.
Fontes próximas do ministério dos Negócios Estrangeiros do Equador, citadas por Greenwald, revelam que Moreno pode ter já um acordo com o Reino Unido para entregar Assange "nas próximas semanas". A retirada do asilo e a expulsão da embaixada pode acontecer "já esta semana".
Há uma série de contrapartidas exigidas pelo Equador nessa decisão. Uma delas é a garantia de que Assange não será extraditado para os EUA.
A única acusação judicial que existe contra Assange é a que resulta da sua tentativa, bem sucedida, de escapar às autoridades em 2012 - quando estava em vias de ser extraditado para a Suécia. É um crime menor, punível com três meses de prisão.
Em maio de 2017 as autoridades judiciais suecas arquivaram o processo em que Assange era acusado de assédio sexual.



António Silva
Pois para mim será sempre alguém que merece todo o respeito por ter tido a coragem, de mostrar ao mundo a podridão dos corredores do poder. Sem ele muitas e muitas, injustiças e trafulhices, feitas pelos políticos ficariam para sempre no segredo dos deuses.
Todo o circo montado contra ele ,mostra bem o mau perder, que os snrs. do poder têm, e a sede de vingança.
A sua saída da embaixada deve-se ao facto de Lenim Moreno o novo presidente do Equador, ter vontade de estreitar laços com os USA, cheira-me a que a CIA, anda a mexer outra vez os cordelinhos nesse país. Pobres equatorianos, que já estavam livres deles!
GostoResponder6 h
Antonio Vaz
O novo presidente do Equador não se chama Lenim Moreno mas sim Lenín Moreno - parece que o seu pais era um seguidor fanático do "original e único" Lenine! E ele, pelo que sei, seguiu-lhe as pegadas... mas claro, tal como o "original e único" Lenine foi acusado de estar ao serviço dos alemães, há quem ache que resolver a situação do "aventureiro" Assange é resultado de condenáveis ambições «de estreitar laços com os USA» e até têm o habitual pivete da CIA!

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