quinta-feira, 27 de março de 2014

Agentes da FIR dizem que estão a ser tratados como “cães”

Em missão em Gorongosa
Acusam o Governo de estar a usa-los para um fim “obscuro”
Confrontado com a situação, o comandante da FIR, o General Binda, disse que “Quando os bandidos atacam, a missão da força especial é combater e não andar a fazer exigências. Por isso não há subsídio porque os agentes têm comida. Querem férias para que?” . Binda também acusa o CanalMoz de estar contra a FIR


 Os agentes das forças de defesa e segurança em missão operativa na região centro País estão cada vez mais agastados com a forma como são tratados pelo Governo e com o número de baixas que lhe são infligidas por homens da Renamo. Há colegas seus que morreram e os seus corpos nem sequer foram entregues às famílias. Estão com a moral baixa e proibidos de reclamar.
A unidade das Forcas de Intervenção Rápida (FIR) queixa-se de não estarem a receber os subsídios operativos e de deslocação, a que dizem ter direito, quando são levados por um período de três meses para as zonas de conflito armado, onde estão sujeitos a confrontações com os supostos homens da Renamo.
Para além de subsídios, os membros da FIR, reclamam das alegadas péssimas condições logísticas a que dizem estarem sujeitos, sobretudo quando são destacados para o Batalhão misto que opera no troço Save-Muxúngue sob as ordens do “comandante Sameiro”.


"A situação logística em Muxúngue onde temos um batalhão misto FIR/Guarda Fronteira é deplorável, porque estamos sujeitos a depender das outras forças quer em transporte, como em alimentação" queixam-se os agentes explicando que "a força que está bem em termos de logística, é a dos dois batalhões mistos Guarda Fronteira/FIR comandada pelo comandante Amade e estacionada em Gorongosa".
Os agentes dizem que o Governo tem neste momento três batalhões de forças conjuntas (FIR/Guarda Fronteira) para além das FADM no terreno, que fazem rendição de três em três meses.
Os agentes afectos à uma das unidades daquela força, procuraram o CanalMoz e dizem estarem cansados de serem vítimas de ameaças que incluem transferências e expulsões, bem como de serem conotados com partidos da oposição, isso quando exigem explicações aos seus superiores hierárquicos da razão do não pagamento do tal subsídio que afirmam os chefes estarem a receber.
Por outro lado, dizem os agentes que "desde Março de 2013 até agora, na FIR não existem férias, senão intimidações quando exigimos nosso direito".
Queixam-se igualmente de falta de clareza nas promoções, sobretudo para aqueles que dizem terem ingressado nas fileiras em 1988.
Por outro lado, dizem que ao serem levados para o campo militar estão a ser desviado da sua missão principal.
"Como é sabido por todo o mundo, a situação político-militar que se vive no País desde Março do ano passado, o Governo recorre a algumas forças para fazer face à essa situação, onde entre outras forças, a FIR está inclusa, o que na nossa óptica estamos a ser desviados" lê-se numa carta que nos entregaram, que acrescenta que "nesta missão (de combate) e deslocação por muito tempo longe das nossas famílias, estamos a ver os nossos direitos (ajudas de custos) serem usurpados ao contrário do que acontece com outras forças".
O que preocupa os agentes segundo afirmam, é que nas referidas missões existem camada (altos oficiais) que antes de partirem recebem valores monetários, mas a eles nada é dado.
Os agentes da FIR, dizem que "não sabemos nos expressarmos bem nem escrever correctamente, porque muitos de nós interrompemos os estudos.
Comandante da FIR reage
Contactado pelo Canalmoz na tarde desta terça-feira, o comandante da FIR, o general Avelino Binda, começou por dizer que "esses agentes são indisciplinados, porque não há que exigir férias e subsídios quando o País está em guerra".
"Quando os bandidos atacam, a missão da força especial é combater e não andar a fazer exigências" disse o general Binda, deixando claro que "não há nada de subsídio, porque o Estado dá comida às forças que estão destacadas no terreno".
"Eu também combati em várias frentes e fases até nesta ultima guerra de desestabilização e nunca fiquei de férias nem exigi" disse o comandante da FIR.
Sobre os subsídios de deslocação ou ajudas de custas, Avelino Binda explicou que "não existe nenhum subsídio porque eles têm comida".
"O subsídio é atribuído quando se trata de uma deslocação de duas, três ou cinco pessoas e não para muita gente e ainda em missão de combate. Contudo se vocês do Canal de Moçambique quiserem podem ir perguntar ao Comando Geral da PRM porque não existem esses subsídios, mas aqui eu digo que não há nada" declarou o comandante Binda num tom muito vibrante.
Para além de acusar os agentes de serem indisciplinados, o comandante da FIR disse que "eu sei que vocês do Canal estão contra a FIR por isso escrevem sempre mal contra a FIR". "Por favor não nos desmobilizem nem nos desmoralizem, porque nós estamos a cumprir a nossa missão. Escrevam como quiser, mas deve ficar claro de que se os agentes têm problemas devem aproximar-se aqui ao comando e não ir aos jornais" concluiu Avelino Binda. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 26.03.2014

Comments

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Fidélio Ribeiro said...
os caes ficam preocupado em comer, e as pessoas ficam em comer e dar de comer ate os caes tambem depende de pessoa.
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Francisco Moises said in reply to nito alves...
Aquele chingondo Gruveta mandou fuzilar em publico um alegado ladrao na presença de muita gente num campo de futebol em Qulimane.
Aquele acto dele em Quelimnae depois da dita independencia é na verdade uma das gotas dos assassinios que cometeu. Mesmo antes da independencia, ele tinha cometido muitos outros crimes contra a humanidade de matar de "mortes matadas" (umBhalane) nas matas da Zambézia a mando de Samora Machel. Levava moçambicanos do Malawi e ia mata-los nas matas da Zambézia.
Muito pouco se fala daquele chingondo-mor Chipande, que matou o seu proprio pai. Ele gosta de reclamar ter disparado o primeiro tiro da luta da Frelimo contra o posto de Chai, coisa que o chingodno Gruveta contestou.
Digo da luta da Frelimo visto que muito antes daquele dia de 25 de setembro de 1964, os militantes da MANU que nao tinham aceite a integraçao da sua organisaçao na Frelimo tinham desencadeado a sua luta durante a qual mataram um padre holandês em Cabo Delgado, coisa que se pode ver e ouvir num dos episodios da Guerra do Ultramar que aparece na internet (www.google.com).
Um dos combatentes da Manu que foi capturado depois dos combatentes da Manu nao terem mais muniçoes para enfrentar o exercito português foi Vasco Mbunde. Mbunde foi capturado e levado para prisao em Lourenço Marques.
Num documento que escreveu em Nairobi e que circulou depois de chegar no Kenya depois da sua prisao em LM, ele disse que um dia quando ainda estava na prisao em LM o governador-geral português mandou chama-lo.
Trazido na Ponta Vermelha, o Vasco Mbunde quase que desmaia visto que vê Eduardo Mondlane, presidente da Frelimo, na companhia do governador- geral. E o governador-geral lhe diz: "Vasco nunca se deve brincar connosco. Nos temos amigos até na Frelimo,como podes ver."
No documento que Vasco Mbunde pode ainda ter se ainda vive, ele disse que "quando Mondlane morreu, as bandeiras em Moçambique flutuaram a meio maste e os prisioneiros politicos como ele ficaram quatro dias sem serem alimentados e quarente deles foram mortos pelas autoridades portuguesas."
Vasco Mbunde de Cabo Delgado é tio do malogrado Zacarias Vicente Ululu. Ele foi feito de vice-presidente do Coremo (Comité Revolucionario de Moçambique)com base em Lusaka, Zambia, na década de 1970 quando Paulo Gumane frequentava em Nairobi e confraternisava connosco ali.
Mas infeleizmente Paulo Gumane, presidente do Coremo, era um alcoholico acabado. Nao se dedicava ao crescimento do Coremo para desafiar a Frelimo, embora os guerrilheiros da Frelimo e do Coremo tivessem travado combates em Tete em vez de se unirem para combater os portugueses.
Foi na verdade, duma certa maneira, a Frelimo que ajudou os portugueses derrotar os do Coremo.
Numa reuniao que tivemos em Nairobi em 1973 com Gumane, Faustinho Kambeu, o secretario das relaçoes exteriores do Coremo, na presença de Gwenjere e do Peter Gichumbi, em representaçao do governo do Kenya, eu levantei-me e falei duramente a Gumane e disse-lhe que nos nao queriamos mais brincadeiras depois daquilo que tinhamos passado e sofrido na Frelimo.
Gumane ficou chateado e eu tambem fiquei chateado. Ele rugiu e eu tambem rugi. Ficamos todos chateados. Depois da reuniao, alguns ds refugiados moçambicanos felicitaram-me e outros lamentaram-se da minha atitude. "Tout m'était égal (Tudo me era igual)".
Mas a minha atitude foi firme. Nao dependia do Gumane. Era bolseado das Naçoes unidas e levava a minha vida independente.

E na verdade, Gumane nao estava nada sério em fazer do Mbunde o seu vice-presidente, uma bençao que salvou o Mbunde visto que nao partiu para Lusaka onde Kaunda o teria preso e entregue a Frelimo depois do acordo de Lusaka e ele teria comparecido no chamado julgamento dos "traidores" em Nachingwea e teria perecido queimado vivo como aconteceu ao Gumane e Uria Simango numa ceremonia macabra presidenciada por Sérgio Vieira no dia 24 de Junho de 1977 em M'telela no Niassa.
Ele decidiu fazer o negocio de esculpturas macondes que vendia aos turistas em Mombasa e apanhava dinheiro que o ajudava a ser e ficar grossoe e um um verdadeiro alcoolico. Quando estive em Mombasa em 1988 e 1989, ouvi da Paulina, a malograda esposa do malogrado Vicente Ululu, que o Mbunde fazia os seus negocios no Nyali Beach Hotel na urbe costeira de Mombasa e que bebia muito.
Divaguei. Regresso ao patrecida Chipande. Como se dizia por toda a parte na Tanzania, o Chipande matou o seu proprio pai, desventrou-o a faca, visto que se dizia que o velho era um agente da PIDE. Chipande queria demonstrar aos lideres da Frelimo quao revolucionario ele era e que podia castigar reacionarios incluingo o seu proprio pai.
Um certo senhor J. Pande prestou declaraçoes sobre isto ao Congresso americano. E um parlamentar australiano veiu pedois a usar a declaraçao do Pande no parlamento australinao para atacar o governo da Australia que insistia em querer ajudar o governo da Frelimo.
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nito alves said in reply to Franciasco Moises...
Sr.Dr.Moises,as suas analises sao baseadas em factos reais-O Sr.nao tem aspiraçoes politicas ou economicas,mas sim quer que o Povo Moçambicano viva em paz e com dignidade.Por isto,tem a minha grande admiraçao e respeito...e veja bem,que o declinio da Renamo iniciou quando o Sr.Dr. fartou-se da arrogancia e da tirania do Afonso e, consequentemente abandonou a Renamo...Mais abandonos de individuos validissimos sucederam-se,porem ,o Afonso nao teve a humildade de reflectir e pensar no bem-estar do povo moçambicano,especialmente no povo do centro e do norte do País...a todo custo queria e quer ser presidente do País, sem tomar em conta as "ideias" da Renamo pois segundo ele a Renamo é o Afonso e o Afonso é a Renamo:um simples ditador!
Bem o Sr.Dr.disse,os chingondos sao responsaveis de terem mantido a Frelimo no poder por muito tempo...é de recordar de que foi um chingondo que fuzilou em publico um moçambicano:o falecido Gruveta....E,este candidato macondino que será o futuro Presidente de Moçambique será mais um outro "chingondo" nas maos dos sulistas...
Ps! Grato e grato pelos seus conselhos,mas às vezes as emoçoes sao mais fortes do que o raciocinio, e caio em certos detalhes,detalhes estes certas vezes confidenciais...Thanks
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Franciasco Moises said in reply to Amisse Americo Jamal...
Eu conheco os chingodos, gente atrasada que gosta de se fazer dos moleques e de fazer as salamaleques aos seus patroes da Frelimo que em geral excluem chingodos os recursos nacionais. Foram eles os chingondos que se sacrificaram na guerra contra o regime colonialista enquanto que os seus patroes do sul e os goeses (a ala indiana ou goes da Frelimo) gozavam a boa vida em Dar Es Es Salaam e deambulavam pelo mundo e fora com pastas nas maos.
E Samora Machel homem que tambem gostava de satisfazer os seus caprichos sexuais com outros homens, bocal e primitivo andava com uma sacola cheia de dinheiro por toda a parte onde ia na Tanzania e raramente entrava em Mocambique.
Agora os seus patroes lhes dizem" senhores chingondos vao matar outros chingondos." Os Chingondos como nao prestam para nada vao cumprir tais ordens. E no fim e ao cabo, os chingondos sao excluidos do altar da jantarada dos deuses. E os chingondos aprendem? Nunca.
Sempre continuarao a se disparar contra os seus proprios pes visto que sao chingongos--gente que nao presta para nada. Com as armas nas maos porque devem matarar outros chingondos em vez de se libertarem? Porque vao lutar sem ser pagos. Mas os chingondos, gente atrasada por natureza, vao lutar so para poderem comer.
E um outro chingondo, depois de ser afogentado com o fogo de foguetoes, esta pronto para fazer uma outro acordo sem honra e isto depois dele ter chamboqueado os outros chingongos que servem os seus patroes nao chingondos da Frelimo.
Les Miserables. Os miseraveis
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JJLABORET said...
Triste tropa milita, cujo comandante afirma lhes bastar ter comida!
Como cães!
Ir a uma guerra provocada por seus "generais"... humilhantemente por comida!
A "guerra" por comida já se faz sem engajamento militar. Faz-se livre, junto à família, sem precisar morrer na boca de um fuzil guerrilheiro na Gorongosa.
Triste país!
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Amisse Americo Jamal said...
Sr nito alves,
Saudacoes sinceros.
Ora, ha diferenca sim entre a FIR e querrilheiros da Resistencia Nacional de Mocambique, o primeiro e instruendo no manejo de AK-47, claro.
Pode haver duvidas mas e realidade no terreno.
FIRlimo sem hipoteses nem proteses para desarmar a RNM
"O vadio perde-se, o escravo liberta-se"
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Mwikerihamo said...
O Sr Binda esta nervoso demais, até conseguiu declarar Guerra aquela que tanto se ocultou.
General Binda vou lhe dar um conselho respeite aos seus colaboradores porque se continuar humilhar eles vao descobrir todas mentiras e vao se entregar na verdade e aí sera tarde demais porque lá serao bem treinados e tornarao grandes atiradores como aqueles bandidos que o Sr menciou aqui.
Os homens estao a reclamar porque essa Guerra que o Sr aqui declarou, ainda nao se declarou publicamente nao se conhece o inimigo e a causa da Guerra o Sr pode nos dizer o motivo dessa Guerra que esta causando mortes desnecessarias?
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nito alves said...
"Agentes da FIR dizem que estão a ser tratados como “cães"..........Ja que, os ex-guerrilheiros da Renamo mostraram-se nestes ultimos meses de serem "professores " de confusoes,que o governo lhes aproveite....de inserir-los todos eles na FIR.....pois nao ha nenhuma diferença entre a Fir e os ex-guerrilheiros...
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Umbhalane said...
"Quando os
bandidos
atacam, a missão da força especial é combater
e não andar a fazer exigências.
Por isso não há subsídio porque os agentes têm comida.
Querem férias para quê?”
Comandante da FIR, o General Binda.
O INIMIGO JÁ ESTÁ CONCRETAMENTE BEM DEFINIDO, VERIFICADO, BEM IDENTIFICADO.
"O povo deve lembrar-se sempre do seu inimigo"
Ife tensene tinadzmanga FIRlimo
NÓS todos vamos correr com a FIRlimo.
Na luta do povo ninguém se cansa.
E sempre a dizer sem cansar,
Fungula masso iué (abram os olhos).

A LUTA É CONTÍNUA
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Amisse Americo Jamal said...
"...nós estamos a cumprir a nossa missão. Escrevam como quiser,..." FRELIMISTA NATO RECONHECE-SE PELA LINGUAGEM.
Eu acrescendo: QUANDO E PARA DEFENDER PATOS NAO HA QUE RECLAMAR, FARELO E QUE NAO FALTA.
Porem, a decisao esta em cada um dos desprezados. Pois nada e novo. De certeza aceitaram a "missao" com muitos exemplos soldos. Madjermanes, antigos SNASP, Desmobilizados de guerra dos Herminios, ate de idosos pontapeados por FIRlimo.
A primeira todos se enganam, a segunda so cae quem quer.
Ate o HIV mata o seu hospedeiro, com o qual e enterrado. Assim a FIR (cheio de chingondos) que combatem seu libertador (RENAMO; desinteligencia impressionante, ambos partilhando mesmo prato de desprezo e humilhacao; ate exclusao.
Os outros nas melhores escolas do exterior para garantir o futuro bem passavel, em altos cargos. So podemo-nos empenhar nisso.
"O vadio perde-se, o escravo liberta-se"

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