O Daviz Simango como político é uma figura incognita. Ja estarão a questionar o porque da minha afirmação, pois, indo directo ao assunto digo em 3 pontos:
Primeiro: apesar de ser filho de um histórico do movimento de libertacao da decada de 60 e 70, a entrada dele na política poderá ter sido motivada por um instinto de revanchismo contra a FRELIMO, mas nao numa convicção ideológica que servisse de de alternativa a FRELIMO. Sempre que se entra em política com intenções de se vingar contra indivíduos ou eventos do passado, corre-se o risco de ter as mesmas características do adversário que se pretende derrotar. E eu suspeito que a linha ideológica do MDM não tem nada de fundamentalmente diferente do que a FRELIMO professa, com a única diferença de o MDM poder falar de fora que repudia os actos de corrupção ou inconstuticionalidades de algumas práticas do governo du jour.
Segundo: a popularidade do MDM entre os indignados Ndaus e Senas e a histórica resistência dos povos da Zambezia, poderao ter despertado algumas e outras almas nas restantes cidades capitais do país, mas tenho a certeza que se o modus operandi nao fosse o mesmo da FRELIMO, Daviz nao seria o Presidente do partido. Tem figuras mais carismáticas dentro do MDM que se tivessem surgido da base (grassroots) teriam dado um outro ímpeto no contacto directo com o povo. O MDM e Daviz poderiam ganhar a votação em distritos eleitorais onde o eleitorado percebe da degradação da gestao dos serviços públicos e da vida quotidiana de um centro urbano, mas nao ganhariam num meio rural, onde se manifesta a maior ignorância política e ideological, e onde o que conta é o “um homem um voto”. Dai a minha intuição categorica de que mesmo com eleições livres e justas, Daviz nao ganharia;
Terceiro e último, O MDM não tem patrimônio e nem se vislumbra uma reviravolta em termos de entusiasmo e congruência do seu discurso para constituir um projecto ou manifesto para angariar membros ideologicamente responsáveis e preparados para uma mudança radical da maneira de estar dos Moçambicanos. Entre todos os escândalos (the gift that keeps on giving) do Governo da FRELIMO nos últimos 8 anos, que são na prática os anos de relevância e existência do MDM, nunca vi nenhuma abordagem séria de como o MDM agiria para usar os dados que surgem desses escândalos. Em política, nunca se deixa passar um escândalo do oponente para apresentar um programa de governação alternativo. Alguns dirão que é porque a FRELIMO domina a administração das instituições da Justiça e das FDS. Pois, ai está o desafio, como combater inteligentemente esse domínio cheio de imoralidades nas instituiçõs visadas?
Pois aqui esta então a explicação, a mentalidade, ou seja, a maturidade do cidadão eleitor moçambicano ainda não atingiu nem o terço das suas responsabilidades. Nos últimos exercícios eleitorais para presidenciais e legislativas, existiram pelo menos um número estimado de 60 a 65% de eleitores que se abstiveram. Se o Daviz tivesse charisma, outro galo cantaria.
Primeiro: apesar de ser filho de um histórico do movimento de libertacao da decada de 60 e 70, a entrada dele na política poderá ter sido motivada por um instinto de revanchismo contra a FRELIMO, mas nao numa convicção ideológica que servisse de de alternativa a FRELIMO. Sempre que se entra em política com intenções de se vingar contra indivíduos ou eventos do passado, corre-se o risco de ter as mesmas características do adversário que se pretende derrotar. E eu suspeito que a linha ideológica do MDM não tem nada de fundamentalmente diferente do que a FRELIMO professa, com a única diferença de o MDM poder falar de fora que repudia os actos de corrupção ou inconstuticionalidades de algumas práticas do governo du jour.
Segundo: a popularidade do MDM entre os indignados Ndaus e Senas e a histórica resistência dos povos da Zambezia, poderao ter despertado algumas e outras almas nas restantes cidades capitais do país, mas tenho a certeza que se o modus operandi nao fosse o mesmo da FRELIMO, Daviz nao seria o Presidente do partido. Tem figuras mais carismáticas dentro do MDM que se tivessem surgido da base (grassroots) teriam dado um outro ímpeto no contacto directo com o povo. O MDM e Daviz poderiam ganhar a votação em distritos eleitorais onde o eleitorado percebe da degradação da gestao dos serviços públicos e da vida quotidiana de um centro urbano, mas nao ganhariam num meio rural, onde se manifesta a maior ignorância política e ideological, e onde o que conta é o “um homem um voto”. Dai a minha intuição categorica de que mesmo com eleições livres e justas, Daviz nao ganharia;
Terceiro e último, O MDM não tem patrimônio e nem se vislumbra uma reviravolta em termos de entusiasmo e congruência do seu discurso para constituir um projecto ou manifesto para angariar membros ideologicamente responsáveis e preparados para uma mudança radical da maneira de estar dos Moçambicanos. Entre todos os escândalos (the gift that keeps on giving) do Governo da FRELIMO nos últimos 8 anos, que são na prática os anos de relevância e existência do MDM, nunca vi nenhuma abordagem séria de como o MDM agiria para usar os dados que surgem desses escândalos. Em política, nunca se deixa passar um escândalo do oponente para apresentar um programa de governação alternativo. Alguns dirão que é porque a FRELIMO domina a administração das instituições da Justiça e das FDS. Pois, ai está o desafio, como combater inteligentemente esse domínio cheio de imoralidades nas instituiçõs visadas?
Pois aqui esta então a explicação, a mentalidade, ou seja, a maturidade do cidadão eleitor moçambicano ainda não atingiu nem o terço das suas responsabilidades. Nos últimos exercícios eleitorais para presidenciais e legislativas, existiram pelo menos um número estimado de 60 a 65% de eleitores que se abstiveram. Se o Daviz tivesse charisma, outro galo cantaria.
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