domingo, 9 de outubro de 2016

Carlos Mesquita desafia EUA a fazer auditoria para avaliar corrupção na LAM

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Suspeitas indicam que LAM terá sido subornada para comprar jactos da brasileira Embraer
O Ministro dos Transportes e Comunicações diz que o Governo ainda não recebeu informação oficial e não foi notificado sobre as suspeitas das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) terem sido subornadas para fechar o negócio da compra de aeronaves à fabricante brasileira Embraer.
Confrontado pelo “O País” sobre a notícia avançada pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo, citando uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA, segundo a qual há suspeitas de que a LAM tenha sido subornada para comprar dois jactos Embraer 190, em 2008, Carlos Mesquita esclareceu não se tratar de informação oficial.
“Ainda não temos evidência nenhuma. Eu próprio tive conhecimento da informação através das redes sociais”, disse o ministro, deixando um desafio ao Departamento de Justiça norte-americano. “Quem é de direito terá que fazer uma avaliação, uma investigação ou auditoria e trazer depois a informação certa para ser devidamente tratada”, desafiou o ministro.
Mesmo sem notificação, Carlos Mesquita garante que caso seja necessário o Governo tem formas de apurar se ouve ou não corrupção.
“As contas são devidamente apresentadas. Há factos que são inegáveis que são os processos de transações, portanto o Governo poderá sem dúvidas aferir esses valores através de relatórios ou processos de aquisição e ver exactamente qual é a verdade que existe nesta informação”, concluiu.

Em Setembro último, o Gabinete Central de Combate à Corrupção abriu uma investigação para esclarecer o destino dado ao valor da venda de duas aeronaves da LAM, que, entretanto, não aparece reflectido na contabilidade da companhia.
Segundo o gabinete que investiga crimes de corrupção, está em causa a compra, venda e aluguer de duas aeronaves do tipo Q 400, num processo que envolve a LAM e uma empresa estrangeira, cuja análise sumária do processo levou a suspeitas de que tenha havido esquemas de corrupção na aplicação do valor referente à operação.

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