Dedicatória e agradecimentos
Este Livro, que pretende transmitir aos leitores os meus sentimentos e análise da vida que vivi, mostra, pelo seu conteúdo, quão difícil é seleccionar pessoas a quem dedicá-lo. Dedico-o, portanto, a todos aqueles com quem convivi, brinquei, estudei, trabalhei, lutei e venci. Dedico-o também aos anónimos com quem me cruzei nos caminhos que percorri. Alguns destes proporcionaram-me momentos de felicidade quando me permitiram deleitar os meus olhos nas suas belas danças ou canções em espectáculos de assistência gratuita. Não enumerarei as tão variadas actividades, desde as económicas às socio-culturais, que esses anónimos me deram azo de presenciar. Não foram sempre momentos alegres, porque até a brigas assisti e até cadáveres de sexo mutilado vi, de pessoas anónimas, mortas por assassinos anónimos. Tudo, o bom e o mau, o triste e o alegre, o belo e o feio, enfim, todos os contrastes da vida de todos os que me rodeavam foram construindo a minha personalidade.
Este Livro, que pretende transmitir aos leitores os meus sentimentos e análise da vida que vivi, mostra, pelo seu conteúdo, quão difícil é seleccionar pessoas a quem dedicá-lo. Dedico-o, portanto, a todos aqueles com quem convivi, brinquei, estudei, trabalhei, lutei e venci. Dedico-o também aos anónimos com quem me cruzei nos caminhos que percorri. Alguns destes proporcionaram-me momentos de felicidade quando me permitiram deleitar os meus olhos nas suas belas danças ou canções em espectáculos de assistência gratuita. Não enumerarei as tão variadas actividades, desde as económicas às socio-culturais, que esses anónimos me deram azo de presenciar. Não foram sempre momentos alegres, porque até a brigas assisti e até cadáveres de sexo mutilado vi, de pessoas anónimas, mortas por assassinos anónimos. Tudo, o bom e o mau, o triste e o alegre, o belo e o feio, enfim, todos os contrastes da vida de todos os que me rodeavam foram construindo a minha personalidade.
Porém, não posso esconder que a minha emoção sobe aos seus níveis mais vibrantes quando penso no incomensurável contributo dos meus pais no forjar do homem de verdade que eu sou, abraçado a outras pessoas, sem a vida dos quais eu não saberia existir. São os meus pais, que ao orientarem os meus primeiros passos, implantaram os pilares mais fortes para a construção desta personalidade que me tornou uma figura moçambicana de renome nacional e internacional, amado, honrado e prestigiado por uma grande maioria de observadores.
Quero, pois, render homenagem ao meu falecido pai, que nos deixou a 23 de Maio de 1994, sem ter podido ouvir este meu OBRIGADO PAI e à minha mãe que ainda vive com os seus quase 95 anos (a completar no dia 9 de Dezembro de 2010), que me ajudou através das conversas que teve comigo, antes e durante os anos em que escrevia folhas dispersas, que fui reunindo para produzir este primeiro volume. Espero ainda poder entregar-lhe um exemplar desta obra que também é dela.
Não falo neste volume da minha esposa e dos meus filhos, porque ele não cobre o período da formação e da vida desta parte da minha família. Mas quero que os leitores saibam quanta gratidão devo à minha adorada esposa, Marcelina, pelo seu encorajamento para eu concluir e publicar esta obra. Também aos meus filhos, que embora no princípio parecessem alheios ao trabalho que eu estava a fazer, foram
Leia aqui:
NOTA:
A maior parte dos colegas de Joaquim Chissano estão fora de Moçambique. É também para eles que aqui transcrevo algumas partes do livro.
Mas não posso deixar passar em branco a sua afirmação dos seiscentos mortos no “massacre” de Mueda, onde não foram mais de 20.
Há algumas trocas de nomes de professores, como a omissão, do nome do Prof. Cansado Gonçalves, de Filosofia, opositor de Salazar e com quem amiúde ia de machimbombo até à baixa, depois das aulas.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
... "Não foram sempre momentos alegres, porque até a brigas assisti"...
... " e até cadáveres de sexo mutilado vi,"...
... " de pessoas anónimas, mortas por assassinos anónimos."...
Chissano não se coloca como parte do quadro, partícipe, manipulador da cortina do palco e também ator, personagem e diretor da sua própria narrativa!
Os "outros" é que fizeram, criaram, desenvolveram a macabra estória/história/cena/cenáculo.
Talvez o seu mais lúcido e revelador pronunciamento, nada de ingênuo, tenha sido este:
... "Tudo, o bom e o mau, o triste e o alegre, o belo e o feio, enfim, todos os contrastes da vida de todos os que me rodeavam foram construindo a minha personalidade."
Taí:
"FORAM CONSTRUINDO A MINHA PERSONALIDADE" (Chissano).
Ainda que mal pergunto... qual é mesmo a sua personalidade?