domingo, 22 de novembro de 2015

Ministro e PGR suspeitos de terem enganado PR no dossiê Kamulingue



Lisboa – Quadros da Casa de Segurança da Presidência da República suspeitam que que o Ministro do Interior, Ângelo de Viegas Tavares, e o Procurador Geral da República, João Maria de Sousa envolvidos no processo de esclarecimento dos assassinatos dos activistas Silva Alvés Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule terão ocultado informações ao Presidente, José Eduardo dos Santos respeitante a Alvés Kamulingue, que era colaborador do SINSE (Conferir em documentos anexados nesta notícia).
Fonte: Club-k.net
Tribunal realizou  julgamento manipulado  
De acordo com a “descoberta”, o falecido Silva Alvés Kamulingue foi recrutado pelo SINSE, a 17 de Agosto de 2010, ao tempo em que fazia parte da Comissão Sindical da fabrica de botas da Casa Militar, Textang2. O responsável pelo seu recrutamento é Silva Van-Dúnem, afecto a delegação do SINSE no Município do Cazenga.

Alvés Kamulingue teria sido preparado para se infiltrar nos movimentos de protestos ao regime angolano exercendo um papel de co-liderança no Movimento Patriótico Unido (MPU), de Isaías Cassule.

Segundo registros devidamente verificados, o último contacto físico que Alves Kamulingue teve com o SINSE, foi no dia 26 de Maio de 2012, na pessoa do então chefe do sector do Cazenga, “Felismirno”, já falecido,  por volta das 20h. Neste encontro foi lhe dado 200 USD de ajuda de custos.

Uma outro contacto (não físico) teve na manha do dia em que foi assassinado pela Policia Nacional, quando comunicou ao SINSE que estaria a descer para a cidade, onde teria um encontro com uma cidadã estrangeira no Hotel SKYNA.

Os quadros da Casa de Segurança da PR que estão a seguir os rastos deste processo desconfiam que a justiça angolana terá cometido falhas ou que o Juiz da causa, Carlos Baltazar terá sofrido influencia de “forças internas” do próprio regime para produzir um julgamento parcial.

A conclusão dos mesmos é baseada no argumento de que se o SINSE tivesse interessado em executar o seu próprio agente teria feito no momento em que ele se reuniu com o seu superior “Felismirno” ou numa outra ocasião isolada e não no dia seguinte (27 de Maio) com a cumplicidade da Polícia Nacional.

Ficou-se a saber também que o SINSE, em Luanda, precisava de Alvés Kamulingue para fornecer o relatório do encontro que teve no dia do seu rapto, com uma cidadã estrangeira que a secreta angolana presumia ser Lisa Rimil, ex- pesquisadora da Global Witness. O suposto encontro terá sido com outra pessoa visto que mais tarde veio a saber-se que Lisa Rimil, não se encontrava em Angola naquele período.

O Tribunal de Luanda, na pessoa do Juiz Carlos Baltazar condenou como autor moral do assassinato de Alves Kamulingue, o então delegado do SINSE-Luanda, coronel Antônio Manuel Gamboa Vieira Lopes.

Porque que o PGR e o Ministro do Interior ocultaram dados ao PR?

De acordo com a conclusão dos quadros da Casa Militar, se o PGR e o Ministro do Interior dissessem ao PR que Alvés Kamulingue era igualmente agente do SINSE, dificilmente o Chefe de Estado ficaria convencido que a Segurança de Estado teria executado o seu próprio funcionário. JES, procuraria entender porque o SINSE, executaria um agente que no dia anterior a sua execução reuniu-se com os seus chefes e ainda recebeu dinheiro de ajuda de custos para as suas movimentações.

As suspeitas da ocultação dos dados ao Presidente terá servido para exclusão de dois nomes no processo, Dias do Nascimento Fernando Costa, a data dos factos comandante em exercício da PN em Luanda e António Pedro Amaro Neto, diretor provincial do Serviço de Investigação Criminal e geralmente apresentado pela imprensa como afilhado/sobrinho do PGR, João Maria de Sousa.  

As referidas suspeitas acerca de uma suposta parcialidade da Procuradoria do general João Maria de Sousa em parceria com o Tribunal Provincial de Luanda  acentuaram ainda mais quando incluíram no processo, os dois oficiais da Polícia Nacional como declarantes e não como arguidos uma vez que os dois pertencem a correia de comando que baixou a ordem que tirou a vida de Alves Kamulingue.


No auto de declaração do Tribunal (PROC. N.o 187/14 – B TPL – 6.a Secção), consta que o comissário Dias do Nascimento revelou que por sua própria iniciativa, porque os manifestantes sempre que se deparam com força policial fardada escapam-se, então telefonou ao Director Provincial da Investigação Criminal de Luanda, Amaro Neto, para formar e enviar uma equipa a paisana para o rapto dos manifestantes. (Trata-se da equipa que raptou e executou mais tarde Alves Kamulingue).

De acordo publicações anteriores, os agentes da Polícia de Investigação que assassinaram Alvés Kamulingue foram superiormente instruídos a assumirem o crime em tribunal - embora com algumas alterações - com a garantia de que viriam a sua “situação resolvida” (entenda-se soltos mesmo após serem condenados). De entre as orientações, os executores foram instruídos a não implicarem o então comandante em exercício de Luanda, Dias do Nascimento Fernando Costa por se tratar de um comissário que no ver das autoridades causaria embaraços a imagem do Estado. O comissário Dias do Nascimento, conforme dito atrás,   entrou no processo apenas como declarante e não como arguido.

Breve cronologia dos factos:

No dia 19 de Abril, o Movimento Patriótico Unido – MPU liderado por Isaias Cassule enviou uma carta ao GPL anunciado que realizaram uma manifestação de antigos combatentes desde o Largo da Independência até ao Palácio Presidencial.

No dia 26 de Maio, as As forças da ordem (Comando Provincial da Polícia de Luanda e SINSE – Luanda, na pessoa de Dias de Nascimento e Gambôa Vieira Lopes), foram convocadas na Casa Militar na qual receberam orientações para abortarem a referida manifestação e entrar em manutenção do estado de alerta máximo.

No dia 27, oficiais da Polícia Nacional, na altura sob liderança do comissário Dias do Nascimento raptaram Alves Kamulingue nas mediações do Colégio Elizangila Filomena e levaram-lhe para a zona do Ramiro, no Benfica, num local usado pela policia para praticas de execução. Kamulingue foi amarrado, colocado de joelhos e um responsável da DNIC, Manuel Miranda, ordenou ao seu subordinado Francisco Tenda Daniel “Kiko” que fizesse disparos contra o activista. Este teria recusado até lhe terem dito que eram “ordens superiores” acabando por tirar a vida de Silva Alves Kamulingue.

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    A polícia deve responder pelos seus actos e não culpabilizar terceiros, que nada tem haver com a instituição policial. O sinse e para informar e a polícia deve actuar conforme a lei nas informações do sinse e nada mais.


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      Sempre se disse que kamulingue era da bofia, mesmo em tribunal os policiais, declararam que kamulingue os havia revelado. Só que o Juiz passou de lado....!


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          vai com calma meu irmão Bom dia.


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            Na verdade o Juiz se contradiz no acórdão que eu tenho obtido na faculdade , no mesmo parágrafo o juiz diz, não ter ficado provado que Silva Alves Kamulingue, era agente secreto do sinse mais no entretanto as pessoas interessadas em atentar conta kamulingue eram os elementos do sinse, porque ele era agente secreto! O que e isso Sr Juiz? Verem na pág 26 do acórdão. Vergonhoso!


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                Um juiz deve ser integro naquilo que tenha sido a produção da prova, quando se coloca na posição de um quimbandeiro da nisso. Então mesmo com a pessoa a declarar que o chefe dele no caso o ex delegado do sinse não o tinha ordenado! Não ordenou sim e está provado? Meu Deus!


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                Este club k nos últimos dias tem levantado makas na sanzala! A mentira tem pernas curtas, velho ditado.


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                    Quem te suja e quem justamente tem que te limpar, porque foi o club k que levantou a poeira e tinha como grande suspeita de facto o ex delegado do sinse em Luanda , se está a procura da verdade, que assim seja feita!


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                        Se a justiça neste pais fosse livre o cmdte Dias do Nascimento seria expulso da PN por ma condura e presso por ter mandado assassinar Kamulingue.


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                            UM PROCURADOR ASSASSINO??? DEUS ME LIVRE UMA POUCA VERGONHA PARA ANGOLA COM TANTOS JURISTAS FORMADOS EM ANGOLA E FORA ??? CONTINUA-SE COM ESTE PATETA AFRENTE DA INSTITUICÄO TÄO IMPORTANTE SERÁ QUÊ TODOS FICARAM CEGOS ??? E O PRÓPRIO JES TAMBÉM??? OU SERÁ QUE MANTÊEM ESTE TIPO AÍ PARA DEFENDER INTERESES ESCUROS??? É PENA .
                          • Condenado pela morte de Cassule recebe proteção do regime

                            Lisboa – As razões pela qual o condenado Benilson Pereira Bravo da Silva não tem sido incomodado pelos órgãos de justiça e segurança em Angola deve-se ao facto de o Juiz da causa (PROC. N.o 187/14 – B TPL – 6.a Secção), Carlos Baltazar ter propositadamente “esquecido” de requisitar um mandado de captura contra sua pessoa.
                            Fonte: Club-k.net
                            Juiz “esqueceu” se de imitir mandado de captura contra  Benilson 
                            Benilson Pereira Bravo da Silva foi  a revelia, condenado a 15 anos de prisão, em Março do corrente ano, pela sua participação, em atrair á morte o activista Isaias Sebastião Cassule, assassinado por Junior Mauricio “Chéu”, então responsável do Gabinete Técnico do Comitê Provincial do MPLA, em Luanda. Nesta conformidade, pode sair e entrar no país quantas vezes quiser uma vez que não existe mandado de  captura pelo crime que cometeu. 

                            Quadro do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), Benilson Silva era o agente que o regime teria infiltrado no Movimento Revolucionário dos jovens que realizam manifestações contra o longo consulado do Presidente José Eduardo dos Santos e suas respectivas politicas de repressão.

                            A impunidade de Benilson Silva é vista como um sinal claro da parcialidade do poder judicial em Angola sobretudo aos Tribunais que são manipulados pelo poder politico. Dentre os detidos/condenados do caso Cassule/Kamulingue, o agente Benilson Silva é o único que tem beneficiado proteção do executivo angolano. Foi logo solto pela PGR, do general João Maria de Sousa, no período de instrução preparatória do processo enquanto que os outros foram todos presos. Desde então nunca foi incomodado pela justiça angolana.     Já foi visto andar de guarda-costas no Bela Shopping.  Na Sexta-feira (20) foi visto a assistir a cerimonia de  um  casamento,  na Igreja de Jesus, na Cidade Alta, em Luanda.




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                             Na altura o Folha-8 já havia questionado da protecção que Benilson estava a beneficiar  do PGR João Maria de Sousa, que se diz ser próximo a sua família 

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