Destaques - Nacional |
Escrito por Redação em 18 Outubro 2016 |
Não se sabe ao certo o que realmente o finado fez a ponto de ser submetido a sevícias e queimado vivo pelos moradores daquela zona. Entretanto, regra geral, as vítimas da justiça pelas próprias, um pouco por todo o país, são acusadas de protagonizar assaltos em residências e na via pública, bem como de violação de mulheres e crianças. No caso em apreço, a Polícia esteve no local do crime, mas não sabe ainda o que esteve por detrás do homicídio. Para além de ser espancado, o finado foi amarrado os membros inferiores e, em seguida, carbonizado. O cadáver o malogrado estava irreconhecível e até ao fecho desta edição o mesmo não tinha sido reclamado. Segundo apurou ao @Verdade, esta foi a terceira vítima de linchamento no 14º bairro e o oitavo em toda a cidade da Beira, ao longo deste ano. Há casos desta natureza que não são reportados por várias razões. Contudo, alguns estudos sobre a matéria sugerem que as províncias de Maputo, Sofala, Manica, Zambézia e Nampula são onde este problema acontece com frequência. Para o sociólogo moçambicano e Professor Catedrático, Carlos Serra, Moçambique é um país por natureza “linchatório”, mas não como o Brasil, e trata-se de um mal que persiste. “As cidades mais linchatórias são Maputo, Matola, Beira e Quelimane”. O linchamento físico resulta, na maioria dos casos, da acusação de roubo, que abrange, normalmente, jovens do sexo masculino, “desempregados e muitas vezes indocumentados”. As vítimas nunca são as mulheres. O académico, que falava, há um ano, uma Conferência Nacional sobre a Provisão do Acesso à Justiça e ao Direito”, realizado pelo Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, através do IPAJ, considerou “existirem três tipos de linchamentos em Moçambique: físico, acusação de feitiçaria e linchamento psico-moral”. |
sábado, 22 de outubro de 2016
Mais um cidadão torturado e queimado até à morte na Beira
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