Temer está mostrando a capacidade de superar lentamente os obstáculos para o seu governo, afirma o jornal britânico
SÃO PAULO - "O Brasil passou de pária global entre os investidores para o favorito dos mercados emergentes em menos de doze meses - e muitos acreditam que a maior economia da América Latina pode registrar ganhos ainda maiores".
Esta é a avaliação do Financial Times, em matéria publicada nesta terça-feira (11), destacando ser bem provável que o novo governo do presidente Michel Temer recupere a economia do país e a confiança do mercado global, em um cenário em que ele continue com as medidas de austeridade. Com isso, o governo pró-mercado de Temer fez o Brasil virar o favorito entre os investidores de emergentes.
A reportagem destaca que o real se fortaleceu cerca de 23% este ano frente o dólar e que o Ibovespa já tem ganhos de 41% no acumulado de 2016, ano em que o Brasil enfrentou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, concluído em agosto. Com as reformas propostas pelo novo governo, o ganho para os investidores pode ser ainda maior.
O FT destaca a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do teto de gastos, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, que limita as despesas públicas nos próximos 20 anos. "Isso ajudaria as finanças públicas a se recuperarem do desastre ocorrido durante o governo Dilma", aponta a publicação.
"O momento é muito importante e o novo governo está cumprindo o que prometeu", disse Alejo Czerwonko, analista do UBS Wealth Management para os mercados emergentes.
O jornal acrescenta ainda que o entusiasmo com relação ao Brasil está começando a eclipsar a até então favorita do mercado Argentina, que chamou a atenção dos investidores depois que Mauricio Macri substituiu sua antecessora populista Cristina Kirchner na presidência.
Agora no Brasil, aponta a publicação, após o intervencionismo estatal e a forte alta das despesas públicas do Brasil comandado por Dilma, o cenário é de recuperação da economia, com o aumento da confiança do consumidor e dos negócios, além da desaceleração da inflação, abrindo margem para a queda da Selic, atualmente em 14,25% ao ano.
"Mais do que os fundamentos da economia, é a política que está puxando os preços de ativos brasileiros, dizem analistas. Temer está mostrando a capacidade de superar lentamente os obstáculos contra o seu governo com o seu partido, o PMDB, partido que saiu do primeiro turno das eleições municipais em outubro em grande parte intacto", diz a publicação. O jornal britânico ressalta que, mesmo tendo perdido em São Paulo e Rio de Janeiro, as eleições municipais abriram caminhos para que o presidente agilizasse as reformas no Congresso. Além da PEC 241, estão previstas reformas como da previdência e trabalhistas, enquanto outras, como a flexibilização da lei do pré-sal, seguem no radar.
O FT não deixa de levar em conta as incertezas, uma vez que as ambiciosas reformas de Temer - particularmente a previdência ou trabalhista -, podem ter uma feroz oposição da sociedade. Isso assustaria o Congresso. Além disso, a janela para aprovar as pautas é curta, com a campanha para a eleição presidencial ocorrendo já no final do ano que vem. Além disso, Temer e os seus principais aliados seguem no radar da Operação Lava Jato.
Mas mesmo considerando estes riscos, o Brasil continua a ser a melhor história de investimento da região este ano, com perspectivas de maiores valorizações, afirmou para o jornal Walter Molano, da BCP Securities. "O Brasil é o mercado mais promissor na América Latina agora, mais do que Argentina, dado o valuation barato e a direção política", complementa.
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Esta é a avaliação do Financial Times, em matéria publicada nesta terça-feira (11), destacando ser bem provável que o novo governo do presidente Michel Temer recupere a economia do país e a confiança do mercado global, em um cenário em que ele continue com as medidas de austeridade. Com isso, o governo pró-mercado de Temer fez o Brasil virar o favorito entre os investidores de emergentes.
A reportagem destaca que o real se fortaleceu cerca de 23% este ano frente o dólar e que o Ibovespa já tem ganhos de 41% no acumulado de 2016, ano em que o Brasil enfrentou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, concluído em agosto. Com as reformas propostas pelo novo governo, o ganho para os investidores pode ser ainda maior.
O FT destaca a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do teto de gastos, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, que limita as despesas públicas nos próximos 20 anos. "Isso ajudaria as finanças públicas a se recuperarem do desastre ocorrido durante o governo Dilma", aponta a publicação.
"O momento é muito importante e o novo governo está cumprindo o que prometeu", disse Alejo Czerwonko, analista do UBS Wealth Management para os mercados emergentes.
O jornal acrescenta ainda que o entusiasmo com relação ao Brasil está começando a eclipsar a até então favorita do mercado Argentina, que chamou a atenção dos investidores depois que Mauricio Macri substituiu sua antecessora populista Cristina Kirchner na presidência.
Agora no Brasil, aponta a publicação, após o intervencionismo estatal e a forte alta das despesas públicas do Brasil comandado por Dilma, o cenário é de recuperação da economia, com o aumento da confiança do consumidor e dos negócios, além da desaceleração da inflação, abrindo margem para a queda da Selic, atualmente em 14,25% ao ano.
"Mais do que os fundamentos da economia, é a política que está puxando os preços de ativos brasileiros, dizem analistas. Temer está mostrando a capacidade de superar lentamente os obstáculos contra o seu governo com o seu partido, o PMDB, partido que saiu do primeiro turno das eleições municipais em outubro em grande parte intacto", diz a publicação. O jornal britânico ressalta que, mesmo tendo perdido em São Paulo e Rio de Janeiro, as eleições municipais abriram caminhos para que o presidente agilizasse as reformas no Congresso. Além da PEC 241, estão previstas reformas como da previdência e trabalhistas, enquanto outras, como a flexibilização da lei do pré-sal, seguem no radar.
O FT não deixa de levar em conta as incertezas, uma vez que as ambiciosas reformas de Temer - particularmente a previdência ou trabalhista -, podem ter uma feroz oposição da sociedade. Isso assustaria o Congresso. Além disso, a janela para aprovar as pautas é curta, com a campanha para a eleição presidencial ocorrendo já no final do ano que vem. Além disso, Temer e os seus principais aliados seguem no radar da Operação Lava Jato.
Mas mesmo considerando estes riscos, o Brasil continua a ser a melhor história de investimento da região este ano, com perspectivas de maiores valorizações, afirmou para o jornal Walter Molano, da BCP Securities. "O Brasil é o mercado mais promissor na América Latina agora, mais do que Argentina, dado o valuation barato e a direção política", complementa.
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