Negócios desonestos (i)
Meu caro amigo e compatriota, moçambicano homem ou mulher!
Tu ergues as paredes da tua casa e vais à uma loja comprar chapas de zinco para fazer a cobertura. Entretanto, o dono da loja contrata alguém "habilidoso" para roubar os zincos mesmo antes de tu terminares de fazer a cobertura da tua casa. Voltas à loja para comprares mais zincos, que também são roubados antes de tu completares de fazer a cobertura da tua casa, e assim sucessivamente. Cada vez que vais à loja para comprar "novos" zincos, explicas, frustrado, ao dono da loja que tens estado a ser vítima de roubos sistemáticos, razão pela qual não consegues completar a cobertura da tua casa. Ele lamenta e, para mostrar solidariedade contigo, até chega a vender-te a chapa de zinco a um preço "especial".
Agora eu pergunto-te...
1. Para o dono da loja: Quem és tu? E o indivíduo que te rouba as chapas de zinco para as devolver à loja?
2. Para ti: Quem é o dono da loja? E o indivíduo que rouba as chapas de zinco?
3. Para o indivíduo que rouba as chapas de zinco: Quem és tu, a quem ele rouba? E o dono da loja que lhe contrata para te roubar?
Por favor, pensa e responde com honestidade!
(…).
Negócios desonestos (ii)
Meu caro amigo e compatriota, moçambicano homem ou mulher!
Agora imagina que és um empreiteiro de construção civil. Eu contrato-te para construíres um bloco de apartamentos para habitação ou para escritórios, que quero usar como fonte de rendimento. O dinheiro com que te vou pagar pela empreitada foi-me cedido por empréstimo, a juros comerciais, por um banco em que tu és um dos accionistas, mas não sei disso. Todo o material de construção a ser usado na minha obra é fornecido a ti por empresas das quais tu és igualmente um dos accionistas, mas eu não sei disso. A empresa que contrato para fiscalizar a obra também é "tua", mas eu não sei disso. Tu terminas de construir e me entregas a obra "pronta". Eu pago completamente a minha factura, a ti, e coloco os meus apartamentos à venda ou em arrendamento.
Alguns anos depois, antes mesmo de eu terminar de pagar a minha dívida com o banco de tu és um dos accionistas e eu não sei, expira o período de garantia da obra que fizeste para mim. Logo a seguir, os apartamentos vendidos/arrendados começam a ter problemas de infiltração, iluminação, esgotos, etc., etc. Eu, confrontado pelos meus clientes com essa situação inusitada, corro a contratar uma empresa, que de novo é uma daquelas em que és um dos accionistas e eu não sei, para me inspeccionar a obra e recomendar soluções. Em resposta essa empresa aponta-me os problemas e me recomenda contratar os serviços de uma outra empresa para resolver os problemas detectados. Tu é igualmente sócio-accionista desta última empresa, mas eu não sei. O montante solicitado por esta empresa para fazer as reparações supera a minha capacidade financeira, de modo que me vejo sem saída senão voltar a pedir empréstimo adicional ao "teu" banco.
Assim entro num ciclo vicioso de endividamento que favorece os teus negócios e prejudica, deliberadamente, os meus negócios. Rapidamente, eu entro em bancarrota e o "teu" banco penhora os meus apartamentos e os vende para recuperar o dinheiro que eu não estou a conseguir pagar. O meu sonho de ser empresário na área de imobiliária morre; eu fico pobre, para sempre pobre e dependente.
Nota que tu isto está a ocorrer sem que eu tenha conhecimento de que tu tens interesses em toda a cadeia de empresas com as quais estou a lidar no meu sonhado negócio de apartamentos. A única coisa que sei é que tu és um empreiteiro de construção civil, que executou para mim uma obra que começou a ter problemas alguns anos depois. Mas afinal, na verdade, tu até tens assento nos conselhos de administração de todas as empresas com que estou a lidar no meu sonhado negócio.
Agora pergunto-te:
1. Como se chama o que tu estás a fazer comigo?
2. Qual é a tua verdadeira intenção ao fazeres isso comigo?
3. Como se pode construir um mundo justo, com gente a fazer a outrem o que tu fazes comigo?
Por favor, pensa e responde com honestidade!
(…).
Negócios desonestos (iii)—Conclusão
Meu caro amigo e compatriota, moçambicano homem ou mulher!
Já consideramos duas situações de negócios desonestos. Uma em que um comerciante rouba-te o que te vende, de modo que tu passes a vida a comprar sempre dele; e outra em que um monopolista de negócios faz-te entrar num ciclo de endividamento, do qual acabas saindo insolvente e incapaz de iniciar um negócio sustentável. Em ambas situações alguém é forçado a entrar num ciclo de dependência interminável.
Agora, pensa nos produtos que consomes todos os dias. Pensa na escova de dentes e na pasta dentífrica que usas todas as manhãs; pensa no papel higiénico que usas; pensa no pão que vai à tua mesa na hora do teu pequeno-almoço; pensa no guardanapo que usas na mesa onde tomas a tua refeição; pensa na própria mesa onde tomas a tua refeição; pensa na cadeira onde sentas para tomares a tua refeição; nos pratos e talhares que usas; pensa na chaleira e nas panelas que usas para preparares a tua refeição; pensa nos electrodomésticos que possuis; pensa nos medicamentos que tomas, quando és acometido por uma enfermidade; pensa na roupa que vestes; pensa no meio de transporte que usas; enfim, pensa naquilo de que hoje dependes para viver.
Agora eu pergunto-te… Onde é que isso tudo (em que acabas de pensar por minha sugestão) é feito? Que detém as fábricas que produzem o que tu consomes ou usas? E as matérias-primas usadas nessas fábricas são extraídas aonde ou donde? Quem produz o grão de trigo de que se faz o pão que comes? Quem produz a fibra de algodão ou a seda com que se faz o tecido usado na confecção da roupa que usas? (...).
Tens respostas para as perguntas acima? Creio que sim! As fábricas, sabes que primeiro existiram nos países ditos "desenvolvidos"; os donos dessas fábricas são originários desses países. As matérias-primas, sabes que são extraídas principalmente dos países ditos "subdesenvolvidos". Ultimamente, algumas das fábricas são localizadas nestes últimos países, preferencialmente nas zonas francas, para não pagarem impostos! A transferência da localização das fábricas para as zonas francas visa (i) diminuir custos de produção (com o transporte das matérias-primas e pagamento de mão-de-obra) e (ii) reduzir encargos fiscais, tudo isto visando maximizar os rendimentos dos seus proprietários. Nunca é por outra razão senão a maximização do lucro dos proprietários, que as fábricas que produzem tudo o que consumimos ou usamos são localizadas nos países subdesenvolvidos!
Se estiveres a acompanhar o meu raciocínio, então deves ter percebido que os donos das fábricas só estão interessados em maximizar o lucro. Eles buscam servir cada vez melhor, mas sempre de modo a maximizar o lucro. Todo o "boom" do desenvolvimento tecnológico que temos vindo a assistir no mundo contemporâneo decorre da necessidade dos proprietários das "fábricas de soluções" para os desafios da vida humana em maximizar o lucro. Nunca te enganes mais! Quem te oferece algo, quer ganhar alguma coisa—mesmo que não seja directamente de ti! Os ricos sempre querem ganhar mais. Considera isto como uma lei da natureza humana! E saibas que as portas para se entrar no clube dos ricos são várias, mas não estão abertas. Para tu entrares no clube dos ricos, tens que arrombar uma dessas portas; não há outro jeito. E uma vez lá dentro do clube, terás que viver segundo as leis que regem a gestão da riqueza, uma das quais é fazer de tudo para maximizar o lucro.
Para Moçambique entrar no clube dos países ricos, os moçambicanos têm que permitir que aqueles que podem acumular riqueza acumulem-na, desde que o processo de acumulação não seja selvagem e a riqueza acumulada seja usada para gerar mais riqueza para Moçambique. Só assim os moçambicanos podem sonhar com dias melhores; só assim Moçambique poderá, também, ter empresas transnacionais. Porquê não!
As plataformas de extracção de gás natural instaladas na Bacia do Rovuma, na boca do canal de Moçambique, no Oceano Índico, estão actualmente a serem guarnecidas por empresas de segurança estrangeiras. Sabeis o que isso significa? Significa que o dinheiro que poderia ficar em Moçambique, se essas empresas fossem moçambicanas, não está a ficar. Logo, Moçambique não está a tirar o máximo proveito possível pela exploração das suas reservas de gás natural. O gás de Moçambique na Bacia do Rovuma está a beneficiar mais a quem o explora (os verdadeiros donos das plataformas de exploração) e quem providencia serviços de segurança às plataformas (as empresas de segurança estrangeiras que neste momento operam nas nossas águas marítimas) do que aos próprios moçambicanos. A criação da EMATUM, Proindicus e MAM tem em vista inverter esta situação. Gabriel Muthisse explica melhor isto, num texto que ele 'postou' no seu mural no Facebook [https://www.facebook.com/gabriel.muthisse/…/1146836792040733]. No referido 'post' eu registei um comentário que se lê assim:
«Caro Gabriel Muthisse, parabéns pelo belo e elucidativo texto e, também, pela coragem de dar a cara. Da leitura dos comentários a este texto, fica aparente que em Moçambique temos muita gente, mormente jovem, que ainda entende pouco de "Pátria", "Independência" e "Soberania". Para essa gente, o termo "estratégico" na gestão dos assuntos do Estado não significa nada. Mas se calhar essa gente não seja tão culpada por não saber o que não sabe, ou por ter senso de responsabilidade patriótica como devia ter, para exercer a cidadania com responsabilidade. Analisando este assunto, ficou com o pensamento de que as autoridades que superintendem a área de educação (no Governo e no Parlamento) têm que convocar a sociedade moçambicana para uma reflexão profunda sobre o nosso sistema de educação. A mim parece que precisamos de um novo paradigma de educação em Moçambique. Tal como as coisas estão actualmente, os nossos filhos crescem sem saber o que é "Pátria", o que é "Independência", o que é "Soberania", e como se ganham estas coisas. Também pouco sabem sobre "Estado", "Governo", "Parlamento" e suas funções. Pouco entendem o que é uma "Sociedade" ou "Povo". Também não creio que entendam correctamente o que é um "Partido Político" e a sua diferença com "Estado" e "Governo". Tampouco entendem de "Economia" e de "Finanças". Pior: adoram "Democracia" (à moda ocidental), mas não sabem o que é "democracia" e quais outros sistemas de Governo há por aí pelo mundo fora. Hoje, as nossas crianças são "educadas" pela indústria de informação e de entretenimento; não pela família, pela comunidade e pela escola. Lembrando o poema de Manuel Rui Monteiro—ora com inúmeras versões musicais, das quais partilho aqui a de Paulo de Carvalho [https://www.youtube.com/watch?v=aEtb_jlslDw]—já não existe a fogueira à volta da qual os meninos possam «aprender coisas de sonho e de verdade; aprender como se ganha uma bandeira; e a saber o que custou a liberdade»! Numa sociedade com estes défices educacionais não se pode esperar outra coisa senão pessoas facilmente manipuláveis e vivendo irresponsavelmente, sem se importarem pela viabilidade da sua colectividade. Com muita gente assim num povo maioritariamente jovem, não se pode construir uma Nação viável! (...).»
É que nos comentários que se podem ler no referido 'post' do Gabriel Muthisse, percebe-se que há muita gente a favor de negócios desonestos praticados pelos nossos "parceiros de cooperação" para connosco. Eles (esses nossos "parceiros de cooperação" lá do Ocidente) já são ricos; são os donos das fábricas que produzem quase tudo o que consumimos e usamos no dia-a-dia. E não desejam a nossa felicidade como povo; querem nos manter no ciclo da dependência, porque se não as suas fábricas ficam sem clientela. Para eles, nós só temos que viver trabalhando para alimentar os seus negócios, de modo que eles possam acumular mais riqueza para si. Vai daí que quando ensaiamos qualquer coisa para sairmos da dependência a que nos condenam de várias formas, eles não gostam, ficam zangados e nos aplicam um castigo que julgarem conveniente. Por exemplo, quando souberam que um consórcio de entidades empresariais moçambicanas contratou dívidas comerciais para criar empresas que vão contribuir grandemente para a Tesouraria Nacional, com o aval do Estado, eles não gostaram e suspenderam a implementação dos acordos de cooperação com o nosso Governo (o Governo de Moçambique). Estejamos claros de que a suspensão do apoio é um castigo que eles nos estão a aplicar, porque ousamos criar empresas que vão permitir captar um pouco mais do dinheiro que eles estão a investir pela exploração do nosso gás na Bacia do Rovuma. O que eles querem é conseguir explorar o gás do Bacia do Rovuma pagando o mínimo possível aos moçambicanos. Lembra-te da lei de maximização do lucro a que aludi lá acima, neste texto? Pois é isso mesmo! As plataformas de extracção do gás natural debaixo das nossas águas marítimas são deles; as empresas de segurança que protegem as plataformas também são deles. Assim Moçambique fica a ganhar só de irrisórios impostos—o dinheiro todo investido aqui volta para os cofres deles. E nós, os donos dos recursos naturais que eles exploram ganhamos o quê com isso? Só mais pobreza, pois ficamos sem o dinheiro deles e sem o nosso gás! É por isso e para isso que eles são contra a criação da EMATUM, da Proindicus e da MAM, que são empresas para tirar máximo proveito da exploração do gás a favor de Moçambique.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Grupo Banco Mundial (GBM), NUNCA financiam projectos que fechem oportunidades de negócios para empresas de capitais ocidentais. De facto, o FMI e o GBM são usados para criar oportunidades de negócios para as empresas de capitais ocidentais nos países pobres como Moçambique. É por isso que exportam a dita "democracia liberal ou representativa" para nós os pobres. Com a imposição da "democracia liberal ou representativa", o FMI e o GBM conseguem abrir os nossos mercados para as empresas de capitais ocidentais, que fazem uma concorrência desleal às nossas empresas que acabam fechando as portas, lançando para o desemprego milhares de compatriotas nossos. Além disso, eles conseguem a liberalização da imprensa, permitindo assim a instalação de uma indústria de propaganda contra o poder legitimamente instituído. Tal propaganda é talhada para entreter o povo com a uma pretensa defesa do "Estado de Direito" e dos "direitos humanos". Organizações chamadas "ligas de defesa de direitos humanos" e quejandos são ardilosamente criadas e financiadas por eles, para defender os criminosos que criam pânico na sociedade e incapacitam a acção do Governo em manter a ordem e garantir segurança e liberdade dos cidadãos. Usando essas organizações—amiúde chamadas "organizações da sociedade civil"—, os capitalistas lá do Ocidente conseguem instigar a instabilidade social para fragilizar os governos dos países pobres onde pretendam investir. Com isso, conseguem desviar a atenção desses governos para os problemas sociais, negligenciando detalhes na gestão da economia a tal ponto que acabam não sendo capazes de prestar devida atenção aos contratos de exploração dos recursos naturais dos seus países. Isto facilita a batota que os investidores estrangeiros praticam com os países pobres como Moçambique. Este é "modus operandi" dos monopolistas do capital financeiro internacional, que explica por que o FMI e o GBM nunca foram bem-sucedidos em tirar um país pobre da pobreza. Na verdade, o que ocorre nos países onde o FMI e o GBM dizem apoiar pretensos "programas de desenvolvimento" é a agudização da pobreza e, por via disso, de conflitos sociais que não permitem que os governos desses países se concentrem na boa gestão das suas respectivas economias.
Ora, nem mais. A manifestação realizada na Cidade de Maputo, no passado dia 18 de Junho, convocada por um grupo de tais "organizações da sociedade civil" moçambicana, enquadra-se nessa estratégia dos que mandam no FMI e no GBM em fragilizar os governos dos países pobres para facilitar a maximização do lucro pelas suas empresas. É por isso eu, com todo o respeito que tenho pelos direitos cívicos—entre os quais destaco aqui o direito à liberdade de expressão—, solicito que me seja permitido, no âmbito dos mesmos direitos, dizer que os que participaram são uns incautos; são pessoas que não sabem quanto custa ganhar uma bandeira e a liberdade de pensar e agir. Quem pensa comigo nesta reflexão, há-de perceber que aquela manifestação foi contra a independência e a liberdade dos próprios manifestantes e de todo o povo moçambicano; foi uma manifestação a favor dos ataques terroristas da Renamo, comandados por Afonso, usando nossos incautos concidadãos como carnes para canhão; foi uma manifestação contra os esforços do Governo de Moçambique em assegurar a livre circulação de pessoas em bens em todo o país; enfim, foi uma manifestação a favor de negócios desonestos que os nossos "parceiros de cooperação" têm estado a fazer connosco, nós «moçambicanos de gema».
Por pensar como expus acima, neste texto e nos precedentes, também solicito que me seja permitido dizer a quem escreveu o texto intitulado «Guebuzistão» [http://www.verdade.co.mz/…/21332-mas-que-conto-mais-desenca…], cuja autoria é atribuída por alguns ao nosso escritor mor, Mia Couto, este que refuta a autoria desse texto, como alguém assim indica aqui no endereçohttps://www.facebook.com/miacoutooficial/photos/a.298941346819589.66688.298257536887970/535545033159218/?type=3&permPage=1—dizia eu que solicito que seja permitido—dizer ao verdadeiros autor desse texto que ele(a) foi infeliz.
A ser Mia Couto o autor desse texto, ele não podia ter sido mais iludido pelo respeito que todos os «moçambicanos de gema» têm por ele. Sim, há vezes que o respeito que nos é dispensado pelas pessoas que nos rodeiam nos leva a cometer asneiras, geralmente quando começamos a pensar que somos "deuses", donos de opinião incontestável! Aristóteles, discípulo de Sócrates que fora, cometeu algumas das maiores asneiras que ainda continuam a ser veneradas por alguns incautos como "referências sacras" da erudição humana. Conta-se, por exemplo, que ele (Aristóteles) teria dito que a matéria é uma amálgama de quatro (4) "elementos", nomeadamente terra, água, ar e fogo; e que a Terra é o centro do Universo. Ora, como se sabe hoje, tudo isto provou-se falso. A matéria é a amálgama da substância (leptões) e da energia (bosões); terra, água, ar e fogo são apenas representações das quatros estados em a substância pode ser encontrada, nomeadamente sólido (terra), líquido (água), gás (ar) e plasma (fogo).
Eu tenho fé de que o tempo vai provar falsa a parábola sobre «Guebuzistão». Aqueles que hoje são vilipendiados porque ousaram mostrar um caminho para Moçambique sair do ciclo da dependência externa, são candidatos ao reconhecimento como heróis do Moçambique de amanhã. Foi assim com Galileu Galieu, que até foi condenado a morrer na fogueira pela Santa Inquisição, a menos que renunciasse publicamente a sua teoria negando que o planeta Terra era o centro do Universo, teoria essa que demolia o "Aristotelescismo" que dominava as mentes humanas naquela época. Mas para isso é necessário que os gestores do Moçambique de hoje—e aqui chamo atenção especial ao meu irmão Filipe Jacinto Nyusi—não se deixem embalar nas parábolas dos acólitos do Aristotelescismo.
Por fim, quanto à manifestação (pretensamente contra a "guerra", "dívidas ilegais" e "corrupção", e "pelo direito à esperança"), ocorre-me reiterar que, não obstante ela tenha se realizado no estrito respeito pela lei, o que reforça o Estado de Direito em Moçambique, foi uma manifestação totalmente desprovida de sentido patriótico; e igualmente, os seus organizadores e participantes demonstraram uma severa falta de sentido patriótico! (O meu amigo Homer Wolf participou e trouxe-me para esta página o imagem que acompanha esta reflexão. Aqui fica registado o que eu penso da sua atitude.) Quanto aos financiadores daquela manifestação, que fique claro que a sua verdadeira agenda é instigar os moçambicanos a digladiarem-se e se autofragilizarem, de modo que eles (os financiadores da manisfestação) possam maximizar os lucros dos seus investimentos em Moçambique.
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Ceba
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