Os sobreviventes dos ataques armados, em Cabo Delgado, continuam ao relento e estão a sofrer com chuva e frio que, este ano, fustigam a província.
Segundo apurou o O País, as vítimas precisam de quase tudo, desde roupa, panelas, lonas e até mantas, no entanto algumas famílias pedem apenas tendas, para albergar pelo menos idosos e crianças, parte das quais órfãs.
“Precisamos de um lugar para dormir só isso. O resto pode ser visto mais tarde dormimos ao relento com as crianças, e com este inverno estamos a passar muito mal”, desabafou um dos sobreviventes.
Chuvas irregulares e um rigoroso inverno, estão a aumentar o sofrimento dos sobreviventes dos ataques armados em Cabo Delgado, onde muitas casas que ficaram completamente destruídas , ainda não foram reconstruidas.
A situação está a complicar a vida das vítimas, que se sentem esquecidas e abandonadas, por todos, num momento em que precisam de quase tudo para sobreviver.
Segundo dados oficiais, desde que iniciaram os ataques armados em Cabo Delgado, em Outubro de 2017, foram queimadas cerca de 500 casas, e mais da metade das famílias sobreviventes não conseguiram salvar seus bens.
O PAÍS – 27.07.2018
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