outubro 12, 2016
André Baptista
Afonso Dhlakama
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Presidente do principal partido da oposição acusa a Frelimo de executar dirigentes da Renamo.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, classificou esta quarta-feira, 12, de “tragédia” o assassinato, no sábado 8, de Jeremias Pondeca, membro da comissão mista que negoceia a paz com o Governo e reiterou que, da parte do seu partido, o diálogo vai continuar para devolver a paz aos moçambicanos.
“Aquilo (o assassinato) foi uma tragédia para nós, é triste”, precisou Dhlakama em entrevista exclusiva à VOA nesta quarta-feira, 12.
O presidente do principal partido da oposição descreveu Pondeca como “homem forte” e “homem grande” do partido e reconheceu que, como a família, a Renamo também ressente a sua perda.
Dhlakama lembrou que Jeremias Pondeca foi membro desde a clandestinidade e, além de deputado da Assembleia da Republica pela Renamo, foi membro do Conselho do Estado e exerceu as funções de delegado da cidade de Maputo e do departamento do poder local do partido.
Nos últimos tempos, liderava a delegação da Renamo na comissão mista que negoceia a paz com o Governo.
O líder da oposição, lamentou os frequentes “assassinatos a sangue frio” dos membros da Renamo em quase todo o país, e a impunidade dos executores, a que considerou estarem a coberto do partido no poder e do Governo”.
“Vamos continuar em pé, vamos continuar a lutar para a democracia, para que haja de facto alternância governativa”, reiterou Afonso Dhlakama, sustentando que “queremos trabalhar no sentido de fazer que o regime reforme, e haja uma democracia funcional, haja o estado de direito e democrático”.
Assassinatos para fazer recuar a Renamo
Na entrevista, ele reiterou que “não podemos abandonar as negociações e que não pode ser a atitude ou o comportamento da Renamo que quando acontece uma coisa dentro da casa ia abandonar a luta”.
“Se fosse assim teríamos abandonado a luta pela democracia, já foram assassinados muitos nossos, membros e quadros em Maputo como nas outras províncias, mas a luta sempre continuou”, continuou Dhlakama, que reconhece que as actuais execuções dos membros da Renamo “são claramente para obrigar a Renamo a recuar a sua luta pela democracia”, admitindo que isso “seria um comportamento de cobardia”.
Afonso Dhlakama reafirmou que a “única maneira de agirmos é continuar a lutar até chegarmos ao objectivo de devolvermos a paz e a democracia em Moçambique, onde as instituições da justiça possam funcionar, para responsabilizar os que tem praticado crimes, vamos vingar com a nossa democracia.”
“É preciso que em ambos os lados, quer a Frelimo, quer a Renamo, se entenda que a paz é sagrada para o povo de Moçambique”, sublinhou Afonso Dhlakama, que aguarda o retorno das negociações na próxima segunda-feira, 15.
Bem de saúde e sem problemas de alimentação
Na entrevista via telefone com a VOA, e frente a informações postas a circular que estaria a passar por dificuldades de alimentação, Afonso Dhlakama garantiu que tem a sua situação alimentar controlada nas encostas da Serra da Gorongosa, na provincia de Sofala, centro de Moçambique.
“Não se passou nada”, declarou Dhlakama, adiantando que desde a anterior entrevista à VOA, a 5 de Outubro “até hoje a situação é a mesma. Não houve nada, absolutamente nada, estou bem, e continuo vivendo aqui na região da Gorongosa”.
Notícias postas a circular esta semana, associando as informações ao jornal independenteSavana, indicam que o líder da Renamo estava sem alimentos nem assistência, depois que suas fontes de receitas, incluindo uma mina de turmalinas em Barue, foram encerradas e ocupadas pelas forças estatais em Agosto.
A mesma noticia avançava que helicópteros de comerciantes e de aliados da Renamo pararam de sobrevoar tanto a serra da Gorongosa como o distrito de Báruè, porque o espaço aéreo está sobre controlo, deixando Afonso Dhlakama sem suprimentos e sem espaço de manobras,
Esse cerco, de acordo com observadores, visava “obrigar” o líder da Renamo a cessar imediatamente os ataques militares e ir a Maputo dialogar com o Chefe do Estado, Filipe Nyusi.
Entretanto Francisco Carmona, editor executivo do jornal Savana, reagiu nas redes sociais e disse que não só a notícia era falsa como o site também é falso.
- john12.10.2016 17:23Claro que algo faltava ou estar a mais, me recordo oa 16 anos de guerra estava mais cercado que agora, mas ele viveu ate hoje. Por mim, qualquer um tem fome.
- Manuel Bezelo12.10.2016 17:36E crime este acto macabro e os actores devem ser p osto na barra de justiça
- melton12.10.2016 17:45Senhores afinal a sua luta atual é pela democraçia ou pela governaçao das 6 provinçias ? e como si faz isso aqui em Moz ?
- Manuel Bezelo Cifa12.10.2016 17:45É triste
- Luis marrengula12.10.2016 20:40pur favor nus oisam ja xtamx cansados d correr agora kerremox apaz
- Anónimo12.10.2016 21:45è a paz ki keremos
- Alcidio Benate Sainete12.10.2016 22:48Receber informaçoes
- David Álvaro12.10.2016 23:55A situação política e militar que Moçambique vive é similar a que nós angolanos tivemos. Todavia, se o país do índico quiser viver em paz e democracia genuína, seja melhor encontrar uma solução negocial e não militar que, em Angola, instalou uma ferronha ditadura, que levar o povo a sofrer de ansiedade doDr. Savimbi, outrora tido como homem de guerra, mas hoje Salvador não presente.
- Nani13.10.2016 00:20gostey dax palavras
- Paulo Matola13.10.2016 00:45A renamo está tomando um pouco do seu veneno, quando pressegue e mata os membros da frelimo não há problemas,mas só de um até os aliados da comonidade internacional falam, os civis que eles mesmos matam não contam
- Sidónio janota13.10.2016 04:17Tudo isto é para o povo moçambicano?
- dany mandlaze13.10.2016 04:31Pode se matar um revolucionario mas jamais matarao a revolu ao, este assassinato macabro revela o plano B do ou C, visto nao star a surtir efeito os planos iniciais que eram de aliciar ou corromper os quadros da renamo a se entregarem cm falsa garantia de reiserssao social, falhou, a seguir vieram os "dead skuad"
- Morgan Adolfo13.10.2016 04:55Nos como o povo esamos triste desse acto macabro que vem assolando o nosso pais nos ultimos meses, e lamentar k a frelimo ker fazer calar a renamo das suas egigencias, k sao reconhecidos a nivel nacional. So extamos a espera do dialogo k continue o mais possivel para k nos traga nossa paz de volta.
- januario13.10.2016 05:19Nos queremos a paz.Caro presidente a democracia devia começar dentro do nosso partido.já é hora de deixar o cargo.Não comenta o mesmo erro de nomear sua família pra sua suncecao.isso também e notório na MdM.a frelimo ja teve esse problema .outra questão será que também não pode estar haver luta pelo poder n renamo? Falado da Ivone..e Araújo todos da sua família?
- Fernando Cumbe13.10.2016 05:39Muito triste, se os pensadores, os que tem opinião diferente e que na verdade tentam abrir olho a nós população terminam assim. Que será dos jovens recém formados que também lutam por uma alternativa na governação??? Lamentável PAÍS DO "QUEIXA" ANDAR
- Antero Festo Belo Caiuvi13.10.2016 07:14Moçambique é e sempre será o orgulho do povo determinado d'Africa!... Mal ou bem as escapatórias vão surgir e bem haja a Paz na terra do Kanimambo...
- saibo cassimo13.10.2016 07:21Receber notícias
- Anónimo13.10.2016 09:22Porquê o líder da RENAMO não toma a desizao vir s Maputo ou sofala para se reunirem com nhusi para acabar com o sofrimento do povo já chega com a perda de inocentes
- Ucoha13.10.2016 10:43Gostaria que de facto se consiga democracia de verdade. Também estou cansado de fantochada que não acaba
- muhamede momade13.10.2016 11:36Tudo nao passa de uma propaganda politica, chega de palavras aqui e acolá, quermos paz, sossego
- faquir salate13.10.2016 12:11O seu Comentário foi muito triste.
- Sidonio13.10.2016 12:43Esses frelimistas so querem manchar o lider.
- Guido Manjoca13.10.2016 14:05Força "jornal savana", não se deixem levar com Esses corruptos...
- josephmonteiro13.10.2016 14:06maluquice