Enquanto zimbabueanos esperam a divulgação de resultados das eleições de segunda-feira, o líder da oposição, Nelson Chamisa, fala já em "vitória retumbante" nas assembleias apuradas. Mas Mnangagwa mantém-se otimista.
Líder da oposição, Nelson Chamisa, coloca o seu voto na urna nas eleições históricas de segunda-feira (30.07)
O líder da oposição do Zimbabué, Nelson Chamisa, disse na segunda-feira à noite (30.07) que estava a ter uma "vitória retumbante".
Chamisa escreveu na rede social Twitter que já estavam apurados os votos da "maioria" das mais de 10.000 assembleias de voto e que ele e o seu partido, o Movimento para a Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês), "estão prontos para formar o próximo Governo."
Mas a contagem dos votos prosseguiu durante a noite. Segundo a Comissão Eleitoral do Zimbabué, a participação nas eleições desta segunda-feira rondou os 75% (nas eleições de 2013 ficou-se pelos 59%), mas resultados definitivos só deverão ser divulgados dentro de cinco dias.
O principal rival de Chamisa, o Presidente interino Emmerson Mnangagwa, da União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica (ZANU-PF, na sigla inglesa), também comentou no Twitter que a informação que o partido estava a receber sobre a contagem era "extremamente positiva".
"Estou encantado com a alta participação eleitoral e com o empenho dos eleitores até aqui", escreveu ainda Mnangagwa.
Mnangagwa e Chamisa frisaram, no entanto, que aguardam os resultados finais.
Longas filas
Na segunda-feira, a maioria das assembleias de voto no Zimbabué registou longas filas ao longo do dia, mas o escrutínio decorreu sem problemas e terminou no horário oficial, de acordo com as autoridades eleitorais.
A chefe da Comissão Eleitoral, Priscillah Cigumba, disse ainda que a contagem dos votos estava a ser feita "conforme as disposições da lei, na presença de observadores e membros da imprensa nas assembleias de voto."
No entanto, Elmar Brok, chefe da missão de observadores da União Europeia, observou que, em algumas assembleias de voto, muitos eleitores ficaram frustrados com atrasos na votação.
"Em alguns casos, a votação decorreu muito bem, mas em outros vimos desorganização. As pessoas ficavam aborrecidas e saíam. Não sabemos se isso é coincidência ou má organização", afirmou.
Eleições históricas
Estas são as primeiras eleições sem o nome de Robert Mugabe no boletim de voto em quase 40 anos.
Apesar de haver 23 candidatos à Presidência, as últimas sondagens apontavam para uma corrida acirrada entre o Presidente Emmerson Mnangagwa e o líder da oposição Nelson Chamisa.
Além de eleger o Presidente da República, na segunda-feira os zimbabueanos escolheram também 210 membros do Parlamento e mais de 9 mil conselheiros.
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- Data 31.07.2018
- Autoria gcs, tms, oa, Reuters, AFP, AP
- Assuntos relacionados Eleições em Angola, Eleições em Cabo Verde, Eleições na Guiné-Bissau, Eleições em Moçambique, Eleições em São Tomé e Príncipe, Eleições de 2017 em Angola, Zimbabué, Comissão Nacional de Eleições (CNE), Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Manica
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