Matematicamente, pode-se dizer que o MOZEFO virou um negócio falhado para os organizadores. Quero acreditar que, quando a iniciativa foi orquestrada, não se esperava que o dólar atingisse as nuvens. Hoje que o dólar passou dos níveis moçambicanamente imagináveis, o MOZEFO passou a ser um negócio inviável.
Os promotores do MOZEFO decidiram contratar oradores cotados em dólar e muito caros, diga-se. Decidiram também montar tendas que me parecem também caras, deixando locais nacionais alugados em Metical. Não me parece igualmente que a restante logística seja barata.
Na actual conjuntura do metical face ao dólar, a venda dos ingressos-convite só vai pagar o aluguer de dois microfones. Para pagar cachet, passagens e estadia dos oradores provenientes das Europas só se duplicarem o valor dos ingressos-convite. O MOZEFO ficou insustentável financeiramente. Posso estar equivocado (juro que gostaria de estar), mas a probabilidade é maior.
O impacto disso são os improvisos que estamos a ver hoje: fez-se parceria com uma instituição para promover feira & exposição de empresas e marcas no local do fórum [tipo FACIM], hinos do MOZEFO, etecetera.
Com um pouco de azar, pode-se cancelar um orador caro alegando sobreposição de agenda ou doença ou, então, pode-se fazer/aglutinar tudo num só dia alegando-se previsão meteorológica, agenda, e outras artimanhas.
- A grande sorte dos organizadores é o facto de não pagarem as suas publicidades. Se pagassem, "era uma vez uma bolada chamada MOZEFO".
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